Políticos andam com insônia em Ilhéus


Para quem deve, e andou surrupiando o erário público, o clima é de apreensão. Circula nos bastidores da política que uma nova operação policial, como sequência da operação Citrus , pode acontecer nos próximos dias.

Há uma grande expectativa também em relação a uma operação de órgãos federais, diga-se, Polícia Federal em Ilhéus, devido às irregularidades em programas federais, exemplo do transporte e merenda escolar.

Durante a operação Citrus, desencadeada pela 8ª promotoria pública, com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) e da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI) e suporte operacional da Polícia Civil, através do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco) e do Departamento de Polícia do Interior (Depin), uma vasta documentação foi recolhida, mostrando ramificações de desvios de dinheiro público, nas gestões anteriores do executivo e legislativo, e acarretou na prisão dos ex-secretários de Desenvolvimento Social, Jamil Ocké e Kácio Brandão, e o empresário Enoch Andrade.

Segundo apurado em investigação realizada pelo MP, o grupo opera desde 2009 celebrando contratos com o Município de Ilhéus para o fornecimento de bens diversos utilizando as rubricas genéricas de “gêneros alimentícios” e “materiais de expedientes/escritório”.
O esquema contava com a participação de agentes públicos do primeiro escalão do governo municipal e, conforme comprovado no período da investigação, as empresas envolvidas receberam mais de R$ 20 milhões decorrentes de contratações com a prefeitura de Ilhéus.

As empresas são a Marileide S. Silva de Ilhéus, Mariangela Santos Silva de Ilhéus EPP, Thayane L. Santos Magazine ME, Andrade Multicompras e Global Compra Fácil Eireli-EPP, todas geridas por Enoch Andrade Silva.

Também foi identificada a participação do empresário Noeval Santana de Carvalho, que celebrava contratos irregulares com o Poder Público para fornecimento de merenda escolar.