Enfermeira da Força Nacional do SUS faz alerta sobre arboviroses e manejo de águas

Na segunda-feira, dia 3, no auditório da Secretaria Municipal de Saúde, médicos e enfermeiros da rede pública de saúde de Itabuna assistiram a uma palestra sobre o diagnóstico rápido da dengue, zika vírus e chikungunya, doenças comuns no verão. A palestra foi ministrada pela enfermeira da Força Nacional do SUS, Juliana Lima.

O encontro reuniu a secretária municipal de Saúde, Lívia Mendes Aguiar, e equipes do Departamento em Vigilância em Saúde, que engloba a coordenação de endemias, Centro de controle de Zoonoses, Vigilância Epidemiológica, e Vigilância Sanitária.

A enfermeira Juliana Lima, que é especialista em Urgência e Emergência em UTI, falou sobre os desafios do diagnóstico diferencial e manejo clínico das doenças. Ela esclareceu aos participantes, que o período é propício às arboviroses. “Estamos em um momento favorável à transmissão pelo mosquito, que é o principal vetor. São necessários cuidados com o manejo de águas contaminadas e uso de repelentes”, alertou Juliana, que fez uma referência às últimas enchentes, que atingiram a região sul da Bahia.

A profissional da Força Nacional do SUS disse que é fundamental saber diferenciar os sintomas das arboviroses que são parecidos com os de outras doenças. “No verão, a  umidade do corpo  é maior  e o mosquito é mais presente. É fundamental identificar os sintomas das diversas  doenças,  pois um sintoma pode fazer toda a diferença”, pondera.

Sobre a gripe H3N2, que surgiu recentemente, ela disse que se trata de uma doença  com início súbito em 48 horas  e exige os mesmos cuidados que a Covid-19. “É preciso usar máscara, manter o distanciamento social e higienizar as mãos, pois, o contágio é por gotículas, igual à Covid-19”, orientou  Juliana Lima.

A enfermeira  também fez um alerta para a  inexistência  de vacina contra a nova gripe. “A vacina que temos é para o combate à H1N1. Para a nova cepa ainda estamos descobertos”, disse.

Outra doença que exige cuidado, é a Leptospirose, principalmente no pós-enchentes, alertou a enfermeira  Juliana Lima que orientou que o manejo das águas,  alimentos e com os destroços deve ser mais cauteloso, após o nível da água baixar. “É a também chamada doença do rato. Os  profissionais  de saúde devem prestar  atenção aos sintomas, dentre eles, o processo infeccioso, a barriga cheia de água, a diarréia que é intensa, e a desidratação”, disse.