Não permitamos a derrocada da sociedade brasileira


Por Gustavo Kruschewsky/ [email protected]

Gustavo (2)A existência do crime organizado, em várias camadas da sociedade, principalmente na classe “política” e empresarial, está desorganizando todo o Estado Brasileiro… E o povo padece notadamente milhares de pessoas que estão sendo desempregadas e vendo suas famílias desamparadas, passando por muitas necessidades. Uma das causas, dentre outras dessa situação do Brasil – a exemplos das pedaladas fiscais na opinião de muitos juristas – é que muitos “governantes” e dezenas de outras pessoas que têm função pública enganam o povo se juntando a empresários corruptos e gananciosos. Tácito, parece que se inspirou no Brasil quando disse: “As leis abundam nos Estados mais corruptos”.

Verificando os fatos históricos no Brasil, a gente vem percebendo, infelizmente, com muita indignação, que grande parte da “classe política”, que ostenta “poderes”, evita com unhas e dentes que as Leis não entrem em colisão com os interesses espúrios deles próprios que estão à frente dos “poderes” da República. Os interesses, na vontade deles, devem prevalecer sobre muitas leis, rechaçando-as, no âmbito federal, estadual e municipal. Mas, o viés da história está começando a mudar. Os fatos estão a mostrar que a justiça, na composição dos juízes na sua maioria, não está dando trégua à corrupção, apenando aqueles “políticos”, incluindo outros “agentes públicos” e empresários que cometeram crimes. As Leis sendo aplicadas “erga omnes”, aí sim, teremos uma verdadeira democracia, porque a justiça tem que ser “a vingança do homem em sociedade”.

Já está mais do que provado que a observância do processo de impeachment (impedimento) que se pretende contra a Presidente atual do Brasil é com base em regras jurídicas previstas na Constituição Federal, portanto, não é “golpe”. Vale dizer que se o art. 82 da Constituição Federal não fosse – por determinação de Emenda n.º 16, de 04 de junho de 1997 – modificada, os Presidentes da República, que foram empossados depois desta Emenda, a exemplos de FHC, Lula e a própria Dilma, não poderiam ser reeleitos sendo impedidos de ficarem 08 anos no “poder” da República. Talvez, se assim fosse, o Brasil não estaria nesse estado de desorganização nos dias atuais. O Artigo 82 da CF, desde 1988 a 1997 previa: “ o mandato de Presidente da República é de 05 (cinco) anos, vedada a reeleição para o período subsequente…”

A Emenda do referido artigo Constitucional passou a prevê que: “o mandato do Presidente da República é de 04 (quatro) anos…” Efetivamente pelo seu silêncio, consideraram o princípio jurídico de que “aquilo que não é proibido é permitido”, dando azo aos Presidentes de, ao terminarem o seu mandato de 04 (quatro), candidatarem-se para mais um mandato de 04 (quatro) anos se assim quisessem. Felizmente volta tudo como antes. Doravante retorna-se ao status quo de que: Presidente da República, Prefeito e Governador só poderão ter um mandato de 05 (cinco) anos sem direito a reeleição.

A jornalista Eliane Cantanhêde argumentou no Jornal A Tarde o que se segue: “o risco é Dilma conseguir barrar o impeachment, mas arrastrar um governo de xepa, com centenas de oportunistas. A prioridade de Dilma não é governar, é manter o governo a qualquer custo. O foco não é restaurar a economia aos cacos, corrigir as contas públicas, combater as doenças, cuidar de saúde, educação, turismo… Toda a energia está voltada para um único fim: salvar o mandato, com o bordão do “golpe”. Todas essas evidências, estão claras como um dia de verão”.

Ó Deus, sejas o remédio maior e norteador para que se mude esse quadro caótico da nossa sociedade! Senão, aonde iremos parar?

E o futuro do povo brasileiro?


