Materno-Infantil de Ilhéus é o primeiro hospital especializado no atendimento aos Povos Indígenas da Bahia


O Hospital Materno-Infantil Dr. Joaquim Sampaio, em Ilhéus, é a primeira unidade no estado habilitada a prestar atendimento especializado aos Povos Indígenas de toda a Bahia. A portaria que concede o incentivo ao HMIJS – que é uma unidade da Secretaria Estadual da Saúde, administrada pela Fundação Estatal Saúde da Família – foi assinada pela ministra da Saúde, Nísia Trindade Lima, na última segunda-feira (11) e publicada ontem (13) no Diário Oficial da União.

Com a aprovação do Ministério da Saúde, o Hospital Materno-Infantil iniciará, de imediato, a implantação das diretrizes gerais que norteiam o programa, que vão desde a melhoria no acesso das populações indígenas ao serviço especializado; adequação da ambiência de acordo com as especificidades culturais; e ajuste de dietas hospitalares considerando os hábitos alimentares de cada etnia. A iniciativa conta ainda com o acolhimento e humanização das práticas e processos de trabalho dos profissionais em relação aos indígenas e demais usuários do SUS, considerando a vulnerabilidade sociocultural e epidemiológica de alguns grupos.

De acordo com o projeto, também estão previstos o estabelecimento de fluxo de comunicação entre o serviço especializado e a Equipe Multidisciplinar de Saúde Indígena, por meio das Casas de Saúde Indígena (CASAI) e a qualificação dos profissionais que atuam nos estabelecimentos que prestam assistência aos povos indígenas quanto a temas como interculturalidade.

Ações

Paralelamente às questões burocráticas vencidas, equipes do hospital passaram a visitar aldeias, dialogar com as comunidades e um grande mutirão foi realizado ofertando serviços clínicos às mulheres e crianças da etnia Tupinambá, que vive na região sul do estado. Em todo o ano passado e mais janeiro deste ano, o HMIJS acolheu a população indígena com 661 atendimentos de emergência adulto: 468 Emergência Pediátrica; 28 internações no Centro de Parto Normal; 41 na pediatria; 67 na obstetrícia cirúrgica; 114 na obstetrícia clínica; 28 na obstetrícia de alto risco e 50 atendimentos no ambulatório.

Público

O Brasil tem quase 1,7 milhão de indígenas, segundo os dados divulgados pelo IBGE. Com 229.103, a Bahia conta com a segunda maior população indígena no país, o que representa 1,62% dos habitantes do estado. Salvador é a segunda capital mais indígena do Brasil. No ranking das 50 cidades do Brasil com maior comunidade do grupo étnico, a Bahia ainda conta com Porto Seguro, em 14°, e Ilhéus, 21°. Entre a pesquisa de 2010 e de 2022, ocorreu em todo o Brasil um acréscimo de 88,8% no contingente absoluto de pessoas que se autodeclararam indígenas.

O Hospital Materno Infantil Dr. Joaquim Sampaio conta com 105 leitos, destinados à obstetrícia, à gestação de alto risco, pediatria clínica, UTI pediátrica, UTI neonatal e centro de parto normal, integrados à Rede Cegonha e atenção às urgências e emergências, com funcionamento 24 horas e acesso por demanda espontânea e referenciada de parte significativa da região sul da Bahia. O investimento do estado foi de aproximadamente 40 milhões de reais, entre obras e equipamentos. Em dois anos e três meses de funcionamento já ultrapassou a marca de 6 mil partos e 13 mil internações realizadas.

Polícia Militar e Secretaria de Meio Ambiente se unem para combater a poluição sonora em Ilhéus


A Polícia Militar (70 CIPM) e a Secretaria de Meio Ambiente de Ilhéus estão unindo esforços para intensificar a fiscalização contra a poluição sonora na cidade.

Em uma reunião realizada na 70ª CIPM, o Secretário Municipal do Meio Ambiente, Diego Messias, e o Sub Tenente Alves da CIPPA foram recebidos pelo Comandante da Unidade, Major Vasco, onde discutiram medidas para combater festas clandestinas e sons abusivos. Estratégias foram traçadas para coibir eventos não autorizados e reduzir o impacto do barulho excessivo na comunidade.

