Quinze dias após ser inserido no Baralho do Crime da Secretaria da Segurança Pública, homem que ocupava o status de mais procurado da Bahia se entregou, nesta quinta-feira (4). A 4ª Delegacia de Homicídios (DH) de Camaçari, onde o procurado se apresentou, investiga a participação direta e indireta dele em pelo menos 20 mortes.
Foragido da Justiça desde o dia 7 de maio deste ano quando o mandado de prisão foi expedido, o homem, apontado como líder de uma facção em Camaçari, tem passagem na polícia e pelo sistema prisional.
Entre 2012 e 2018 ele ficou custodiado na Cadeia Pública, em Salvador, pelos crimes de homicídio e porte ilegal de arma de fogo. “Estamos com investigações avançadas apontando a participação dele em outras mortes desde que ganhou a liberdade”, comentou o titular da 4ª DH, delegado Yves Silva Correia.
Ele acrescentou ainda que outros integrantes do bando seguem sendo procurados pela unidade.
Dois criminosos ligados a homicídios, tráfico, roubos a propriedades rurais e associação criminosa foram localizados, no início da manhã desta terça-feira (19), em uma fazenda, na zona rural do município de Coaraci, Região Integrada de Segurança (Risp) Sul. Os criminosos estavam com uma submetralhadora, rádios comunicadores e outros itens usados durante os delitos.
Informações anônimas levaram as equipes da Companhia Independente de Policiamento Especializado (Cipe) Cacaueira, das Rondas Especiais Sul, do 15 º Batalhão de Polícia Militar e da Delegacia Territorial da cidade até uma propriedade rural, onde homens armados comercializavam drogas. Ao perceber o cerco, o grupo tentou fugir e disparou contra os policiais. Uma dupla foi ferida e socorrida para o Hospital Municipal, mas não resistiu. Parte do grupo conseguiu fugir.
De acordo com a titular de Coaraci, delegada Ana Cristina Bastos Soares, um dos criminosos já cumpriu pena e o outro tinha passagem por latrocínio e roubo. “Eles também já eram investigados por homicídio, roubos a fazendas da região e organização criminosa”, enfatizou.
O major PM Ricardo Silva, comandante da Cipe Cacaueira, destacou que os dois portavam uma submetralhadora 380, um carregador e 56 munições para a arma, um revólver 38, cinco toucas do tipo balaclava, corrente e porções de maconha. “Eles também tinham três rádios comunicadores, três carregadores e fones de ouvidos”, listou o oficial. A delegada acredita que os equipamentos eram utilizados para facilitar a comunicação do grupo criminoso e para alertar sobre a presença da polícia, já que na localidade não há sinal para celular.
Em março deste ano, o número de casos de homicídios aumentou 88,89% no município de Ilhéus em relação ao mesmo mês de 2019, segundo dados levantados pela equipe do Blog Agravo junto a ocorrências policiais da SSP/BA.
Foram 19 casos de homicídios em março, contra 09 em março do ano passado, um aumento de 88,89%.
Em comparação ao mês de fevereiro do mesmo ano, o aumento foi de 466,67 %, que teve 03 homicídios.
Em janeiro de 2020, Ilhéus registrou 6 homicídios, um aumento 183,33 % em comparação a março deste ano.
Dois homens foram encontrados mortos na região da Feira da Califórnia, em Itabuna, no sul da Bahia, na madrugada desta sexta-feira (28). As vítimas tinham marcas de tiros nos corpos.
O caso aconteceu por volta de 1h. Um homem foi encontrado caído no canal e outro próximo à ladeira da feira. Equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) estiveram no local para tentar prestar socorro, mas as vítimas já estavam mortas.
Uma das vítimas foi identificada como Rondinele Santana Ferreira, 42 anos. O outro homem não teve identidade divulgada. O Departamento de Polícia Técnica (DPT) esteve no local para fazer a remoção dos corpos.
A autoria e motivação dos crimes ainda é desconhecida. O caso será investigado pelo núcleo de homicídios da delegacia de Itabuna.
Apontado como chefe de um grupo de matadores de aluguel e investigado na morte de Marielle, entrou em confronto com forças da Bahia, no último domingo (9), e acabou não resistindo aos ferimentos.
O Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco) da Polícia Civil da Bahia investiga as passagens do miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega pelos municípios de Mata de São João (localidade de Costa do Sauípe) e Esplanada. O objetivo é apurar se houve algum tipo de investimento, compra ou transação que caracterize lavagem de dinheiro ou outro tipo de ato ilícito. O criminoso, que possuía mandado de prisão e participação em diversas ações no Rio de Janeiro, entrou em confronto com forças da Bahia, no último domingo (9), e acabou não resistindo aos ferimentos.
