A ONG Planeta dos Bichos realiza uma feira de adoção de animais neste sábado (18)


A feira de adoção acontecerá das 10:00 às 16:00 na Praça São João Batista no Pontal, respeitando todas as normas da secretaria de saúde.

Além de lindos cachorrinhos para adoção, haverá venda do bazar e o valor arrecado será destinado à manutenção da ONG Planeta dos Bichos, que cuida de cães abandonados.

Além disso, visitantes do evento poderão conhecer os produtos da ONG: caminhas para pets, canecas, camisas, rifas e tapetes decorados. A venda dos produtos ajuda a manter os animais.

Na feira, haverá um ponto de coleta de tampinhas Pet! Leve as que você juntou!!!

A ONG Planeta dos Bichos pede para que os visitantes colaborem doando 1Kg de ração para filhotes ou materiais de limpeza (sabão em pó, água sanitária, detergente, desinfetante e outros).

Interessados em adotar um bichinho deverão ter mais de 18 anos, apresentar a carteira de identidade e comprovante de residência.

Adotar é um ato de amor!

Sobre a ONG Planeta dos Bichos:

Atuando há 12 anos no município de Ilhéus. A ONG Planeta dos Bichos entre outras ações, faz o importante trabalho de resgate de animais das ruas da cidade e de tutores que os tratam cruelmente, contribuindo, também, com a saúde pública de Ilhéus e da região.

Conheça mais sobre a ONG Planeta dos Bichos e junte-se a essa causa!

Instagram: @planetadosbichosios

Site: https://planetadosbichos.org

CPI da Covid pede indiciamento de Rui Costa, ex-secretário Bruno Dauster e mais dez


Governador da Bahia, Rui Costa (PT), do ex-secretário do Gabinete Civil da Bahia, Bruno Dauster.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid pediu o indiciamento nesta quinta-feira (16), último dia de atividades, do governador da Bahia, Rui Costa  (PT), pela compra frustrada de 30 respiradores em contrato com o Consórcio Nordeste.

Após quatro meses e meio de trabalho, com reunião de milhares de documentos e convocação de 72 testemunhas, convidados e investigados, a CPI também pediu o indiciamento por improbidade administrativa  do ex-secretário do Gabinete Civil da Bahia, Bruno Dauster, da governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), dos ex-ministros Carlos Gabas e Edinho Silva (atual prefeito de Araraquara/SP), e do secretário de Saúde do Rio Grande do Norte, Cipriano Maia. Além deles, empresários e outros servidores públicos também foram indiciados.

A contratação se iniciou a partir do Ofício Circular de 6 de abril de 2020, assinado pelo secretário-executivo do Consórcio, Carlos Gabas, pelo qual solicitou aos estados-membros, em um prazo máximo de 12 horas, a transferência dos valores correspondentes à aquisição de 30 ventiladores pulmonares, por R$ 164.917,86 cada, totalizando R$ 4.947.535,80 para cada estado.

Os respiradores não foram entregues, e o dinheiro não foi devolvido. Pelo contrário, várias pessoas confirmaram que receberam valores e, também em depoimentos, um engenheiro disse que o equipamento que seria produzido no Brasil custaria R$ 15 mil, valor quase 11 vezes menor que o cobrado pela Hempcare e pago pelos estados.

Anteriormente, o relatório do deputado Francisco do PT, apresentado na semana passada, havia sugerido o indiciamento de quatro pessoas por estelionato: Cristiana Prestes Taddeo e Luiz Henrique Ramos Jovino, da Hempcare, além dos empresários Paulo de Tarso Carlos, da Biogeoenergy, e Cleber Isaac Ferraz Soares. Porém, na sessão desta quinta-feira, os deputados Gustavo Carvalho (PSDB), Getúlio Rêgo (DEM) e o presidente da CPI, Kelps Lima (Solidariedade), apresentaram voto parcialmente divergente, que foi aprovado e acrescido ao relatório.

O governador baiano Rui Costa, que era o presidente do Consórcio Nordeste, foi indiciado por liberar verba pública sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular (nos termos do art. 10°, XI da Lei 8.429). A documentação sigilosa fornecida pela PGE/BA indica que alterações contratuais ocorreram posteriormente à análise pelo órgão consultivo, pouco antes da assinatura, no próprio Gabinete da Casa Civil, mudança que tornou os termos do Contrato extremamente prejudiciais ao ente público, sem qualquer reavaliação por parte do órgão jurídico, uma vez que o parecer da PGE não analisou o instrumento contratual que foi assinado pelo Consórcio e a Hempcare.

