Articulação política dos grupos em Ilhéus – breve análise


Por Prof. Emenson Silva.

Emenson Silva.

Analisando o processo politico em Ilhéus, podemos perceber avanços e drásticos retrocessos nas ações politicas de determinados seguimentos. Antes de falarmos sobre a temática, cabe antes de tudo uma reflexão sobre o significado da palavra “articulação”, que nada mais é do que senão, um encadeamento de diferentes elementos com vistas ao eficaz funcionamento de um sistema.

As peças do xadrez politico começam a se mover, e percebe-se notoriamente a criação de uma grande frente politica, montada com a finalidade de contrariar a oposição, que de forma prematura divulga o seu surgimento, pois a quem diga que antes de botar o bloco na rua é preciso ensaia-lo e organiza-lo, para depois ir ao desfile. Assim, partidos da base aliada ao governado do estado, comemoraram certamente o nascimento dessa oposição criada recentemente, que as duras penas, seus criadores e adeptos devem ser grandes “cientistas políticos”, astutos, maliciosos, organizados e perspicazes, pois, por si só, automaticamente se isolaram das futuras amarrações politicas na corrida pelo Palácio Paranaguá em 2020.

Tudo isso por quê? Simples analise, segundo dados de pesquisas de opinião recentes, apontam que o Governador Rui Costa goza de uma aprovação que beira a casa dos 75% dos ilheenses. Isso incidirá diretamente no resultado das eleições 2020, pois essa aprovação do governador se dá por ações governamentais significativas na cidade: construção da ponte Ilhéus/Pontal (antes um sonho, hoje uma realidade), construção do Hospital Regional Costa do Cacau, Hospital Materno Infantil (em breve), duplicação da Rodovia Ilhéus/Itabuna, sem contar com os grandes empreendimentos que estão chegando ao município, sob autorização e articulação do governo estadual.

Assim, quatro frentes se articulam para a corrida nas eleições 2020, canalizadas pelos partidos políticos, Partido Social Democrata (PSD), comandado pelo alcaide Dr. Mário Alexandre, o Partido Progressista (PP), comandado pelo cacique da politica regional, o ex-prefeito Jabes Ribeiro e o Partido dos Trabalhadores (PT), partido do Governador que apresenta o nome do Empresário Newton Cruz, para a disputar a sucessão municipal. Essas três alternativas (PSD, PP e PT) fazem parte da base aliada ao Governador do Estado. Por outro lado, na dianteira da oposição radical ao Governador Rui Costa, está o Democratas (DEM), liderado pelo grupo politico de ACM Neto, Prefeito da Cidade de Salvador, tendo como seu pré-candidato o empresário Valderico Júnior, que pela analise real do “jogo”, deverá trabalhar e muito para obter êxito no pleito em 2020, pois não se sabe ao certo como e onde ele se encaixará no futuro. “Nem mesmo os surfistas remam contra a maré”, mas aguardemos os próximos capítulos.

“Cartas na mesa” cabem aqui algumas indagações: O que estes grupos estão articulando? Quais seus projetos? O que pretendem atingir? Quem são seus lideres? Quais os papeis sociais que eles exercem? O que contribuem para o crescimento social, cultural e econômico do município? O jogo começou a se desenhar e poderá ser finalizado com grandes surpresas, pois as frentes, bem como a oposição, devem está se articulando para enfrentar o campo de batalha, sem contar que pode surgir a qualquer momento novas lideranças, nesse processo que está totalmente aberto.

Diante disso, é visto uma vasta movimentação dos caciques das forças politicas local, no sentido de agregar partidos políticos, seguimentos, lideranças, cabos eleitorais, visando a obtenção ou manutenção do poder. É perceptível nesta corrida que, saem na frente os grupos que demonstram poder de persuasão e articulação politica. Não se faz politica sem a visão geral do processo. Acredito que o candidato vencedor das próximas eleições deverá ter três características básicas 1) atingir uma considerável popularidade (voto), 2) possuir um grupo politico coeso e de qualidade (grupo politico) e 3) possuir condições financeiras adequadas para que as ações planejadas sejam realizadas com eficácia para executar tudo aquilo que foi planejado estrategicamente para a campanha.