A colaboração entre as autoridades locais e as forças de segurança é essencial para preservar a tranquilidade e a qualidade de vida dos moradores.

DISQUE DENÚNCIA: 73 981331829

Bahia vai receber 70 novos profissionais do Mais Médicos


O programa Mais Médicos contará com mais 1,5 mil profissionais em atuação pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em 624 cidades e 15 distritos sanitários indígenas em todas as regiões do Brasil. Na Bahia serão mais 70 profissionais no atendimento à população. Os médicos intercambistas e brasileiros formados no exterior iniciaram na última segunda-feira (4) o primeiro Módulo de Acolhimento e Avaliação (MAAv) de 2024.

Nesta edição, o módulo é realizado simultaneamente em Brasília (DF) e Belo Horizonte (MG). A etapa, presencial e obrigatória para o início das atividades em saúde, incluiu os profissionais selecionados no edital regular e coparticipação, além dos direcionados para a saúde prisional, indígena e equipes do Consultório na Rua.

Este módulo tem a participação de mais de 1,5 mil médicos brasileiros com diploma do exterior e 82 estrangeiros. Após a conclusão da etapa, os novos profissionais irão se juntar aos médicos e médicas já em atividade pelo programa. Em 2023, o Mais Médicos atingiu o número recorde de 28,2 mil vagas preenchidas em 82% do território nacional e 86 milhões de brasileiros foram beneficiados com o atendimento. Outro feito do programa foi ter chegado a 100% dos 34 distritos sanitários especiais indígenas (DSEIs) — um avanço importante diante da desassistência enfrentada por essa população nos últimos anos.

E 2024 começa com boas novidades: pela primeira vez, o Mais Médicos abriu processo seletivo direcionado ao atendimento de populações em vulnerabilidade, como pessoas privadas de liberdade ou em situação de rua.

Além disso, serão ofertadas formações específicas para médicas e médicos intercambistas que irão trabalhar diretamente com grupos ou populações que exigem habilidades específicas. Agora, módulos e aulas específicas irão instruir os profissionais sobre abordagem em situações que envolvem violência, uso abusivo de álcool e outras drogas, infecções sexualmente transmissíveis (IST), saúde mental e outras temáticas.

MAAv

O MAAv é realizado através de uma parceria entre os ministérios da Saúde e da Educação. Os profissionais em treinamento cumprem 160 horas de aulas de legislação, atribuições e funcionamento do SUS, ações de escopo da Atenção Primária à Saúde, protocolos clínicos de atendimentos definidos pelo ministério e Código de Ética Médica, além dos protocolos e diretrizes específicas do estado e município em que irão atuar.

Ilhéus: com articulação de Bebeto, deputada Lídice da Mata indica emenda de R$ 400 mil para área da Saúde


Deputada federal, Lídice da Mata, vice-prefeito de Ilhéus, Bebeto Galvão, e o senador Jaques Wagner.

A deputada federal Lídice da Mata (PSB) indicou emenda no valor de R$ 400 mil ao Orçamento Geral da União. O recurso será destinado ao município de Ilhéus, conforme ofício nº 054/2024, encaminhado no final de fevereiro. A indicação é fruto da articulação e do diálogo contínuo do vice-prefeito e pré-candidato Bebeto Galvão, seu correligionário, que junto à base governista tem garantido investimentos em áreas prioritárias da cidade.

A verba será utilizada para incremento temporário ao custeio dos serviços de assistência hospitalar e ambulatorial – cirurgias bariátricas – e estruturação da rede de serviços de Atenção Primária à Saúde.

“Esse aporte mostra o nosso compromisso com o fortalecimento do sistema público de saúde para garantir qualidade de vida e uma assistência digna aos ilheenses. Agradeço à nossa deputada Lídice da Mata por atender esse pleito e defender os interesses do nosso povo”, ressaltou Bebeto.

A indicação foi feita após reunião dos pessebistas em Brasília, no mês passado. O encontro também contou com a presença do líder do Governo no Senado, Jaques Wagner (PT). Na oportunidade, Bebeto destacou a importância do diálogo para unificar a base política e consolidar o trabalho liderado pelo presidente Lula.