Já Dauster foi indiciado por contratação direta ilegal, nos termos dos arts. 337-E do Código Penal, e por improbidade administrativa. Além disso, a documentação produzida informa que Bruno Dauster era a pessoa que estava à frente das negociações, inclusive, declinando o servidor Valderir Claudino, para tratar com a sra. Cristiane sobre os detalhes relacionados ao contrato e liberação dos valores, tratativas que vieram a resultar na elaboração do contrato pelo próprio advogado da empresa Hempcare, que o redigiu de forma a ignorar as cautelas inerentes à administração pública, e resguardar a empresa de qualquer sanção, inclusive da apresentação de garantia.

Terceirizados da empresa MR no Hospital Roberto Santos param por falta de pagamento e cobram da Sesab


Trabalhadores dos setores de asseio e conservação que prestam serviço pela empresa MR no Hospital Roberto Santos, em Salvador, pararam suas atividades nesta quinta-feira (16) por falta de pagamento dos salários em plena véspera de Natal e Ano Novo. De acordo com a direção do SindilimpBA, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesab) não cumpre com a responsabilidade de pagar a empresa e os profissionais estão indignados com a situação diante da dificuldade que está sendo com a sequência da pandemia.

“Falta de pagamento é uma questão absurda no final de ano, ainda mais diante dessa pandemia que não acaba mais. Os profissionais estão parados e vão ficar assim até uma solução do governo estadual. Os seguranças, por exemplo, estão indignados e odeiam o governador, sendo que Rui Costa não tem responsabilidade direta nisso. Mas é complicado explicar isso para quem está sem receber seus vencimentos”, salienta a coordenadora-geral do SindilimpBA, Ana Angélica Rabello.

Um dos trabalhadores da empresa MR explica que, além dos seguranças, o pessoal da limpeza também estão indignados “porque ninguém faz nada por eles”. De acordo com as informações apuradas pelo sindicato, “tem gente comprando recibos para apresentar em Secretarias e aplicar calotes”. “Estamos no caos, vigilante ganhando salário mínimo e todos os terceirizados reclamando da gestão. Porque o maior empregador é o governo do estado e está alimentando os picaretas e sonegadores”, conclui o profissional que preferiu não se identificar.

Em nova pesquisa Datafolha, Lula tem 48%, Bolsonaro 22% e Moro 9%


Bolsonaro, Lula e Moro.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem 48% dos votos e lidera com folga a nova rodada da pesquisa eleitoral do Instituto Datafolha. O atual presidente Jair Bolsonaro (PL) aparece em segundo lugar, com 22% dos votos. Em terceiro está o ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, Sério Moro (Podemos) com 9% dos votos. Em quarto lugar aparece Ciro Gomes (PDT), com 7%.

João Doria (PSDB) tem 4%. Nulo, branco ou ninguém, 8%, e 2% não souberam responder. A pesquisa foi realizadaentre 13 e 16 de dezembro com 3.666 pessoas com mais de 16 anos, em 191 cidades do Brasil (de forma presencial). A margem de erro é de dois pontos para mais ou menos.

As informações são da Folha de São Paulo.

Anvisa aprova vacina da Pfizer para crianças de 5 a 11 anos


Foto: Geovana Albuquerque/Agência Saúde DF.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso da vacina produzida pelo consórcio Pfizer-BioNTech, a Comirnaty, contra a covid-19 em crianças com idade de 5 a 11 anos.

A aprovação está sendo anunciada hoje (16), em transmissão ao vivo da Anvisa, no Youtube, após avaliação técnica da agência, sobre o pedido apresentado em novembro, indicando o uso da vacina para este público. A resolução com a autorização da Anvisa será publicada ainda hoje (16) no Diário Oficial da União, em edição especial, segundo gerente geral de Medicamentos da Anvisa, Gustavo Mendes.Gustavo Mendes.

“Com base na totalidade das evidências científicas disponíveis, a vacina Pfizer-BioNTech, quando administrada no esquema de duas doses em crianças de 5 a 11 anos de idade, pode ser eficaz na prevenção de doenças graves, potencialmente fatais ou condições que podem ser causadas pelo SARS-CoV-2”, disse Mendes.