Por Gustavo  Kruschewsky

Gustavo (2)Na verdade o povo brasileiro, de norte a sul e de leste a oeste, levantou-se indo às ruas apoiando e aplaudindo a atuação corajosa e imparcial do Juiz Sérgio Moro que comanda a Operação Lava Jato que – a pedido do Ministério Público Federal –  já puniu vários empresários e “políticos” que ultrapassaram os seus limites morais e legais. O povo também nas ruas, de forma tranquila, grita mais justiça pedindo o impeachment da presidente Dilma e do Deputado, presidente da câmara dos deputados, Eduardo Cunha, e a nulidade do termo de posse de Ministro da Casa Civil outorgado a Lula.

O que acontecia no Brasil de forma deliberada- e os fatos históricos estão aí provando – é que muitos  “governantes” se achavam acima do bem e do mal e não se consideravam sujeitos aos limites morais e legais. O povo brasileiro tinha que engolir, aceitando todas as ações imorais e ilegais de supostas corrupções de governistas de 1.º escalão da União, Estados e Municípios. Agora, a história está mudando e os fatos estão paulatinamente vindo à tona e dando os nomes aos culpados. Portanto, não é mais assim que a banda toca, ou seja, mandatários (políticos eleitos com o voto popular), mandantes (os eleitores) sejam eles ricos, pobres, humildes, analfabetos funcionais, intelectuais, empresários, etc., têm que observar não somente os seus direitos, mas também os seus deveres constitucionais e infraconstitucionais garantidos, senão serão punidos. (mais…)

Muita calma nessa hora


Por Murillo de Aragão

murillo-de-aragao-e1454877917156Que loucura a política brasileira! Aliados do ex-presidente Lula querem que ele seja nomeado ministro para salvá-lo de um eventual e hipotético pedido de prisão por parte da Operação Lava Jato. Especula-se que possa ocupar Ministério das Comunicações, a chefia da Casa Civil ou passe a despachar no Itamaraty.

Seria inacreditável que Lula, o grande líder popular,tivesse que se esconder em um Ministério para evitar um constrangimento com a Operação Lava Jato. Mas como a política no Brasil põe o realismo fantástico da literatura latino-americana no chinelo, tudo pode acontecer.

Outro movimento inacreditável é o discurso da radicalização proposto pelo mesmo Lula e seus aliados mais agressivos. Movimentos articulados com setores mais radicais do  PT estão invadindo sedes de órgãos governamentais e dependências de emissoras ligadas à Rede Globo. Outros prédios públicos e instalações privadas estão sendo vandalizados. Circulam boatos de que estão sendo planejadas invasões do Congresso Nacional.

Partidários da divisão  “nós” e “eles” destilam ódio nas redes sociais chamando para o confronto. Há quem diga que a elevação do tom por parte dos partidários de Lula está estimulando o comparecimento em massa às manifestações de 13 de março.  Parece que serão significativas.

Lula, antes mesmo da condução coercitiva, já anunciava a morte do “Lulinha paz e amor”, seu melhor e mais vitorioso figurino. Foi sendo “paz e amor” que ele driblou o impeachment no escândalo do mensalão. Naquele tempo, Lula se cercava de tipos mais amenos e mais afeitos ao diálogo. Por tudo o que fez e pela importânciaque tem, o ex-presidente deveria ser o primeiro a acalmar o ambiente.

Quando Lula age em outra direção, trabalha, sobretudo, contra si mesmo. E contra a democracia no Brasil. Pois a história ensina que a primeira vítima da violência é quem prega o recurso como método, principalmente quando o campo em questão é a política.

A história recente da América Latina está cheia de exemplos negativos (a Venezuela é o mais acabado de todos).

O ministro Marco Aurélio de Mello receia que as manifestações de 13 de março corram o risco de gerar um cadáver. Considerando o clima e agressividade nas redes sociais, não é um temor infundado. Cabe aos governos federal e estaduais garantir a ordem pública. E aos líderes políticos pedir que seus aliados se mantenham dentro dos limites democráticos da liberdade de manifestação.