Neste “tabuleiro de jogo de xadrez”, entendo que o Partido dos Trabalhadores (PT) pode ser a mola divisora nessa estrutura, pois, possui uma margem de votos fiel que, bem posicionada e motivada, renderá bons frutos no processo politico. O candidato do PT, Newton Cruz, conta com o aval dos caciques estaduais da sigla como: o Senador Jaques Wagner e o Deputado Estadual, Rosenberg. Há quem diga que no processo eleitoral o Ex-Presidente Lula irá vir a Ilhéus ser cabo eleitoral de Newton Cruz, o que certamente terá um peso significativo na sua caminhada rumo ao Palácio Paranaguá. Entretanto, cabe a seus lideres se desprenderem de históricas e conhecidas vaidades e construírem juntos um projeto viável para Ilhéus.

Na dianteira e o principal adversário a ser batido, está o chefe do poder executivo ilheense, o Dr. Mário Alexandre, que atualmente transformou Ilhéus em um canteiro de obras, tanto na área da saúde como em diversos pontos da cidade. Reformas e construção de Postos de Saúde e Escolas, conclusão da obra da Orla Sul na Rodovia Ilhéus/Olivença, funcionamento 24 horas de duas Unidades de Pronto Atendimento (UPAS), aumento real do salário dos servidores municipais, além do pagamento em dias, dentre outros feitos, o Prefeito irá inaugurar junto com o Governador Rui Costa, a tão sonhada Ponte Ilhéus/Pontal. Marão, como é conhecido pela massa, vem agregando diversos partidos políticos à sua base como: PSD, PSL, PDT, PRB, PSDB, PTdoB, PV E PSC e ainda anda “namorando” outras agremiações como é o caso do cobiçado AVANTE do Deputado campeão de votos na Bahia, Sargento Isidoro.

Correndo por fora, no que se refere aos partidos que compõem a base aliada do Governador do Estado, temos ainda o Partido Progressista (PP) do ex-prefeito Jabes Ribeiro que desde ano passado, iniciaram o planejamento e a organização de encontros com o objetivo de alavancar a campanha do empresário Cacá Colchões que, nas eleições de 2016 obteve 18 mil votos, desbancando figuras importantes da politica local como o Ex-Deputado Federal Bebeto Galvão do Partido Social Brasileiro (PSB). Em 2018, nas eleições para Deputado Estadual, Cacá mais uma vez mostrou que detém um considerável capital eleitoral sendo o Deputado mais votado na cidade, com 12 mil votos. Principal cabo eleitoral do candidato Cacá Colchões, o ex-prefeito Jabes Ribeiro conta uma rejeição muito grande, principalmente entre os servidores que amargaram 4 anos sem reajuste no último mandato do ex-prefeito. Todavia, a “velha raposa” conta com uma vasta experiência e sabe quais os passos que deve seguir no decorrer desse longo e árduo caminho que é as eleições.

Do outro lado da ponta, caminhando na oposição ao popular Governador Rui Costa, aparece o Pré-Candidato Valderico Júnior, que se filiou recentemente ao Democrata (DEM), partido do Prefeito de Salvador ACM Neto. Novo na politica, o filho do ex-prefeito Valderico Reis administra a conceituada Rádio Gabriela FM e é Presidente do CDL. Nas eleições de 2018, Valderico Júnior transferiu de forma surpreendente aproximadamente 2500 votos ao candidato a Deputado Estadual pelo partido PODEMOS, Jânio Natal. Acredito que o maior desafio do candidato do DEM seja formar um grupo politico que te conceda a densidade eleitoral necessária pra alavancar sua candidatura, além de desvincular sua imagem do Ex-Prefeito e pai, Valderico Reis. Valderico foi deposto do cargo após diversas manifestações que culminaram no seu afastamento pela Câmara Municipal de Ilhéus. Até o momento, o pré-candidato do DEM conseguiu montar uma frente de partidos que pouco representa termos de capital eleitoral. Patriota, PTC, MDB e DEM contam apenas com o Vereador Juarez do MDB, onde o mesmo já declarou que apoia a reeleição do Prefeito Mário Alexandre (PSD). Entretanto, vamos aguardar as cenas dos próximos capítulos.