O gerente lembrou que as análises contaram com a participação de diversos especialistas tanto da Anvisa como de outras entidades. “Verificamos segurança e tolerabilidade, em uma primeira fase. Nela foram aplicadas doses diferentes. Com base no resultado, chegamos à conclusão de que deveriam ser aplicadas 10 microgramas, quantidade inferior à aplicada em adultos”, disse.

Ele acrescentou que, na comparação entre crianças de 5 a 11 com pessoas de 16 a 25 anos [considerando as doses correspondentes a cada grupo], foi identificada a presença de anticorpos nas crianças.

“Observamos desempenho satisfatório da vacina também contra a variante Delta”, ressaltou. “E não há relato de nenhum evento adverso sério, de preocupação ou relato relacionado a casos muito graves ou mortalidade por conta da vacinação. Esse perfil de segurança é muito importante”, completou.

De acordo com a gerente geral de Monitoramento, Suzie Marie Gomes, as doses de vacinas para crianças é de um terço em relação à dose e à formulação aprovada anteriormente. Além disso a formulação pediátrica é diferente. Ou seja, não se pode fazer diluição da dose de adulto para a dose de criança.

Suzie Marie acrescenta que as crianças que completarem 12 anos entre a primeira e a segunda dose devem manter a dose pediátrica. A vacina da Pfizer-BioNTech já havia sido autorizada para aplicação em adolescentes com idade a partir de 12 anos.

Por fim, a gerente de Monitoramento ressalta que não há estudos sobre coadministração com outras vacinas e que, portanto, o uso de diferentes vacina não é indicado.

Segundo a Anvisa, a dose da vacina para crianças será diferente daquela utilizada para pessoas a partir de 12 anos. Os frascos também terão cores distintas para evitar erros na aplicação.

Ministério da Saúde alerta para golpes por e-mail


O Ministério da Saúde divulgou nesta quarta-feira (15) um comunicado alertando para mensagens falsas por e-mail utilizando como gancho o argumento de envio do certificado de vacinação contra a covid-19.

O ministério ressalta que não disponibiliza esse tipo de comprovação por e-mail para nenhum usuário do Sistema Único de Saúde (SUS). A única forma de obter o certificado de vacinação para a covid-19 é por meio do aplicativo ConecteSUS ou de sua versão web.

Em razão da invasão na base de dados do Ministério da Saúde, o aplicativo ainda não está com a emissão de certificados normalizada. Em nota, a pasta informou que “está agindo para restabelecer o mais rápido possível os sistemas para registro e emissão dos certificados de vacinação”, mas não informou quando o serviço estará disponível novamente.

O aplicativo ConecteSUS pode ser baixado em qualquer loja de app, como Play Store ou Apple Store. Nele, o cidadão que se cadastrar pode acessar os dados de vacinação, incluindo o exigido no contexto da pandemia do novo coronavírus (covid-19) por alguns estabelecimentos. O certificado fica disponível apenas para quem completar o ciclo vacinal.

Defesa Civil Nacional reconhece situação de emergência em Ilhéus e mais 12 cidades baianas atingidas por chuvas intensas


O Governo Federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), reconheceu, nesta quarta-feira (15), a situação de emergência em 25 cidades da Bahia afetadas pelas fortes chuvas que atingem o estado desde o fim de novembro. As portarias com o reconhecimento foram publicadas no Diário Oficial da União. Confira aqui e aqui.

Na lista dos 25 municípios, 12 já estavam com a situação de emergência reconhecida, mas foram incluídos na portaria mais uma vez em razão de um novo decreto do estado da Bahia. Essas cidades cidades são Guaratinga, Itabela, Itamaraju, Jucuruçu, Medeiros Neto, Teixeira de Freitas, Vereda, Mascote, Jiquiriçá, Itacaré, Ibicuí e Camacan.

Já os 13 municípios que entraram na lista pela primeira vez são Alcobaça, Belmonte, Caravelas, Ibirapuã, Ilhéus, Itagimirim, Itanhém, Itapebi, Lajedão, Macarani, Mucuri, Nova Viçosa e Santa Cruz Cabrália.

Outros cinco municípios (Canavieiras, Anagé, Santanópolis, Itapenga, e Marcionílio Souza) deixaram a lista de cidades com a situação de emergência reconhecida porque tiveram o decreto estadual revogado e o reconhecimento sumário por parte do Governo Federal foi feito com base nesse decreto.