É aconselhável que Lula, Dilma, Temer, FHC, Aécio Neves, Marina e outros líderes se manifestem a favor da paz e da democracia, exortando militantes, correligionários e simpatizantes a dar um exemplo de tolerância e democracia no dia 13 de março.  Não devemos rebaixar ainda mais a nossa infante democracia.

Murillo de Aragão é cientista político. Artigo publicado originalmente do Blog do Noblat.

O retrato da perversidade


Por Alisson Gonçalves

Imagem do Pronto Atendimento criado pela prefeitura de Ilhéus.
Imagem do Pronto Atendimento criado pela prefeitura de Ilhéus.

Perversidade: palavra que deriva do latim PERVERSITATE, que traduzida para o português pode significar; Maldade, Crueldade, Ato Perverso, Carácter desumano e cruel, Satisfação no exercício da maldade.

Nos últimos três anos do atual governo do prefeito Jabes Ribeiro eu pensei que os ilheenses já tinham visto todo o seu  pacote de maldades. Aumento abusivo do IPTU, escola municipal funcionando em BAR, servidores púbicos perseguidos e sem reajuste salarial, ameaças de demissões, postos de saúde fechados sem médicos e medicamentos, aumento da tarifa de transporte e tantos outros… Ledo engano!

Fiquei perplexo nos últimos dois dias ao passar pelo recém-inaugurado PA da dengue que funciona calamitosamente na Rua Major Homem Del Rey , Nº 100 no bairro da Cidade Nova. Lá pude ver crianças no colo de suas mães, idosos, jovens e adultos expostos ao sol forte do meio dia, todos em uma humilhante fila do lado de fora aguardando atendimento. Enquanto lá dentro apenas dois médicos atendiam aos que ali estavam em busca de um alivio para suas muitas dores, febre e todos os sintomas provocados pela Dengue, Zika Vírus e Chikungunya. Como se a humilhação da fila, do sol e de ter que esperarem em pé e na rua não fosse o bastante, o perverso governo Jabes Ribeiro providenciou no dia seguinte fechar a rua, colocar um toldo e espalhou  cadeiras oficializando a rua como local para cuidar dos doentes da nossa terra.

O governo Jabes Ribeiro em sua previsão orçamentaria para o ano de 2015 previa gastar com a saúde municipal o montante de R$ 89.195.103, 73 (oitenta e nove milhões, cento e noventa e cinco mil cento e três reais e setenta e três centavos) dos quais declara que foram gastos R$ 79.188.468,84 (setenta e nove milhões, cento e oitenta e oito mil, quatrocentos e sessenta e oito reais e oitenta e quatro centavos) segundo publicado no Portal da Transparência da própria prefeitura.

A pergunta é, onde foi gasto esse dinheiro? De que forma? Discutido com quem para definir as quais prioridades? E por que o governo não se preparou para enfrentar a epidemia do mosquito aedes aegypti e os vírus que ele transmite?

Tenho certeza que não é por falta de dinheiro que o PA da dengue esta funcionando de forma perversa e desumana em um local fora do eixo central da cidade, de difícil acesso onde não circulam todas as linhas de ônibus. Mas, por falta de capacidade, planejamento e gestão do governo Jabes Ribeiro e seu exercito, somado a isto sua perversidade cega, seu desprezo pelas pessoas e sua satisfação no exercício da maldade.

Espero que o Ministério Público tome providencias no sentido de determinar ao prefeito Jabes Ribeiro que retire dali as pessoas e passe a dar a elas um tratamento digno e respeitoso, cuidando melhor de cada uma delas a fim de preservar suas vidas. É no município que os cidadãos precisam ter saúde de qualidade, moradia, segurança e um enumerado de outros direitos, pois é no município que a vida acontece e é do gestor municipal a responsabilidade por cada uma delas.

No mais, rogo a Deus pela vida e pela saúde de todos os ilheenses e que Ele possa sensibilizar os endurecidos corações dos que deviam ter humanidade, empatia e carinho pelas pessoas, mas, ao invés disso têm predileção pela perversidade.

