Familiares e amigos prestam última homenagem a surfista ilheense


Do Surf 73

Foto: Surf 73.

Muita gente compareceu à Praia do Norte na manhã deste domingo (5) para prestar a última homenagem ao ex-campeão ilheense de surf Halisson Melgaço, que morreu na sexta-feira (3), aos 21 anos de idade, vítima de um acidente de trabalho. Familiares, amigos e parceiros de surf do jovem fizeram uma cerimônia carregada de muita emoção e lágrimas, mas também aproveitaram a ocasião para exaltar o nome e os feitos do surfista.

Halisson faleceu no final da tarde da última sexta enquanto trabalhava na construção de um prédio no Outeiro, região central de Ilhéus. O surfista segurava uma barra de metal, quando esta encostou em um fio de alta tensão provocando uma forte descarga elétrica e ocasionando a morte imediata do jovem.

Integrante da segunda geração de uma família tradicionalíssima no surf de Ilhéus, em 2012, aos 16 anos, Halisson tornou-se campeão ilheense Mirim de surf e Top 3 Baiano. Na época, ele representava a cidade nos principais eventos de surf pelo país, mas há cerca de dois anos abandonou as competições para se dedicar ao trabalho. A partir de então, o surf virou o hobby mais praticado pelo campeão.

Neste domingo, durante a cerimônia de despedida, os amigos e familiares se uniram em oração, cantaram músicas religiosas, jogaram flores no mar e fizeram um grande círculo dentro do mar, para homenageá-lo.

Uma das organizadoras da homenagem, Patrícia Santos conta que era amiga de Halisson e que esta foi uma forma singela encontrada para se despedir do surfista. “Conheci Halisson quando ele tinha 16 anos. Ele é e sempre será uma pessoa muito querida por todos que o conheciam e que tiveram a oportunidade de conviver com ele. A gente sempre pegava onda juntos e é um cara que vai fazer muita falta. Decidimos fazer esta homenagem, começamos a marcar nas redes sociais e muita gente aderiu à ideia e confirmou presença, o que mostra o quanto ele era querido”, pontuou.

Já Carlos Melgaço, irmão mais velho e responsável por inserir o surf na vida de Halisson, fala sobre o campeão com saudade e emoção. “É uma perda incalculável. Era um menino com um futuro promissor, do bem, sem maldade, querido por todos. Era uma pessoa maravilhosa, de quem só vou guardar boas lembranças. Era um bom filho, bom irmão, bom tio. Era um menino forte, malhava, corria, surfava, andava de skate, enfim, se exercitava todo dia. A notícia dessa fatalidade abalou a família, abalou a galera do surf e toda a cidade. Mas não tenho dúvidas de que agora ele está nos braços do Senhor, em um lugar muito melhor que esse aqui”, observou Carlos, completando que Halisson mesclava dom e talento para o surf.