Com isso, ao todo, 39 municípios baianos atingidos por chuvas intensas contam com o reconhecimento federal e podem solicitar recursos da Defesa Civil Nacional para ações de resposta ao desastre natural.

Confira a lista completa abaixo:

Alcobaça
Baixa Grande
Belmonte
Boa Vista do Tupim
Camacan
Caravelas
Encruzilhada
Eunápolis
Guaratinga
Ibicuí
Ibirapuã
Ilhéus
Itabela
Itaberaba
Itacaré
Itagimirim
Itamaraju
Itambé
Itanhém
Itapebi
Itarantim
Jaguaquara
Jiquiriçá
Jucuruçu
Lajedão
Macarani
Maragogipe
Mascote
Medeiros Neto
Mucuri
Mundo Novo
Nova Viçosa
Porto Seguro
Prado
Ruy Barbosa
Santa Cruz de Cabrália
Teixeira de Freitas
Teolândia
Vereda

Também nesta quarta-feira, o MDR repassou mais R$ 2,68 milhões a cinco cidades baianas afetadas pelas fortes chuvas (Itajuípe, Teolândia, Maracani, Teixeira de Freitas e Itamaraju). Com esses recursos, cerca de R$ 11,2 milhões já foram disponibilizados pela Defesa Civil Nacional para ações de resposta ao desastre natural.

Prefeitura de Itacaré realiza limpeza dos canais e retira toneladas de lixo


A Prefeitura de Itacaré realizou esta semana a limpeza completa do canal do bairro São Miguel, no local conhecido como Alagados, retirando toneladas de lixo que vem sendo jogado pela população. O objetivo foi desobstruir os canais para evitar os alagamentos, evitando assim transtornos e prejuízos para a comunidade. Além do canal do bairro São Miguel, outros esgotos, bueiros e bocas de lobo da cidade também vem estão sendo desobstruídos constantemente pela Prefeitura para garantir o escoamento das águas pluviais e evitar alagamentos, principalmente nesse período de chuvas.

O prefeito de Itacaré, Antônio de Anízio, solicitou à comunidade para que colabore com a limpeza da cidade, evitando colocar o lixo nas ruas ou depositando fora do horário da coleta. Ele explicou que a limpeza pública e a coleta do lixo vêm sendo feitas regularmente em todos os bairros, mas muitos moradores, turistas e comerciantes insistem em depositar a sujeira de forma inadequada ou fora do horário. Esse lixo, segundo ele, acaba caindo nos bueiros e esgotos e no período de chuvas provocam alagamentos e geram transtornos e prejuízos.

Antônio de Anízio explicou que se todos colaborarem, a cidade fica muito mais limpa, mais bonita e sem alagamentos. Somente para se ter ideia do problema, no canal do bairro São Miguel foram retiradas centenas de garrafas pets, sacos plásticos, restos de móveis e eletrodomésticos, cadeiras, capacetes, sacos plásticos, garrafas de vidro e até restos de construção. “Mas temos a certeza de que a partir de agora toda a comunidade vai colaborar para que a gente possa ter uma Itacaré cada vez mais bonita, mais limpa e muito melhor”, complementou o prefeito.

Câmara aprova novas regras para autorização de transporte rodoviário


A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (15) proposta que altera as regras para autorização de linhas de serviço regular de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros, exigindo capital social mínimo de R$ 2 milhões. Por ter sido modificado pelos deputados, a matéria retorna para análise do Senado.

O texto prevê que a autorização dependerá da comprovação, pelo operador do serviço, de requisitos de acessibilidade, segurança e capacidade técnica, operacional e econômica da empresa, a serem considerados de forma proporcional à especificação do serviço, conforme regulamentação do Poder Executivo.

Pela matéria, continuará a não haver limite para o número de autorizações para esse serviço regular, mas, além da exceção de inviabilidade operacional, são incluídos os casos de inviabilidade técnica e econômica.

O substitutivo revoga a taxa de fiscalização cobrada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), no valor de R$ 1,8 mil por ano e por ônibus registrado pela empresa detentora de autorização ou permissão outorgada pela agência. No caso de ônibus de fretamento, que presta serviços não regulares de transporte, será proibida a venda de bilhete de passagem.