Alisson

 

*Alisson Gonçalves é estudante de Sociologia e assessor parlamentar

Artigo: Muito além da investigação de um presidente


Por  Joaquim Falcão, professor da FGV Direito Rio.

Na democracia não deve existir poder sem controle. Controlar antes, durante e depois. Tenha o poder sido exercido ontem ou hoje.

Jacques Chirac e Nicolas Sarkozy responderam a processos na França depois de saírem do poder. Berlusconi, na Itália. Helmut Kohl, na Alemanha. Israel Ehud Olmert, ex-primeiro ministro de Israel, foi preso ano passado. José Sócrates, de Portugal, estava detido até pouco tempo. Uns são absolvidos, outros condenados.

É atípica situação previsível.

Do ponto de vista legal, porém, não se investiga nem presidentes nem ex-presidentes. Investiga-se o cidadão comum, igual aos outros. A lei por vezes cria proteções especiais como o foro privilegiado quando o cidadão ocupa cargo político importante. Mas aí não se protege a pessoa, mas o cargo. Por quê?

Porque o cargo pertence à República. O cidadão, não. Em princípio, se espera que um Supremo ou um tribunal de Estado seja mais independente e prudente. Trata-se de um colegiado. Muitas cabeças, em vez de uma só.

Recentemente, tivemos o julgamento e condenação do ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo. Foi julgado como pessoa comum. Em foro comum. Pela primeira instância. Como manda a lei.

O importante é que a investigação e o processo sejam transparentes, previsíveis, com amplo direito de defesa e imunes aos humores e ideologias de investigadores e juízes.

Sobretudo em momentos de radicalização política. Quando se investiga não apenas um ex-presidente da República, mas, talvez, um futuro candidato à Presidência. Às vezes, politicamente, a investigação apenas já é a pena.

A Operação Zelotes não atinge apenas o ex-presidente. Vai mais longe. É do conhecimento público a pressão e indevida influência que grupos poderosos fazem sobre o Poder Executivo para obter rapidamente um benefício fiscal, ou no caso até perdão de dívidas milionárias. Levar vantagem via MP.

A influência de uma autoridade pública é perigosa. Maior perigo quando envolve assessores, lobbies e grandes corporações.

A curto prazo, investiga-se um ex-presidente. Indícios podem ou não ser confirmados. A médio prazo, se comprovadas as denúncias, estamos diante de algo mais amplo: o desenho democrático de nossas instituições.

Uma medida provisória, em geral, é feita sem transparência, sem votos, vigora logo, beneficia imediatamente e coloca o Congresso no corner.

Se tudo comprovado, seria correta esta deturpação das medidas provisórias? Seria correta esta maneira de se fazer negócios e política no Brasil?

*Artigo de publicado originalmente na Agência O Globo.

No Ilhéus que Folia, a Saúde Pública é que Dança.


Por Reinaldo Soares

Professor Reinaldo Soares.
Professor Reinaldo Soares.

No último fim de semana, o Governo das ilusões realizou o Ilhéus Folia, carnaval antecipado com direito a OPEN BAR no Camarote Oficial, isso mesmo, comidas e bebidas de “graça” para mais de 200 convidados nos 03 dias da farra momesca na terra de Jorge Amado.

Saindo do Camarote oficial e do Circuito do Ilhéus Folia, deparamos com a realidade de uma cidade que há quatro anos o governo afirma que está falida e por isso não pode reajustar os servidores e investir na proteção da saúde básica da população.

Dezenas de cidades brasileiras cancelaram o carnaval em virtude da epidemia da dengue e principalmente da Zika, em quanto em Ilhéus o Governo das Ilusões antecipa o carnaval em um risco muito grande da proliferação da epidemia.