Dia D de mobilização contra a Dengue terá força-tarefa em municípios baianos


O Governo da Bahia não foge à luta quando o assunto é o combate ao mosquito Aedes aegypti, vetor de transmissão da Dengue, Zika e Chikungunya. Em um esforço para frear a crescente ameaça da Dengue, o estado da Bahia se junta ao Dia D de mobilização nacional, que acontece neste sábado (2), e vai realizar uma verdadeira força-tarefa em diversos municípios baianos.

A ação, que acontece em parceria com o Conselho Estadual dos Secretários Municipais de Saúde da Bahia (Cosems-BA), a União dos Municípios da Bahia (UPB) e o Conselho Estadual de Saúde (CES), terá a entrega de 11 nebulizadores pesados veiculares para aplicação de Ultra Baixo Volume (UBV), bem como a entrega de nove carros fumacês, aumentando a frota para 36 veículos disponíveis para a ação de combate ao mosquito da Dengue nos municípios que preencherem os critérios epidemiológicos para o uso da estratégia. Na ocasião, também serão realizados mutirões de limpeza, visitas a imóveis nas áreas de maior incidência e distribuição de materiais informativos para a população.

As ações do Dia D terão início na cidade de Ibipitanga, na região sudoeste, e contarão com a presença do governador, da secretária da Saúde do Estado, Roberta Santana, e de representantes do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia. Na ocasião, a cidade, que se encontra com tendência de crescimento de casos de Dengue nas últimas semanas, contará com a entrega de veículos fumacês, visita aos imóveis nas comunidades ou bairros com maior incidência de Dengue e com uma força-tarefa de limpeza com o uso das bombas costais, envolvendo agentes de endemias, Agentes Comunitários de Saúde e efetivo do Corpo de Bombeiros para auxílio na intensificação das ações.

Secretária da Saúde do Estado, Roberta Santana, destaca que o Governo do Estado não tem poupado esforços para combater o aumento do número de casos nos municípios baianos. Ao todo, o Governo da Bahia já investiu mais de R$ 19 milhões no combate à Dengue através da aquisição de novos carros de fumacês, distribuição de aproximadamente 12 mil kits para os agentes de Combate às Endemias, além de apoio para intensificação dos mutirões de limpeza com o auxílio das forças de segurança e emergência e aquisição de medicamentos e insumos.

“Amanhã é o grande dia, o Dia D de mobilização contra a Dengue. Eu tenho pedido que as pessoas dediquem apenas 10 minutos do seu dia para buscar o foco de Dengue dentro das suas casas, tendo em vista que cerca de 75% dos focos encontram-se em residências. São 10 minutos para proteger sua família. Esse é um esforço conjunto da sociedade para vencer a Dengue. O momento é de união de esforços. Com cada um fazendo a sua parte, é possível conter o avanço da dengue e evitar novas mortes”, ressalta Roberta Santana.

Panorama da Dengue

A Bahia registra um aumento significativo de casos de Dengue, com um salto significativo. São 23.458 casos prováveis até o dia 29 de fevereiro de 2024, marcando um aumento de 179% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Ao todo, ⁠64 cidades estão epidemia, com destaque para a região Sudoeste.

Até o momento oito óbitos foram confirmados pela Câmara Técnica Estadual de Análise de Óbito nos municípios de Ibiassucê, Jacaraci, Piripá, Vitória da Conquista, Feira de Santana e Barra do Choça.

A Prefeitura de Ilhéus dá início à campanha de vacinação contra a dengue


A Prefeitura de Ilhéus iniciou nas unidades básicas de saúde nesta terça-feira ( 27), a imunização contra a Dengue em crianças de 10 e 11 anos.

O imunizante é desenvolvido pelo Instituto Butantan, possuindo propriedade tetravalente, visto que protege contra os quatro sorotipos do vírus da dengue (DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4). Como qualquer vacina, a Qdenga pode causar reações adversas em alguns indivíduos, a exemplo de dor no local da aplicação, febre leve e mal-estar. No entanto, os benefícios da vacinação superam geralmente os riscos de complicações causadas pela dengue.

Neste primeiro momento, a Secretaria de Saúde (Sesau) recebeu 4.709 doses e a aplicação da vacina segue escalonamento de faixa etária. O público-alvo é composto por crianças de 10 e 11 anos, mas a estratégia visa ampliar a faixa etária nas próximas remessas.