Vai a sanção projeto que estabelece marco legal das ferrovias


Vai à sanção o projeto que estabelece o marco legal das ferrovias. O texto permite à União autorizar a exploração de serviços de transporte ferroviário pelo setor privado em vez de usar concessão ou permissão. O prazo do contrato poderá ser de 25 até 99 anos, prorrogáveis. De autoria do senador licenciado José Serra (PSDB-SP), o PL 3.754/2021 foi aprovado nessa terça-feira (14) pela Câmara dos Deputados.

A proposição prevê que, por meio de convênio, o governo federal poderá delegar a estados, Distrito Federal e municípios a exploração dos serviços segundo as novas regras. O texto permite ainda a outorga de ferrovias em regiões geográficas ou entre cidades nas quais já existem ferrovias.

Segundo o relator na Câmara, deputado Zé Vitor (PL-MG), o sistema de autorizações é menos burocrático e vai permitir o aumento da oferta de ferrovias e novos investimentos em infraestrutura, que podem chegar a R$ 100 bilhões. Ao contrário das concessões, para as quais existem limites tarifários, a empresa que obtiver autorização terá liberdade de preço; e o compartilhamento dos trilhos com outros operadores ferroviários dependerá de acordo comercial, não sendo obrigatório. Imóveis da União poderão ser cedidos sem licitação a esses autorizados, viabilizando a construção de ferrovias em áreas federais.

Autorizações

Para a implantação de novas ferrovias ou novos pátios ferroviários, os interessados poderão pedir autorização diretamente ao agente regulador, apresentando estudo técnico, cronograma e certidões de regularidade fiscal. Quando houver delegação a estados e municípios, o regulador será ligado a essa esfera de governo. O regulador deverá analisar se a ferrovia atende à política nacional de transporte ferroviário, avaliando sua compatibilidade com as demais infraestruturas implantadas.

Conforme o projeto aprovado, a autorização poderá ser negada se o interessado não seguir as regras do projeto; se houver incompatibilidade com a política para o setor; ou por motivo técnico-operacional relevante justificado.

Obstrução e acordo

Deputados da oposição obstruíram a votação do texto principal e criticaram o novo modelo, mas um acordo em Plenário  acelerou a votação da matéria. O presidente da Câmara, Arthur Lira, anunciou que o governo editará uma medida provisória em janeiro para tratar de pontos questionados.

Conforme o acordo, a futura MP deverá definir critérios de desempate para o caso de duas empresas disputarem a autorização para explorar a mesma ferrovia; criar regras sobre o licenciamento ambiental para novos projetos; e estabelecer penas para a empresa que ganhar a autorização, mas não investir.

Resistências

A garantia de que uma MP vai aprimorar o texto diminuiu as resistências, mas não acabou com as críticas. A deputada Talíria Petrone (Psol-RJ) apontou problemas no modelo de autorizações.

“A dispensa da concessão, que é o que configura a autorização, implica dispensa de licitação. Isso significa que não vai haver ampla concorrência. Além disso, no regime de autorização, não tem o pagamento de valor de outorga ao governo pelo direito de exploração. Não há obrigação de compartilhar uso de ferrovia com outros operadores, o que infelizmente incentiva o monopólio. Não possui obrigação de realizar investimentos mínimos. Então, do ponto de vista do interesse público, a gente entende que a autorização é um péssimo negócio”, disse a deputada.

Defesa

O novo modelo foi defendido por deputados ligados ao agronegócio, principalmente após o acordo. Para o deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), a proposta pode aumentar a oferta de ferrovias e melhorar o transporte de mercadorias no país.

“Nós somos a favor de que se institua o regime de autorização para poder se construir ferrovias no nosso país, e isso já gerou resultado muito importante. Nós temos 23 solicitações de ferrovias, e as especulações são de que somam quase 40 outros regimes de autorização solicitados”, afirmou.

Desapropriações

O PL 3.754/2021 especifica que a autorizatária assumirá o risco integral do empreendimento, sem direito a reequilíbrio econômico-financeiro. Deverá assumir também os custos e os riscos da desapropriação, devendo inclusive pagar a indenização ao proprietário particular que teve o bem desapropriado. Se envolver bem público, o órgão responsável deverá se manifestar sobre sua disponibilidade para posterior cessão ou concessão de uso ao interessado.