Este artigo é apenas uma reflexão meramente técnica, tudo isso poderá ser modificado de acordo com as linhas estratégicas dos grupos, bem como, seus movimentos políticos na cidade. Pesquisas de opinião apontam que, mais de 80% da população não está nem aí para política e eleição. Isso deixa o jogo totalmente aberto e sem prognostico possível.

*Os Artigos são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.

Wagner se consolida como maior articulista para as eleições baianas de 2022


Por Jerberson Josué.

Jerberson Josué.

O senador Jaques Wagner, é reconhecidamente incansável em suas movimentações políticas e este fato resultou na convergência de um arco de alianças entre correntes internas do PT, que acabou elegendo um aliado seu para o comando do partido no estado, Eden Valadares, embora o grupo do deputado federal licenciado, Josias Gomes, seja mais sólido e detém prerrogativas para debates e decisões da executiva do partido.

O placar ficou 14×12 pra o ampliado grupo de Wagner, na executiva estadual do PT. Quase que simultaneamente, um movimento acertivo foi feito e o nome do ex governador Wagner, virou quase que unanimidade na base e um trunfo internamente no PT.

Foi praticamente alijada qualquer possibilidade de convergência à candidatura majoritária do senador Otto Alencar (PSD), para unificação do situacionismo na sucessão de Rui Costa.
Até o deputado federal Otto filho (PSD), considera impertinente o alinhamento do PSD ao grupo da oposição, tendo em vista os laços do prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM) com o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL).

Os petistas propõem para as eleições de 2022, uma chapa com Wagner governador, tendo um pepista como vice e Otto assegurado na chapa para reeleição ao senado. Para os aliados do PSB, PC do B, os esforços sinalizariam para viabilizar-se a eleição de um maior número de seus representantes para o Congresso Nacionale Assembléia Legislativa da Bahia.

Este processo eleitoral tem sido, meticulosamente, bem articulado e capitaneado pelo habilidoso Jaques Wagner. Sua desenvoltura assegura favoretismo para permanência do petismo no comando de mais quatro anos de governo estadual na Bahia e tem merecido reconhecimento até de adversários políticos e este é o caso do senador Flávio Bolsonaro, que ver em Wagner, um dos mais inteligentes políticos do país.

*Jerberson Josué se define como um estudante na escola da vida.

*As informações e opiniões formadas neste artigo são de responsabilidade única do autor,  e não representam a opinião do Blog Agravo.

O presídio preso à rejeição do povo


Artigo de Jerberson Josué.

Tem sido intensa a repercussão sobre a construção de um novo presídio, em Ilhéus, pelo Governo do Estado. Para uns, a obra é uma boa notícia, em decorrência dos empregos que gerará e o mercado da construção civil que fomentará. Há quem considere o novo presídio uma iniciativa negativa, por causa do estigma de que investimentos assim carregam consigo a rejeição da vizinhança, com consequente desvalorização imobiliária e possível aumento da insegurança em suas cercanias.

A obra começa com a negligência de não debater sua implantação com todos atores a ela relacionados. Independente das opiniões, posição e analises técnicas, o problema reside na falta de conexão do governo municipal e a sociedade. Essa interface é fundamental para qualquer gestor que queira ter êxito em seus projetos e planos na administração pública.