Depoimentos do homem preso no dia em que o miliciano foi localizado e de testemunhas das duas cidades estão sendo colhidos pelo Draco. Detalhes da investigação da Polícia Civil e Ministério Público do Rio de Janeiro, que indiquem algo ilícito na Bahia, também estão sendo buscados.
“Estamos com equipes no terreno e vamos esmiuçar toda a passagem de Adriano pelo território baiano”, contou o diretor do Draco, delegado Marcelo Sansão. Acrescentou que informações sobre Adriano podem ser enviadas, sigilosamente e sem necessidade identificação, através dos telefones 3235-0000 (quem estiver em Salvador) e 181 (denunciantes do interior).
Marielle Franco, vereadora do Rio de Janeiro, foi assassinada.
A Executiva Nacional do PSOL pediu, por meio de uma nota divulgada hoje, que as circunstâncias da morte do miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega sejam investigadas (veja a íntegra abaixo). O ex-PM, que foi morto na manhã de hoje em um confronto com forças de segurança da Bahia, era suspeito de envolvimento nas mortes da vereadora Marielle Franco e do seu motorista, Anderson Gomes.
“Adriano da Nóbrega era peça chave para revelar os mandantes do assassinato de Marielle e Anderson”, diz o texto divulgado pelo partido. O PSOL diz ainda que, através de sua Executiva Nacional, de sua direção regional Bahia e de parlamentares, irá solicitar uma audiência com a SSP da Bahia.
Nóbrega estava foragido há um ano e, segundo o advogado, telefonou para ele na última terça-feira. Catta Preta atua na defesa desde meados do ano passado e disse que nunca tinha tido contato direto com o cliente, apenaspor meio de familiares. A ligação foi a primeira vez que os dois conversaram diretamente. O advogado disse que tentou convencer seu cliente a se entregar, mas Nóbrega refutou dizendo que seria assassinado e estava receoso.
— Ele me disse assim: ‘doutor, ninguém está aqui para me prender. Eles querem me matar. Se me prenderem, vão matar na prisão. Tenho certeza que vão me matar por queima de arquivo‘. Palavras dele — afirmou Catta Preta.
Questionado sobre o motivo para queima de arquivo, o advogado disse que o cliente não mencionou.
— Eu o aconselhei a se apresentar, pois temia que algo pior acontecesse. Ele não me disse o porquê achava que iria morrer. Acho que ele já suspeitava que seria morto por queima de arquivo.
Veja a íntegra da nota do PSOL:
Na manhã deste domingo ficamos sabendo pela imprensa que Adriano da Nóbrega, miliciano ligado a Flávio Bolsonaro e um dos chefes da milícia conhecida como Escritório do Crime, foi morto pela polícia na Bahia. Adriano estava foragido e era suspeito de envolvimento no assassinato de nossa companheira Marielle Franco e Anderson Gomes.
A Executiva Nacional do PSOL exige esclarecimentos sobre as circunstâncias da morte do miliciano e, através de sua Executiva Nacional, de sua direção regional Bahia e parlamentares, solicitará uma audiência com a Secretaria de Segurança Pública daquele estado para obter maiores informações, uma vez que Adriano da Nóbrega era peça chave para revelar os mandantes do assassinato de Marielle e Anderson. Avaliaremos medidas que envolvam autoridades nacionais. Seguimos exigindo respostas e transparência para pôr fim à impunidade.
Os municípios de Itabuna e Ilhéus apresentaram reduções de 14 e 3,7%, respectivamente, nos números de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs) – homicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte – no ano de 2019, em comparação com ano anterior. Esses resultados positivos foram registrados a partir das ações das Polícias Militar e Civil que atuam na região conhecida como ‘Costa do Cacau’.
Os dados foram divulgados hoje pela Secretaria de Segurança Pública da Bahia nesta segunda-feira (03).
Segundo o coordenador do Centro de Planejamento Operacional (CPO) do Comando de Policiamento da Região (CPR) Sul, tenente-coronel Rivas Queiroz de Souza Júnior, as ações em cima do monitoramento das organizações criminosas é um ponto fundamental para a redução desses índices na região.
“Temos feito um trabalho ostensivo visando a quebra dessas quadrilhas. As equipes do 15º Batalhão da Polícia Militar (BPM/Itabuna), do 2º BPM (Ilhéus), das 68ª, 69ª e 70ª Companhias Independentes da Polícia Militar (CIPMs) e da Cipe Cacaueira têm um grande apoio da população com informações”, contou o oficial, lembrando que operações conjuntas com a Polícia Civil também foram importantes.