Não se vê nenhuma preocupação desse governo com a saúde da população. O bairro mais populoso de Ilhéus, o Teotônio Vilela, em todas as suas ruas, há um caso de alguém contaminado ou que já foi contaminado pelo Zika ou Chikungunya e não se presencia nenhuma intervenção pública como mutirão de limpeza no Bairro, detetização com o Carro Fumacê, aberturas e ampliação dos Postos de atendimento.

Se as intervenções de emergência não estão sendo feitas, pior as preventivas e regulares que deveriam ocorrer no Sistema Municipal de Saúde. Com 1.148 funcionários lotados na Saúde e com um orçamento de R$89.704.000,00, para 2016, isso mesmo, mais de oitenta e nove milhões de Reais para serem usados pela Secretária Municipal de Saúde, os agentes comunitários de saúde não possuem qualificação permanente, não recebem os equipamentos e materiais necessários para exercerem dignamente suas atividades.

Os Postos de Saúde por conta do abandono são ocupados pelos Morcegos, sem contar os que são reformados e não funcionam por falta de profissionais, como exemplo o de Sambaituba. O Município só tem dois médicos Pediatras efetivos e ainda estão ameaçados de serem demitidos. Ser atendido por um Neurologista na Rede Pública em Ilhéus, é quase acertar na Mega Sena, e agora, até os exames laboratoriais não podem ser feitos diretamente no laboratório.

Diante de tamanho abandono da Saúde, o governo das ilusões se diverte em camarote enquanto a população sofre. Precisamos apresentar um Novo Modelo Político para Ilhéus, sustentada em uma Governança transparente, sensível ás necessidades da população, sem clientelismo e pão e circo.

*Reinaldo Soares é Mestre em Cultura e Turismo pela UESC/UFBA, Presidente Municipal do Partido Social Cristão- PSC. Diretor do IBEC, Ex Presidente do Conselho Municipal de Educação de Ilhéus, Palestrante, Professor do Colégio Estadual Padre Luis Palmeira e da Pós-Graduação da FACSA/IBEC.

E-mail: [email protected]

CARNAVAL: FESTA PARA TODOS


Por Gustavo Kruschewsky/gcezar@uesc.br

Gustavo (2)Muitas pessoas pensam, de forma equivocada, que foi o brasileiro quem criou o carnaval. Com a palavra João Oliveira Souza, professor mestre do Departamento de Filosofia e Teologia da UCG – Universidade Católica de Goiás – que assim se reportou ao surgimento do carnaval aqui no Brasil: “a mistura da tradição  europeia  com os ritmos musicais dos africanos criou  no Brasil um dos maiores espetáculos populares do mundo. O carnaval nasceu no Egito, passou pela Grécia e por Roma, foi adaptado pela Igreja Católica  e desembarcou aqui no século XVII, trazido pelos portugueses”. É a festa mais propícia para o oferecimento e organização pública  pelos “governantes” de distração ao povo brasileiro! Porém, nem todos curtem  mais o carnaval – acham que seu tempo já passou – ou então nunca curtiram.  Muitas pessoas evitam a participação na “festa”, preocupadas  em serem vitimadas, por causa da violência que grassa no país.

Mas, como se verifica com o achado acima, pressupõe-se que pessoas de todas as classes sociais,  excluindo  – em  tese –  os que  professam outras religiões que não seja a religião Cristã Católica,  caem na folia do carnaval.  Aqueles que curtem a época da folia momesca esquecem os problemas que o país está passando e que precisa de sua reação constante para reverter o quadro.  É importante que os participantes curtam esse momento de forma saudável e retornem com o compromisso de exercerem a sua cidadania social e política.

O carnaval é uma forma de oportunizar às pessoas momentos de alegria, congratulações, distrações e demonstrar – com o impulso do entusiasmo da festa – mais amor a Deus,  a si e ao próximo. Acredito que essa foi a ideia da Igreja Católica quando em tempos idos adaptou o carnaval, que hoje é uma festa de referência na cultura brasileira, se bem que um pouco modificada e de certo modo desvirtuada pelo seu avanço histórico que a Igreja parece se preocupar, sobretudo pelas constantes mortes e violências que ocorrem nesse evento e notícias constantes de superfaturamento do erário público em  alguns  governos municipais inescrupulosos a fim de fazer face aos “pagamentos” dos serviços que exige a festa.   (mais…)

O retorno do Pão e Circo no Governo das ilusões


*Por Reinaldo Soares

Professor Reinaldo Soares.