Conforme a situação, os bens desapropriados para fins de utilidade pública poderão ser vendidos; alugados; cedidos; arrendados; transferidos como integralização de fundos de investimento ou a sociedades de propósito específico; ou outorgados por meio de concessão de direito real de uso, de concessão comum ou de parceria público-privada. Essas regras poderão ser aplicadas inclusive para execução de planos de urbanização, renovação urbana ou parcelamento ou reparcelamento do solo. Isso porque o texto permite que o projeto de implantação de infraestruturas ferroviárias abranja o projeto urbanístico do entorno, se aprovado pelo município. Nesse caso, a receita obtida com a revenda ou exploração imobiliária dos imóveis produzidos ficará com o autorizado a explorar a infraestrutura.

A empresa formada para tocar o projeto urbanístico poderá inclusive ajudar o poder público a arrecadar contribuição de melhoria, uma espécie de tributo, que venha a ser instituído pelo governo para financiar a infraestrutura. Os recursos ficarão com a empresa privada responsável por executar o projeto urbanístico.

Chamamento público

Em caso de o interesse ser do governo, o Poder Executivo abrirá chamamento público para explorar ferrovias de passageiros ou de cargas não implantadas, em processo de devolução ou desativação ou ociosas. A ociosidade será caracterizada pela existência de bens reversíveis (que voltam para a União) não explorados, pela inexistência de tráfego comercial por mais de dois anos ou pelo descumprimento de metas de desempenho contratuais por mais de dois anos.

Poderá haver a separação de determinados trechos já sob exploração por meio de concessões; ou por permissões, para o chamamento atribuí-los a um autorizado.

Nesses chamamentos, o governo poderá usar estudos, projetos e licenças obtidos pelo Poder Executivo. Se houver apenas um interessado com proposta habilitada, a autorização será emitida diretamente a ele. Se mais de uma proposta for habilitada, a escolha, em processo seletivo público, deve considerar como um dos critérios de julgamento o maior lance de valor de outorga.

Direitos e deveres

Se nos primeiros cinco anos de vigência da futura lei a ferrovia pretendida por um interessado ou oferecida por chamamento estiver dentro da área de influência de uma concessão ferroviária já existente, o concessionário terá direito de preferência para obter a autorização em condições idênticas às das propostas originais ou à da vencedora do chamamento. Caso o concessionário que obtiver a autorização dessa forma atrase as obras ou não as execute, perderá a outorga e será multado em pelo menos 50% dos investimentos prometidos.

Em virtude da pandemia de covid-19, o texto prorroga por 12 meses todas as obrigações não financeiras assumidas pelas concessionárias ferroviárias federais.

Contrato adaptado

O texto permite à concessionária ferroviária federal com contrato vigente pedir a conversão para contrato de autorização se uma nova ferrovia construída a partir de outra autorização entrar em operação. Essa conversão será possível quando a nova ferrovia tiver sido outorgada a um concorrente ou a integrante do mesmo grupo econômico que detém a concessão. Neste último caso, a expansão da ferrovia ou de sua capacidade de transporte deverá ser, no mínimo, de 50% no mesmo mercado relevante.

Essa adaptação estará condicionada à: inexistência de débitos com multas ou encargos setoriais; manutenção, no contrato de autorização, das obrigações financeiras perante a União e das obrigações de investimentos e de transporte celebradas com usuários do sistema; prestação de serviço adequado; e manutenção de serviços de transporte de passageiros no novo contrato de autorização, na hipótese de a concessionária requerente já operar linha regular de transporte de passageiros.

A autorização contará com o mesmo prazo da concessão, permitida sua prorrogação mediante pagamento pela extensão contratual. Após o fim da vigência, os bens comprados depois da adaptação do contrato ficarão com a empresa; e os bens anteriores a essa mudança serão devolvidos à União.

Recomposição

A concessionária ferroviária poderá pedir a recomposição do equilíbrio econômico-financeiro quando provar que haverá desequilíbrio em razão da entrada de concorrente com ferrovia nova construída por meio de autorização dentro de sua área de influência. O argumento por trás desse pedido é de que o concessionário deve obedecer a um teto tarifário, enquanto o autorizatário tem liberdade de preços.

O reequilíbrio poderá ser feito com redução do valor de outorga, aumento do teto tarifário, fim da obrigação de investimentos e ampliação de prazo.

Informações da Agência Senado.