Embasa esclarece detalhes da captação de água na barragem da Esperança a conselho gestor


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Técnicos da Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A. (Embasa) e membros do conselho gestor do Parque Municipal da Boa Esperança reuniram-se nesta terça-feira (21), na sede administrativa da empresa em Ilhéus, para discutir detalhes sobre a captação de água bruta pleiteada pela estatal para atender emergencialmente o município, que vem sofrendo com a estiagem desde setembro do ano passado.

“Já protocolamos o pedido de outorga junto ao Inema, órgão responsável por autorizar a Embasa a captar água na Barragem da Esperança, mas entendemos a necessidade de alinhamento constante com o conselho gestor, ouvindo seus anseios e dirimindo as dúvidas”, pontuou o gerente de hidrologia e segurança de barragens Lúcio Landim.

“Embora o conselho gestor do Parque Municipal da Boa Esperança não tenha respaldo legal para liberar ou não a outorga da barragem que está em seu território, acreditamos que a Embasa precisa apresentar garantias de uso responsável do recurso natural, com uma solução possível para todas as partes interessadas”, defendeu a presidente da entidade, Regina Faria.

Um estudo hidrológico foi encomendado pela Embasa para que sejam conhecidas a disponibilidade hídrica, a vazão ecológica necessária e a qualidade da água do manancial. Ele será apresentado ao conselho gestor após sua conclusão, prevista para a segunda quinzena de julho.

Em relação a necessidade de estudo de impacto ambiental (EIA), Landim explicou que um EIA é requisitado pelos órgãos ambientais quando se constrói uma barragem do zero, uma vez que, normalmente, se promove a inundação ou supressão de cobertura vegetal, com impacto na fauna e flora. “Mas como a Barragem da Esperança já existe, o estudo não é necessário. O conselho gestor pode fazer uma interlocução com o Inema e solicitar que, no ato da outorga, ele cobre informações adicionais da Embasa e defina um conjunto de condicionantes ambientais condizentes com as necessidades do Parque”, sugeriu Landim.

O conselho deliberou a favor da obra de implantação da adutora de água bruta para captação emergencial da água. A estimativa é a retirada diária de 4 mil metros cúbicos (m³) de água, que corresponde a apenas um sexto do que era captado na Barragem do Iguape antes da redução da oferta iniciada em 18/04, que era de 24 mil m³ por dia.