A política do Pão e Circo (panem et circenses, no original em Latim) como ficou conhecida essa frase, tem origem na Sátira X do humorista e poeta romano Juvenal  e no seu contexto original, criticava a falta de informação do povo romano, que não tinha qualquer interesse em assuntos políticos, e só se preocupava com o alimento e o divertimento.

“Por amor a Ilhéus”, o atual prefeito assumiu o quarto mandato em 2013 com uma votação de 39.000 eleitores em um eleitorado de 105.000. Nestes quatros anos de “amor a Ilhéus” tivemos três meses de greve dos servidores, dois aumentos de passagens do transporte coletivo, ampliação dos radares e multas, aumento do IPTU, aumento do Alvará, aumento da taxa de sepultamento, redução do ISS das empresas de transporte coletivo, ano letivo de 2013 invalidado, queda do IDEB na Educação pública municipal, criação de novas secretarias aumentando os cargos comissionados, fechamento do centro de Zoonose, sucateamento dos Postos de Saúde, desabamento dos morros e abandono das vilas e distritos.

Diante deste quadro, o governo ainda não repõe a inflação dos servidores e ameaça demissão coletiva alegando falta de orçamento. Em 2013 o orçamento municipal foi 256 milhões, passou 282 milhões em 2014, 312 milhões em 2015 e saltou para 415 milhões em 2016. Isso demonstra a habilidade do governo em aumentar o orçamento municipal paralelo a incapacidade de usar o orçamento para a sociedade em face ao que já foi apresentado acima.

Nesta sexta-feira dia 29 de janeiro, inicia o carnaval antecipado de Ilhéus com um custo de mais de  R$1.000.000,00, isso mesmo, um milhão de reais.

Em dezembro de 2015 o governo municipal doou a população Frangos para o Natal, fazendo lembrar a quem recebia que aquele frango era doação chefe do governo, o qual se caracteriza em ser fiel com os seus cúmplices, cruel com os opositores e dissimulado com os eleitores.

Elege-se um governante para governar quatro anos e ele começa a ensaiar no quarto ano com ações eleitoreiras, daí o retorno da política do pão e circo em um governo das ilusões.

Esse governo é de ilusões porque não inaugura nenhuma obra, cria manchetes de assinaturas de obras que nem se quer termina. Desapropria uma enorme área para construção de um Distrito Industrial que já existe e cuja responsabilidade é do Governo do Estado para ser paga com recursos do município que ele próprio afirma há quatro anos não possuir. Cadê a ZPE, Complexo Intermodal, Aeroporto, Duplicação da Ilhéus X Itabuna, Construção da Ponte, Expansão do Hospital Regional?  O Governo Municipal é atrelado e base do Governo Estadual. Um é cúmplice do outro.

Essa cumplicidade só favorece a eles, pois os ilheenses estão completamente abandonados e desprovidos de ações concretas no seu dia a dia. Quem precisa da Saúde Pública, da Educação Pública e do Transporte Coletivo, sabe muito bem do que estou falando. Precisamos dar um basta nesse modelo político falido e corrupto e transformar Ilhéus como cidade protagonista da Bahia, recuperando assim a auto-estima dos Ilheenses.

*Reinaldo Soares é Mestre em Cultura e Turismo pela UESC/UFBA, Presidente Municipal do Partido Social Cristão- PSC. Diretor do IBEC, Ex Presidente do Conselho Municipal de Educação de Ilhéus, Palestrante, Professor do Colégio Estadual Padre Luis Palmeira e da Pós-Graduação da FACSA/IBEC.