Ainda que o governo queira e/ou tenha boas intenções, na prática isto não está acontecendo. Voltando ao caso da repercussão da obra do presídio, pode-se pontuar que o local é inadequado em função de já contar com dois projetos em andamento, com vertentes diferentes.

Um é a Estrada de Chocolate, que ainda não aconteceu, de fato, mesmo tendo um grande portal no início da BA-262, na rótula do Distrito Industrial, em frente à sede da SUDIC, em Ilhéus, e um outro portal no acesso desta mesma rodovia, na ligação com a BR-101, no trevo de acesso a Uruçuca. Essa proposta é muito boa, mas ainda está somente nas pretensões e submetida ao mal similar do que ocorre no caso da construção do presídio.

Outra vertente é a construção do também polêmico Porto Sul. Esse também ainda encontra-se em fase embrionária. Ambos projetos possuem relevância no desenvolvimento regional, ainda que possamos ter pontuais críticas na sua concepção. Porém, ambas são totalmente contraditórias com os preceitos que norteiam a construção de presídio em suas abrangências territoriais.

É óbvio que o surgimento de novas vagas prisionais é necessário numa região dominada por facções criminosas e submetida à violência, que a todos preocupa. Porém, é importante, também, dialogar com a sociedade – do ponto de vista objetivo e pedagógico – na construção de políticas públicas de segurança.

Vivemos tempos vitais para investimentos humanitários e progressistas. Mas é necessário saber mais sobre o projeto do novo presídio de Ilhéus, que surge com moldes e orientações do Ministério da Justiça. Não podemos aceitar a vulnerabilidade de conhecê-lo apenas com o avançar das obras.

Vale ressaltar que o compromisso do município, na parceria de realização do projeto, restringe-se à doação do terreno para instalação do presídio que, depois de construído, terá administração e manutenção sob responsabilidade do Governo do Estado. E, olhando cauteloso e superficialmente para essas contradições, podemos compreender como é preocupante a ausência de diálogo entre setores dos próprios governos do Estado e do Município.

É incompreensível essa desarmonia entre atores de uma obra de tamanha complexidade e da mais alta relevância na administração pública. Não admissível para o sucesso dessa iniciativa a falta de diálogo entre seus executores e o cidadão, ligado diretamente a ela.

Nas três esferas de governo, a sinergia e compartilhamentos de decisões com o público alvo dos investimentos são pressupostos para o êxito de suas ações e políticas públicas. Infelizmente, não é isto o que está acontecendo na proposta de construção do novo presídio em Ilhéus. Neste contexto, não há perspectivas promissoras e todos correm o risco de serem vítimas de uma obra mal começada, pouco debatida e que já carrega consigo o peso da falta de bom senso. O pior é se, após construído, esse equipamento ser entregue a iniciativa privada, iniciando um processo privatista dos presídios baianos. Quiçá, eu esteja errado nesse presságio.

Jerberson Josué é estudante na escola da vida.

Artigo – O descaso com os policias civis adoece e mata


Por Eustácio Lopes.

Eustácio Lopes.

No dia 15 de Setembro, foi feito um diagnóstico da realidade da Polícia Militar no Brasil, pelo Fantástico, de como anda a saúde mental dos policiais no Brasil todo, apresentando um raio-X onde mostrou que “pelo menos 43 PMs são afastados por dia por transtornos psiquiátricos”.

O que chama atenção é o fato de não existir no Brasil, nenhuma pesquisa realizada junto aos Policiais Civis, que demonstre o estado de saúde desses policiais, “já que exercem as mesmas atividades e estão expostos ao mesmo ambiente de conflito.”

No estado da Bahia não é diferente. Os Policias Civis estão doentes, e não existe dados oficiais que demonstre o nível de adoecimento, pois, não existe estudos ou pesquisas realizadas pelos órgãos competentes.