As ações de inteligência com foco na desarticulação de líderes de facções e grupos criminosos que atuam nos presídios, além da intensificação nos cumprimentos de mandados de prisão e busca e apreensão, também fazem parte do trabalho diário das equipes da Polícia Civil de ambos os municípios.
“Somente no ano passado, o nosso trabalho de inteligência resultou na condenação de 25 integrantes de uma mesma organização criminosa. O foco nas prisões e apreensões de drogas seguem fortes para que o número dos CVLIs continuem caindo”, contaram os delegados André Aragão e Evy Paternostro, coordenadores das 6ª e 7ª Coordenadorias Regionais de Polícia do Interior (Coorpins/Itabuna e Ilhéus), respectivamente.
Ambos frisaram que, com a aproximação do período das festas populares, como o carnaval, as ações da ‘Operação Verão’, proposta pela Secretaria da Segurança Pública (SSP), continuam com maior intensidade.
Débora Bispo Correia foi achada morta na praia do Malhado no último sábado (12).
O Departamento de Polícia Técnica, por meio do trabalho de uma Perita Técnica (Papiloscopista), identificou a mulher encontrada morta na manhã do último sábado (12), na praia do Malhado, zona norte de Ilhéus.
Segundo informações policiais, a vítima foi identificada como Débora Bispo Correia, 38 anos, natural de Ubaitaba.
Vale lembrar que em março outra mulher foi achada morta na praia do Malhado, mas o principal suspeito foi preso pela Polícia Civil. (Clique aqui para ler)
O núcleo de homicídio da Polícia Civil investiga os dois casos.
Os crimes envolvendo as famílias ciganas ocorreram na Bahia, Tocantins, Maranhão, Rondônia e Distrito Federal, entre fevereiro de 2017 e agosto de 2019.
Dois homens envolvidos numa briga entre famílias ciganas, que resultou em sete mortes e 13 tentativas de homicídios, ocorridas em quatro estados e no Distrito Federal (DF), foram presos, na quarta-feira (18), durante uma ação deflagrada pela 23ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin) e policiais militares, de Eunapólis, no sul da Bahia.
O coordenador regional, delegado Moisés Damasceno, informou que o bombeiro militar da cidade de São Paulo Charles Pereira de Araújo, de 42 anos, e o cigano Nivaldo Ribeiro Dantas, estavam na cidade há quatro dias, planejando matar outra família, moradores do bairro Santa Isabel, naquela cidade.
Charles foi preso por volta das 21h de quarta-feira (18) durante uma abordagem realizada pelo Esquadrão de Motociclista Falcão Sul, do 7º CIPM/Eunápolis. “O militar estava abordo de um automóvel, cuja placa ele havia adulterado com fitas adesivas, num local ermo, nas imediações do bairro Santa Isabel”, explicou o delegado.
Em desdobramento dessa prisão, os investigadores da 23ª Coorpin/Eunápolis identificaram o segundo envolvido no plano, Nivaldo Dantas, que já havia passado por dois hotéis da cidade e foi alcançado no município de Itabela, quando tentava fugir para Vitória/ES. Nivaldo tentou subornar os policiais para não ser preso.
De acordo com o delegado Moisés Damasceno, ficou apurado nas investigações que Nivaldo contratou o policial paulista para matar a família de Zanata Ribeiro Dantas, que também é seu primo. Segundo as informações, o combinado era que o pistoleiro matasse o maior número de pessoas da família, e por isso ele aguardava a oportunidade em que os familiares de Zanata se reunissem.
Charles e Nivaldo foram conduzidos à sede da 23ª Coorpin/Eunápolis e aguardam transferência para o sistema prisional. As investigações prosseguem para identificar a participação de outras pessoas. Os crimes envolvendo as famílias ciganas ocorreram na Bahia, Tocantins, Maranhão, Rondônia e Distrito Federal, entre fevereiro de 2017 e agosto de 2019.
Levantamento divulgado hoje (12) pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública aponta uma queda de 23% no número de homicídios registrados no país, no primeiro bimestre de 2019. A queda foi registrada nos nove tipos de crimes que compõem as estatísticas oficiais, na comparação com o mesmo período de 2018.
De acordo com o MJ, no primeiro bimestre de 2018 foram registradas 8.498 ocorrências de homicídios dolosos, número que caiu para 6.543 em 2019. Já as tentativas de homicídios apresentaram uma redução de 15,1% (6.431 ocorrências para 5.461).
No caso do crime de estupro, a queda ficou em 7%, com 7.284 ocorrências neste primeiro bimestre, ante 7.834 casos registrados nos dois primeiros meses do ano passado. (mais…)