De acordo com dados do Setor de Vigilância Epidemiológica de Ilhéus, o município registra Índice de Infestação Predial (IIP) pelo mosquito Aedes aegypti de 3,7%. A Prefeitura tem intensificado as ações de enfrentamento das arboviroses, através de visitas de rotina, com realização de inspeção de depósitos e atendimento de denúncias feitas pela população.

Os índices acima de 1 e até 3,9% são considerados como situação de alerta. Já os superiores a 4% estão em risco iminente de surtos de doenças transmitidas pelo mosquito, algumas das quais podem ser fatais. O trabalho deve ter continuidade nas escolas, sendo a vacina mais uma forma de prevenção.

Disque-dengue – A população pode efetuar denúncias de possíveis criadouros do mosquito em terrenos baldios, casas abandonadas e áreas mais críticas, através do número (73) 3234-2040.  O atendimento funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.

Pesquisadores criticam comparação de número de igrejas e escolas


Foto de Thomaz Silva/ Agência Brasil

Pesquisadores consideram relativo o fato de o Brasil ter mais estabelecimentos religiosos que escolas e hospitais e questionam comparações feitas com base nesses dados, que foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no início deste mês.

O levantamento, que faz parte do Censo 2022, apresenta um mapeamento de 111,1 milhões de estabelecimentos no território brasileiro. Destes, 579,8 mil são relativos a finalidades religiosas, independentemente de qual seja a crença. Isso inclui igrejas, sinagogas, templos, centros espíritas e terreiros, por exemplo.

Os estabelecimentos de ensino somam 264,4 mil localizações, e os de saúde, 247,5 mil endereços. O consolidado desses dados forma o Cadastro Nacional de Endereços para Fins Estatísticos (Cnefe).

O detalhamento considera a destinação final do imóvel, e não a administração do estabelecimento. Por exemplo, uma escola católica é registrada como uma unidade de educação, e não como localização religiosa. O mesmo vale para um hospital mantido por santa casa, que é contabilizado como endereço com atividade de saúde.

Comparação

O professor Matheus Cavalcanti Pestana, da Escola de Comunicação, Mídia e Informação da Fundação Getulio Vargas (FGV), considera “alarmante” haver comparação apenas numérica. “São coisas incomparáveis justamente por atenderem públicos com focos diferentes, terem estruturas distintas. O indivíduo que vai à igreja também é atendido no hospital, estudou na escola.”

Pestana acrescenta que, mesmo se os dados fossem comparáveis, a conclusão não acrescentaria muita coisa. “Imagine uma comparação: no município X, temos mais escolas particulares que públicas. Mas quantos alunos são atendidos pelas particulares? Quantos pelas públicas? A dimensão da pública é muito maior”, justifica.

Preconceito

Pesquisador associado no Instituto de Estudos da Religião (Iser), Pestana diz que comparações que levem ao entendimento de que há muitas igrejas no país revelam algum grau de preconceito religioso.

“Foi perceptível, entre diversos comentaristas, que houve uma associação do ‘alto número de estabelecimentos religiosos’ com o fato de ‘a maioria desses locais ser composta por templos evangélicos’. Isso nunca foi dito”, critica o professor. Ele reconhece que outras pesquisas mostram, por exemplo, crescimento no número de igrejas evangélicas e ressalta que esta não é uma constatação do Censo.

Além disso, o professor observa que o IBGE não identifica a vinculação religiosa dos estabelecimentos. “Pode ser uma catedral católica que atende a milhares de fiéis, ou uma igreja evangélica que recebe dez pessoas, ou um terreiro de candomblé que está ali presente há gerações, ou um centro espírita”.

Pestana destaca que o Brasil é um país religioso, com formação religiosa plural e coexistência de diversos credos, o que deve ser um combustível para tolerância religiosa. “A tolerância é algo que deve vir não só entre as religiões, mas também dos segmentos não religiosos”, afirma.

Por fim, o professor acrescenta que também não cabe fazer comparações com outros países. “Cada local tem sua forma de desenvolvimento. Mas é absolutamente normal o Brasil ter mais igrejas do que escolas e hospitais.”