Confira a reportagem do Fantástico:

É necessário que seja implantada uma avaliação periódica da saúde desses policiais, já que atualmente encontram-se totalmente desassistidos pelo DEMEP (Departamento Médico da Polícia Civil) que só disponibiliza de um profissional de saúde mental, que exerce a função de Psicólogo e Gestor do Órgão, e encontra-se lotado na capital, onde fica a sede do DEMEP.

Portanto, faz-se necessário que os gestores da Polícia Civil da Bahia, através da Secretaria de Saúde do Estado, não só realize um estudo acerca da saúde dos Policiais Civis, mas disponibilize aos mesmos, principalmente os que desenvolvem sua atividade laboral no Interior do estado, o mínimo de assistência médica.

*Eustácio Lopes é Investigador de Polícia, Bacharel em Direito, Presidente do Sindicato dos Policiais Civis e Servidores da Secretaria da Segurança Pública do Estado da Bahia (SINDPOC).

A campanha eleitoral que se aproxima e o modelo ultrapassado que se desenha


Por Mauricio Maron.

O autor Maurício Maron é jornalista.

A divulgação de uma pesquisa de intenção de voto para a eleição de 2020 acabou antecipando a movimentação política de Ilhéus a um ano do pleito. Pena que as movimentações continuem sendo tão amadoras quanto é o processo eleitoral na cidade.

Um publicitário acostumado a mercados eleitorais mais emergentes e, portanto, mais a cara do século 21, participou recentemente de uma campanha na cidade. E se assustou.

Em plena era tecnológica, foi difícil assimilar que o principal meio de divulgação de uma campanha por aqui, aquela que dá efetivamente a temperatura das candidaturas com maior potencial eleitoral, seja o uso de carros de som nas ruas tocando o jingle de campanha.

Não é exagero afirmar. Descontando o fenômeno mundial das redes sociais, que independem de investimento local mas que ainda contam com pouca atenção dos políticos tupiniquins (exceção do prefeito Mário Alexandre que enxerga na estrutura institucional de governo uma forma de usar bem a ferramenta em proveito pessoal), a formatação de uma campanha em Ilhéus, hoje, em pleno ano de 2019, século 21, repete a fórmula dos anos 70 do século passado: Horário Eleitoral nas emissoras de rádio (onde a grande maioria da população não se predispõe a escutar), panfletagem de casa em casa divulgando os seus feitos e apoio velado (obviamente) de alguns veículos de comunicação diante de suas preferências.

E o que isso, na prática, representa? A mesmice de sempre. Uma campanha sem atrativos, sempre igual, onde a capacidade propositiva dos candidatos perde para o critério “entre fulano e sicrano é melhor não arriscar – ou arriscar tudo de olho fechado”.

Sabedores disso, os pretensos candidatos usam a velha fórmula e jogam para um nível muito aquém da sua capacidade cidadã, a campanha eleitoral de um lugar eleitoralmente representativo.

Isso, infelizmente, já começou.

Veja.

O atual prefeito, que é médico, aproveita um mutirão de saúde da Prefeitura para atender e consultar pacientes e lhes dizer que “eu sou o doutor que cuida de você, viu?”, repetindo o seu slogan de campanha que lhe levou ao poder em 2016. Com direito a foto distribuída para a imprensa, naturalmente.

O Pepista Carlos Machado, o Cacá Colchões, vê publicado nas redes sociais, o “sincero agradecimento” dos seus correligionários, pela ponte que a cidade está a ganhar.

Para dar um tom subliminar à sua candidatura, comemora o 11º cabo estaiado instalado na obra.

Bom lembrar: 11 será o número de Cacá, caso confirmado no pleito.

Um ex-deputado que durante três anos permaneceu calado a respeito dos caminhos da atual gestão, nomeando, inclusive, aliados seus em cargos estratégicos do mesmo governo, agora aparece para criticar os caminhos da Prefeitura, mantendo os cargos e reprovando o coletivo que avaliza.

