Colapso de serviços essenciais deixa moradores do distrito de Una em situação crítica


Distrito de Colônia de Una.Foto enviada por leitor.

Há dias, os moradores do Distrito da Colônia, em Una, enfrentam um cenário de desespero devido à interrupção prolongada de serviços essenciais. A falta de energia elétrica já completa três dias na área urbana, enquanto na zona rural, algumas localidades estão há 11 dias no escuro. O abastecimento de água, por sua vez, está interrompido há cinco dias, agravando ainda mais a crise que afeta centenas de famílias.

A Embasa, responsável pelo fornecimento de água, atribui o problema à falta de energia, alegando que os sistemas de bombeamento dependem da eletricidade fornecida pela Coelba. No entanto, os moradores questionam a justificativa, argumentando que a concessionária poderia ter instalado geradores de emergência para garantir o abastecimento mínimo, conforme sua responsabilidade contratual e social.

Já a Coelba tem sido alvo de críticas pelo descaso no atendimento às reclamações. Os moradores relatam que os canais de suporte da empresa não oferecem soluções efetivas, deixando a comunidade sem previsão para o restabelecimento da energia. Enquanto isso, o prejuízo se multiplica:

    • Comerciantes acumulam perdas com alimentos estragados e impossibilidade de operar sistemas eletrônicos.
    • Agricultores não conseguem processar ou armazenar produtos, comprometendo sua renda.
    • Pessoas com doenças crônicas, como diabetes, perdem medicamentos essenciais, como a insulina, que necessitam de refrigeração.
    • A falta de água obriga famílias a percorrer longas distâncias para buscar o recurso em cisternas ou fontes alternativas, muitas vezes insalubres.

Além disso, a falta de energia também afeta as comunicações, já que a internet — tanto por cabo quanto via operadoras móveis, como a Vivo — está comprometida, isolando ainda mais a população e dificultando a busca por ajuda.

Apelo às Autoridades

Diante da negligência das concessionárias, os moradores exigem uma ação urgente das autoridades competentes, incluindo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e o Ministério Público. A comunidade reclama não apenas pelo descumprimento contratual, mas também pela violação de direitos básicos, como acesso à água e saúde.

“Estamos abandonados. Se isso acontecesse em uma grande cidade, já teriam resolvido em horas”, desabafa Maria Silva, moradora da zona rural. “Aqui, parece que ninguém se importa.”

Enquanto as concessionárias não se manifestam oficialmente com um plano de ação, a população segue em estado de emergência, dependendo de soluções improvisadas para sobreviver. A pergunta que fica é: até quando Una ficará no escuro?

Com informações do jornalista Tiago Paschoal.