E-mail: [email protected]

Após formar novos policiais, governo diz que não pode nomear


Por Ricardo Ribeiro

ricardoribeiroO governador da Bahia, Rui Costa, declarou nesta quarta-feira (27), durante a apresentação do esquema de segurança do Carnaval, que o Estado atingiu o limite prudencial de gastos com pessoal e está impedido de convocar novos servidores.

A declaração focou especialmente as nomeações para a área da segurança pública, na qual a Bahia apresenta sérias deficiências. Apesar de reconhecer o efetivo insuficiente, Rui Costa disse que não pode ampliá-lo para não descumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal.

 De acordo com o site Transparência Bahia, em 2015, até outubro, o governo comprometeu 45,51% das receitas com pessoal, ainda abaixo do limite prudencial de 46,17% e do patamar máximo para essa despesa, que é de 48,60%.

 O posicionamento do governador causa inquietação a mais de 850 aprovados no último concurso da polícia civil e mais de 2 mil da PM, que acabam de encerrar o processo de formação. A dúvida é se a impossibilidade de nomear atinge também essas pessoas, já que por diversas vezes o governador afirmou que a convocação das mesmas dependia apenas da conclusão do treinamento.

 Agora, candidatos que se encontram preparados para entrar em atividade e contribuir com a tão necessária melhoria da segurança pública no Estado se veem em um cenário de incerteza. Uma situação que acaba por afetar a própria sociedade, a maior interessada no fortalecimento da segurança. Vale destacar que, no caso da civil, o concurso foi lançado em 2013 e já se aponta a necessidade de novo certame para suprir a carência de pessoal.

Alarmados com mais essa reviravolta, os futuros policiais esperam ansiosamente que o governo apresente uma previsão de quando serão nomeados. Se não for possível para breve, que igualmente o afirme com clareza para que os candidatos refaçam com urgência os seus planos.

O Estado deve ponderar sobre números, mas jamais esquecer a crucial demanda por uma melhor segurança e de que está lidando com seres humanos, sonhos e projetos de vida.

 * Ricardo Ribeiro é advogado e obteve aprovação para o cargo de delegado no concurso da Polícia Civil da Bahia em 2013.

O Império em orgia


Por Mohammad Jamal

Alguém por aqui, entre os poucos que nos lêem; já se deu ao trabalho de questionar-se sobre o que nos diferencia dos nossos políticos? Já tentou estabelecer uma pequena lista com os principais gradientes que nos diferenciam desses seres especiais? Há sim, de fato, algumas diferenças que palpáveis, aliás, grandes dessemelhanças entre povo e político ou vice versa. Depois de pensar alguns segundos finalmente encontrei uma diferença fundamental. Explico: um processo político sócio biológico que fazemos questão, talvez pelo simples pudor da catarse, de manter silente e imemorável longe das nossas consciências cidadãs. Simples, kuritza, diria Raskolnikov. Tal como as borboletas; as moscas; os girinos; os políticos, seres miméticos e metamórficos, foram, originalmente, povo! Que choque hem?

Seres Metamórficos, tipo borboletas, que vão de larva, a lagarta, pupa e finalmente a borboleta azul que a todos encanta. As moscas, que são mais simples, são depositadas sobre carne apodrecida a partir do ovopositor da mosca fêmea. Saem dos ovos lavas esfomeadas, alimentam-se vorazmente até metamorfosear-se finalmente a mosca adulta; bem assim os girinos; os pernilongos, que depois de meia vida aquática transformam-se em insetos alados! Por associação, quero chegar à sutil diferença que nos faz, enquanto povo, diferentes dos políticos. É que nos mantivemos na fase larvar na cadeia evolutivo-antropológica da sociopolítica – povo -, quando todos nós deveríamos ter evoluído coletivamente ate esse estágio de “intelligentsia do establishment” que proporciona opulência, riqueza, inimputabilidade, cortesãos, bobos com votos às mãos, etc. (mais…)