Um outro político se autopromove em sua emissora de rádio de grande audiência, repetindo o feito do próprio pai, uma fórmula que, enquanto foi campanha, deu certo.

Do lado das mulheres, o discurso (acertado) de que o sexo feminino soma a uma candidatura. Mas… e ai? Será mesmo de uma hora para outra que se constroi isso? Durante todo este tempo elas estiveram aonde? Participaram de qual discussão? Com qual conteúdo de defesa do coletivo?

Ainda há aqueles que têm vontade mas não têm sequer partido. Outros que têm partido… mas não têm sequer a noção o que seja uma candidatura. Nem aparenta ter jeito para a coisa. Fora os que estão de um lado agora e estarão do outro durante a campanha, sem avaliar critérios ideológios e optar por critérios de ocasião.

Vale aqui destacar: se não estão todos nominalmente lembrados aqui, citamos alguns exemplos mas que valem para todos.

Enfim…

Ou a campanha eleitoral em Ilhéus ganha um rumo inovador, diferente, ou iremos vivenciar mais um modelo de campanha do século passado, desta vez reforçada pela famigerada fake news (notícias falsas) que não qualifica o debate mas que alimentará a desconstrução dos adversários.

Esta fórmula já deu certo (para poucos). Em espacial àqueles que sempre que podem dizem antecipadamente estar totalmente fora do pleito.

Mas que, inteligentemente, nunca estiveram tão dentro dele.

Dá pra entender, né.

O autor Maurício Maron é jornalista.

Artigo publicado originalmente no Jornal Bahia Online.

Artigo – Professor Reinaldo Soares


CARTA AOS ILHEENSES

Amigas e Amigos,

          Prof. Reinaldo Soares
              Diretor do IBEC.

Vejo um futuro incerto. Isso tem me deixado incomodado. Por onde vou, a sensação de desordem e má gestão, tem comprometido o futuro dos ilheenses.

É estarrecedor, saber que  nossa linda e rica Ilhéus, prestes a completar  500 anos de história e cultura,  que já foi uma das 10 cidades do Brasil melhor para se viver, e mesmo com um orçamento anual de mais de R$500 milhões de reais, se tornou a cidade que mais perdeu população na Bahia, tem mais de 60 mil pessoas  na extrema pobreza, crianças, cuja única refeição do dia é feita na escola, quando nesta, ainda oferece e uma enorme parcela de desempregados.

Nossa Ilhéus apresenta uma das piores taxas com capacidade de investimento próprio.

Mesmo possuindo uma estrutura logística consolidada, não consegue atrair investimentos privados para gerar empregos para nossa juventude.  (mais…)

Acho que o governador já percebeu o mesmo que os ilheenses


Por Jamesson Araújo

As cartas estão na mesa, e a eleição para prefeito de Ilhéus vem sendo moldada. Como todo ilheense, o governador Rui Costa já deve ter constatado que sua base em Ilhéus tem um grande problema; suas lideranças estão com um grande índice de rejeição junto a população.

Tanto o PP e PSB terão grande dificuldades em colocar seus principais nomes na corrida eleitoral. O único que pode reverter essa situação, na minha leitura, é o prefeito Mário Alexandre (PSD), já que ainda está no poder e terá curto espaço de tempo para melhorar seu governo. Porém nessa perspectiva de melhora, não acreditamos!

Pela leitura que fazemos, entendemos que o governador abriu uma alternativa na sua base, ao convidar a reitora da UESC, Adélia Pinheiro para ser secretária estadual. Na terça-feira (12) durante a entrevista ao radialista Vila Nova, a reitora deixou claro que pode concorrer à eleição.

Adélia é médica, proprietária de um grande colégio particular de Ilhéus, reitora de uma Universidade que tem mais de 7 mil alunos, e agora será secretária estadual. Existe um nome novo de maior exposição na base de Rui em Ilhéus? Se ela vai conseguir crescer e se posicionar politicamente junto a população, é outro momento.

