Deputados repudiam tentativa de enfraquecimento da CEPLAC


deputados estaduais Augusto Castro (PSDB) e Pedro Tavares (PMDB).
Deputados estaduais Augusto Castro (PSDB) e Pedro Tavares (PMDB).

Os Deputados Estaduais Augusto Castro, líder do PSDB, e Pedro Tavares (líder do PMDB) se posicionam contrários à tentativa de enfraquecimento da Comissão Executiva do Plano da Lavoura do Cacau (CEPLAC) pelo Ministério da Agricultura. O órgão, que acaba de completar 59 anos, corre risco de ser rebaixado em sua estrutura funcional.

O Ministério da Agricultura, ao qual a entidade está ligada, quer transformar a Superintendência do órgão na Bahia – e de mais 5 estados onde atua – em Coordenação. Para o Deputado Augusto Castro essa medida prejudicará o auxílio e incentivo à pesquisa, extensão rural e tecnologias desenvolvidas para produção do cacau no Sul da Bahia. “Há 28 anos a CEPLAC não realiza sequer um concurso público. O Governo Federal está enfraquecendo o órgão mesmo diante da evidente relevância para o desenvolvimento regional que é possível através dele”, declarou o parlamentar.

”Como é possível se pensar na extinção de um órgão sem ao menos debater e consultar com os produtores e a região? Essa atitude trará um prejuízo à economia do Sul do estado, sobretudo num momento de valorização do cacau após a praga da Vassoura de Bruxa. Hoje, a região cacaueira está se reerguendo, voltando a exportar cacau depois de 20 anos e expandindo a produção de chocolate fino. Essa ideia é, no mínimo, absurda”, declarou o deputado Pedro Tavares.

O peemedebista externou ainda sua indignação com a falta de atenção do governo federal com a região, a exemplo do aumento na tributação de 5% sobre o preço de venda do chocolate.”Num momento de crise, os produtores estão investindo em suas empresas e, mais uma vez, terão que pagar o pato. O governo tem sido perverso e a região não aguenta mais. Cadê a Fiol, o Porto Sul e a duplicação da BR-415 no trecho de Ilhéus a Itabuna?”, indagou Tavares.

A CEPLAC teve grande presença no crescimento da região nos tempos em que a economia do cacau enfrentava grave crise em sua história. Suas atividades contribuíram para a implantação de hospitais, pontes, universidades, política cooperativa da região e da patrulha mecânica. Agora, em meio à crise econômica que aflige o país, é ainda mais importante que o órgão esteja em posição estratégica para dar suporte ao desenvolvimento da região cacaueira promovendo a competitividade e o crescimento desse segmento.