Sargento ligou para PM e avisou sobre chacina: “Vou matar todo mundo”


O Sargento Nilson Cosme Batista dos Santos matou toda a família. Foto site Metrópoles.

Quatro pessoas da mesma família foram mortas no início da noite desta quinta-feira (10/2), em Planaltina, perto do antigo cemitério da região. As vítimas – 3 homens e uma mulher – estavam carbonizadas e com marcas de tiros em uma residência situada na Avenida Maranhão, na Quadra 161 do Setor Tradicional.

As vítimas da chacina foram identificadas como Maria de Lourdes Furtado, 50 anos; Lucas Furtado dos Santos, 16; e Isaac Furtado dos Santos, 21. Mãe e filhos foram assassinados pelo pai dos jovens, o sargento da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Nilson Cosme Batista dos Santos.

Antes de matar a mulher e os dois filhos, e de cometer suicídio, o sargento da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Nilson Cosme Batista dos Santos (foto principal) ligou para o 14º Batalhão da PM, em Planaltina, para avisar sobre a chacina. O policial estava muito nervoso e disse que mataria todos. Ainda durante a ligação, os militares chegaram a ouvir diversos tiros.





Os policiais militares fora até a residência do sargento e perceberam sinais de fumaça no imóvel, arrombaram o portão e acionaram o Corpo de Bombeiros. Durante todo o tempo, os PMs chamavam por Cosme e tentavam contato com os moradores.

Portas e janelas da casa estavam totalmente trancadas. Ao forçar a entrada, a guarnição viu um corpo ao chão, em um dos quartos. Dois policiais ainda tentaram arrastar o corpo para tirá-lo das chamas. Contudo, devido à fumaça, não conseguiram. Um galão vazio cheirando a álcool também foi encontrado no local.

O incêndio foi contido pelo Corpo de Bombeiros, que também fez a retirada de quatro corpos. Perto de um dos mortos foi encontrada uma pistola CZ .9mm, da PMDF.

Conforme conta a vizinha da família, Lucileide Maria Lucas, 33 anos, a família não parecia ter problemas. “Sempre foram um casal tranquilo, iam à igreja, ela era católica. Iam em São Sebastião, ela falava que ia na missa das 17h. Os dois sempre me tratavam bem, os meninos brincavam, jogavam videogame. Sei que o mais velho passou na UnB”, diz.

Ainda de acordo com a moradora da região, ela era bem próxima de Maria de Lourdes, e chegou a conversar com a vítima ainda no dia do crime. “Dia 2 ela mandou áudio dizendo que estava com Covid. Dia 8 perguntei se estava tudo bem, ela disse que sim. Hoje eu mandei áudio e ela visualizou às 17h50.”

Amigo de infância dos dois jovens assassinados, João Vitor Gonçalves, 20 anos, contou emocionado à reportagem que ambos eram muito estudiosos. “Eles nunca foram de sair, de farra, [ficavam] só estudando. Mas jogavam muito videogame. O Isaac passou pra engenharia química na UnB. Eu não consigo nem falar o que eu estou sentindo, só quem perdeu sabe”, lamentou.

Com informações do site Metrópoles.