Enquanto a base do governador vai se adequando à realidade política, e discutindo o futuro, a oposição continua empacada, sem um nome que represente mudanças ao conceito atual da política ilheense. A vaidade e principalmente a prepotência, não deixam a oposição se organizar em Ilhéus.

Artigo: Jaques Wagner: Do sótão da República ao porão do Senado


Artigo escrito por Reinaldo Soares

O carioca Jaques Wagner, chamado pelo compadre Lula de Galego, iniciou sua careira política na Bahia como sindicalista no Polo Petroquímico de Camaçari.

Elegeu-se Deputado Federal e Governador por dois mandatos e ainda elegeu o seu sucessor, o então desconhecido Rui Costa.

Foi Ministro do Trabalho, da Defesa e da Casa Civil nos Governos de Lula e Dilma.

Com a prisão de Lula, o Galego foi cogitado para ser o seu sucessor na corrida presidencial, proposta recusada por ele em virtude de uma vitória certa para o Senado Federal.

Defendeu no PT, o apoio à candidatura de Ciro, o que o deixou isolado entre os caciques petistas de São Paulo.

Considerado um excelente negociador, tem mantido um arco de aliança que permitiu quatro mandatos seguidos do PT na Bahia.

Ao chegar no Senado, articulou a candidatura de Renan á Presidência do Senado, não sendo apoiado pelos dois senadores baianos, Oto Alencar e Ângelo Coronel, este último se lançou também candidato. (mais…)

Golpe na Dignidade


Artigo escrito por Osman Nogueira, presidente da APPI\APLB.

Decorridos trinta dias, desde que o prefeito de Ilhéus, Mário Alexandre, retirou erroneamente dos quadros de pessoal da prefeitura quase 300 pais e mães de famílias – que ao longo de mais de três décadas cumpriram suas obrigações como servidores públicos do município – chega mais um momento em que essas pessoas sentem na pele a ardilosa atitude que tenta golpear a sua dignidade como trabalhadores.

Chegou o momento da dor das famílias, que não imaginavam ficar sem os seus salários, com os quais proviam mães, filhos e netos. O fim do mês pairou no vazio da dor, sem ter o direito aos proventos que há mais de 30 anos sustentavam vidas. A dor de uma tragédia que invade o peito com aflição, desespero, diante de uma atitude desumana, carregada de desculpas esfarrapadas, de palavras malditas.

Os servidores demitidos por decreto pelo prefeito, admitidos legalmente entre 1983 e 1988, sentem fundo o golpe que lhes tirou o direito ao salário, o suporte da subsistência, o golpe na dignidade do trabalhador, ainda maior diante da propaganda oficial que anuncia ironicamente “Salário na conta, meu povo”. Sentem no fundo a forma como foram tratados pelo prefeito, jogados fora como papel amassado, como se algum crime tivessem cometido. Sentem fundo a injustiça de uma ação judicial desumana, que afronta direitos adquiridos e interrompe os sonhos de tantas vidas. (mais…)

MPV 870 e o impacto na região cacaueira.


Artigo escrito por Vinícius Briglia

A MPV 870 promulgada pelo Presidente Bolsonaro, traz mudanças significativas na organização básica dos órgãos da Presidência da República e dos Ministérios e que trará, por consequências, mudanças na política regional, em especial, no setor agropecuário e de nossa economia.

Dentre as mudanças, destacamos o retorno da Ceplac como órgão singular autônomo no Ministério da Agricultura, contrariando as diversas expectativas, já que vivia a ameaça de ser rebaixado. O órgão terá que promover as inovações tecnológicas e solucionar a crise da vassoura de bruxa que impacta diretamente na produção do cacau e assola a nossa região há 20 anos, bem como, na questão do endividamento do cacauicultor e da anistia da dívida originária do fracassado Programa de Recuperação da Lavoura Cacaueira. (mais…)