Salvador: Compositor de pagode é degolado e queimado


A vítima ao lado do cantor e vereador Igor Kannário. Foto: Reprodução.

No Carnaval dos últimos anos quem curtiu a folia em Salvador certamente já ouviu uma das músicas compostas pelo cantor e compositor Felipe Yves Magalhães Gomes, de 21 anos. Autor de hits como ‘Bota o bumbum dela no paredão’, cantada por Léo Santana, e “Depois de nós é nós de novo”, de Igor Kannário, o artista foi morto na tarde desta segunda-feira (06) no bairro da Boca da Mata, em Salvador.

Yves atuou como vocalista da banda Golaço tocando pagode. Em fevereiro deste ano, pelas suas redes sociais, ele anunciou que iria iniciar uma carreira gospel. “A partir de hoje só faço música Gospel. #ComoDeusQuer só ele me reconhece!”, escreveu.  O crime aconteceu na localidade conhecida como Independência e Felipe teve a cabeça arrancada com um facão. Depois de morto, ele ainda teve o corpo queimado, segundo informações preliminares da investigação.

Depois da notícia da morte de Felipe são muitas as publicações de fãs lamentando o crime. “Deus conforte a família amigos. Chega de violência queremos paz. As facções estao sem limite. Se vc mora no bairro B que é rival do A? vc morre! Pq isso? Temos direito de ir e vir”, escreveu um seguidor referindo-se à suspeita de que ele foi morto porque morava em um bairro onde o traficante rivalizaria com o que comanda o tráfico na Boca da Mata.

Em nota, a Polícia Militar informou que uma guarnição da 3ª CIPM foi acionada com informações de que havia um indivíduo, vítima de arma branca, sem sinais vitais em um matagal na localidade conhecida como Independência, em Boca da Mata, mas não chegou a atuar no caso. “Os PMs realizaram rondas na região a procura da vítima que não foi encontrada e, segundo populares, o Departamento de Polícia Técnica (DPT) já havia realizado a perícia e removido o corpo do local”, destacou a PM.

O caso está sendo investigado pelo  Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). O corpo da vítima ainda não foi identificado oficialmente pelo DPT, mas a identidade dele foi reconhecida por populares que estavam no bairro da Boca da Mata. Do Correio.