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O Sindicato dos Policiais Civis da Bahia (Sindipoc) se mobiliza para protestar contra o sucateamento da corporação. A entidade prepara um ato para ser realizado durante a ida do governador Rui Costa a Ilhéus, quando inaugura, na sexta-feira, dia 15, o Hospital da Costa do Cacau, na rodovia Ilhéus-Itabuna.
No ato, os policiais civis vão usar faixas e outdoors para chamar atenção do governador que, sequer, tem sentado à mesa para negociar a campanha salarial da categoria. O diretor do Sindipoc, Eustácio Lopes, diz que, além desse problema, a Polícia Civil enfrenta um sucateamento de anos, que as autoridades ignoram.
O Sindipoc estima que não há policiais civis em, pelo menos, 180 municípios baianos, o que demonstra a falta de efetivo para atender um estado com dimensão territorial grande. Hoje, há pouco mais de 6 mil policiais na ativa, quando o ideal seriam 15 mil. E não falta somente material humano. Por toda a Bahia, a entidade tem recebido denúncias de falta de material de escritório, de higiene, problemas com viaturas e computadores, além de delegacias com estrutura comprometida, como é o caso de Ilhéus.
“Por isso, temos a Bahia, ano após ano, figurando no topo do ranking de homicídios violentos no Brasil. Só em 2016, de acordo com o Anuário de Segurança Pública, foram 7110 mortes em nosso estado. E, apesar de ser quem mais mata, somos um dos estados que menos apura os crimes, resultado do sucateamento promovido contra nossa corporação”, afirma Lopes.