Estereótipo

O especialista do Iser Ronilso Pacheco também critica a comparação dos dados. Admitindo a possibilidade de o número de estabelecimentos religiosos ter crescido no Brasil, ele usou a rede social X (antigo Twitter) para criticar comparações. “A gente pode discutir esse crescimento. Mas alguém teve a brilhante ideia de comparar isso com o número de escolas e hospitais, como [se] as três coisas tivessem o mesmo processo de construção, instituições afins. Equivocado.”

“Resultado: analistas políticos e comentaristas passaram o dia comentando isso como se fosse razoável achar que para cada templo (não apenas de igreja) que se abre, uma escola e um hospital deixam de ser construídos ou perdem investimento ou relevância”, completou.

Ronilso compartilha da opinião de que críticas à quantidade de estabelecimentos no país recebem contornos de preconceito. “Além disso, claro, o reforço do estereótipo de que as igrejas crescem porque o Estado é ausente. Mais uma vez, vitória da ideia elitista de que as pessoas na periferia só são crentes porque são pobres e não têm assistência do Estado, não é mesmo?”, escreveu.

Informações da Agência Brasil.

Bahia tem 13 municípios em epidemia de dengue


A Bahia está com 13 municípios em epidemia de dengue. É o que aponta o levantamento feito no Sistema de Notificação de Agravos e Notificações (Sinan). Outros oito estão em alerta ou sob risco. Para reduzir a possibilidade do avanço de casos, a secretária da Saúde do Estado, Roberta Santana, se reuniu nesta quinta-feira (08) com prefeitos e gestores municipais de saúde de cerca de 70 municípios de localidades que encontram-se em atenção, seja por conta do histórico da doença, seja por ter sofrido com as fortes chuvas do início do ano.

Em sua exposição, Roberta Santana falou de temas como a mobilização da comunidade, a distribuição de materiais informativos e a intensificação das campanhas de conscientização. De acordo com a titular da pasta, as ações de combate ao vetor da dengue iniciadas em 2023 contribuíram para fazer com que a Bahia esteja, neste início de ano, com números menores que o mesmo período do ano passado.

A Secretária ainda pontuou questões abordadas pela Ministra da Saúde, Nísia Trindade, nesta quarta-feira (07) na reunião com Governadores. “A ministra abordou as medidas de prevenção, combate à transmissão e tratamento da doença. Ela destacou que é preciso que todos ajudem”, relatou Roberta Santana.

Na reunião ainda foi destacado que a equipe técnica da Secretaria da Saúde do Estado tem intensificado o trabalho de apoio e assistência técnica aos municípios, realizando ações como capacitação com a rede assistencial no manejo clínico de arboviroses e aquisição de repelentes para gestantes cadastradas na atenção básica dos municípios. “Tenho a percepção que estamos de mãos dados com os gestores municipais. Não temos como trabalhar de forma isolada”, afirmou Roberta Santana.

A ideia do encontro foi fortalecer a cooperação entre as autoridades locais e a gestão de saúde, buscando soluções conjuntas para conter a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da Dengue, Zika e Chikungunya. “É importante que possamos socializar as informações e trabalhemos de forma coletiva, para que a Bahia não entre em uma situação crítica”, afirmou a prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho. Opinião compartilhada pelo prefeito de Ilhéus, Marão. “A ação conjunta no combate a dengue é fundamental”, afirmou.

A Diretora da Vigilância Epidemiológica do Estado, Márcia São Pedro, que também participou da reunião, reforçou a necessidade dos municípios de promover mutirões de limpeza, eliminando focos do mosquito causador da dengue. Segundo ela, é importante também que a população esteja atenta aos possíveis criadouros dentro das residências. “Não podemos deixar acumular água em recipientes como garrafas, pneus e pratos usados para plantas. Outra medida essencial é cobrir as caixas de água”.

Situação da dengue

De acordo o Sinan, entre o mês de janeiro até 6 fevereiro de 2024 (semanas epidemiológicas 1, 2, 3, 4 e 5), a Bahia tem 4068 casos notificados de dengue. Quando comparado ao mesmo período de 2023, apresenta redução de 11,8%, em que foram notificados 4.614 casos de dengue. Não há óbito confirmado.

Vacinação

A vacinação contra a dengue também foi abordada no encontro. Inicialmente, o público-alvo será composto por crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, faixa etária que concentra o maior número de hospitalizações por dengue, após os idosos, grupo para o qual a vacina não foi liberada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Roberta Santana esclareceu que embora a vacinação seja um grande contribuição, é uma alternativa que terá resultado a médio e longo prazo.

Municípios em Epidemia:

Bonito, Novo Horizonte, Piatã, Morro do Chapéu, Lajedão, Rodelas, Macaúbas, Jacaraci, Piripá, Encruzilhada, Cordeiros, Vitória da Conquista e Ipiaú.

Municípios em alerta para epidemia:

Ibicoara, Tanque Novo, Mortugaba e Brejões.

Municípios sob risco:

Adustina, Chorrochó, Belo Campo e Anagé.

Policlínica Regional em Ilhéus implanta Ouvidoria para atender a população


A Policlínica Regional de Saúde, em Ilhéus, acaba de implantar a sua ouvidoria, um canal de comunicação entre a população e a instituição que tem por objetivo a melhoria dos serviços prestados. Através desse novo canal, o cidadão pode se manifestar para realizar reclamações, denúncias, elogios, sugestões ou fazer solicitações e buscar informações.

De acordo com a diretora geral da unidade, Juliete Martins, a manifestação pode ser feita de forma presencial, na Policlínica Regional de Saúde em Ilhéus, localizada Rodovia Jorge Amado, pelo telefone (73) 93234-6000, ramal: 123, ou ainda pelo e-mail: [email protected]. Em todos os casos o cidadão será comunicado da providência adotada, desde que informado e-mail, e também poderá acompanhar sua manifestação através do protocolo e chave de acesso recebido ao protocolar a manifestação através do link: Sistema de Ouvidoria do SUS (saude.gov.br).

Ela explica ainda que quando a manifestação é feita a ouvidoria analisa o caso para identificar qual a melhor forma de tratá-la, podendo responder de imediato ou solicitar algumas informações complementares caso seja necessário para dar andamento ao protocolo. Também poderá prestar orientações, encaminhar para unidade interna responsável por resolver a questão ou ainda encaminhar a outro órgão externo, caso a demanda não seja da responsabilidade da ouvidoria onde foi registrada a manifestação.

Inaugurada em 11 de dezembro, a Policlínica Regional de Saúde em Ilhéus já ofertou mais de 5 mil atendimentos. A unidade atende aos pacientes dos municípios de Canavieiras, Coaraci, Gongogi, Ilhéus, Itacaré, Maraú, Santa Luzia, Ubaitaba, Una e Uruçuca, com consultas nas áreas de Anestesiologia, Cardiologia, Cirurgião Geral, Mastologia, Ortopedia, Otorrinolaringologia e Pneumologia, além dos exames de Eletrocardiograma, Ecocardiograma, Espirometria, Eletroencefalograma, Teste Ergométrico, Holter, Mamografia, Raio X e Ressonância.

Vacinação contra dengue: 115 cidades da Bahia vão receber o imunizante


 

Desde 2023, o Ministério da Saúde está em constante monitoramento e alerta para o aumento de casos de dengue no Brasil. Nesse cenário, a pasta coordenou uma série de ações para o enfrentamento das arboviroses, intensificou os esforços e reforçou a conscientização sobre medidas de prevenção. Uma das iniciativas foi a incorporação da vacina contra a dengue, que será aplicada na população de regiões endêmicas, em 521 municípios, a partir de fevereiro. Na Bahia, 115 cidades receberão o imunizante, elas fazem parte das regiões de saúde Salvador, Feira de Santana, Camaçari, Itabuna, Ilhéus, Jequié e Barreiras.

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Foto José Cruz / Agência Brasil.

As regiões de saúde selecionadas atendem a três critérios: possuem pelo menos um município de grande porte, ou seja, mais de 100 mil habitantes, com alta transmissão de dengue registrada em 2023 e 2024, e com maior predominância do sorotipo DENV-2. Com isso, 16 estados e o Distrito Federal têm municípios que preenchem os requisitos para o início da vacinação a partir de 2024.

Serão vacinadas as crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos, faixa etária que concentra maior número de hospitalização por dengue – 16,4 mil de janeiro de 2019 a novembro de 2023, depois das pessoas idosas, grupo para o qual a vacina não foi autorizada pela Anvisa. Esse é um recorte que reúne o maior número de regiões de saúde. O esquema vacinal será composto por duas doses, com intervalo de três meses entre elas.