CNJ condena cinco desembargadores do TRT-BA por venda de sentenças


Por determinação da ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), nesta terça-feira (9), condenou cinco desembargadores do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (TRT-BA) na Operação Injusta Causa, da Polícia Federal (PF), deflagrada em 2019, por venda de sentenças.

De acordo com a decisão, a ex-presidente do TRT, Maria Adna Aguiar, Noberto Frerichs, e Washington Gutemberg receberam como pena a aposentadoria compulsória. Já os desembargadores Maria das Graças Oliva Boness e Esequias Pereira de Oliveira tiveram como condenação a censura.

A operação é responsável por investigar e desarticular um esquema de venda de decisões judiciais e tráfico de influência na Bahia. Na oportunidade, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão em gabinetes dos desembargadores. Os alvos foram afastados de suas atividades até maio de 2020.

Informações do Política Livre. 

Judicialização na saúde é única via para alguns pacientes


Somente no ano passado, foram abertos mais de 295 mil processos na Justiça, que contestam algum aspecto relacionado ao atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2021 e 2020, o total foi de 250 mil e 210 mil, respectivamente, o que indica aumento gradual, a cada ano. Apenas neste ano é que o número caiu significativamente, para cerca de 18 mil.

Em relação à rede privada, 2022 registrou 164 mil processos novos. Em 2021 e 2020, foram abertos 137 mil e 135 mil processos judiciais, respectivamente. Já neste ano, o total também foi inferior ao do SUS -, embora a comparação deva levar em consideração a magnitude do sistema público -, de 14 mil.

A quantidade elevada no período de 2020 a 2022 pode sinalizar um boom por causa da pandemia de covid-19. Porém, quando se observam outros dados, que não têm relação com o contexto da crise sanitária, percebe-se, nitidamente, a lentidão dos julgamentos. O tempo médio para o Poder Judiciário julgar a causa, quando o caso envolvia tratamento oncológico, ou seja, para câncer, tanto no SUS quanto na rede privada, era de 277 dias, em média, em 2020. Três anos depois, saltou para 322. Isso significa que uma pessoa em situação de fragilidade aguarda quase um ano até saber se terá direito a receber atendimento.

Um dos grupos de processos judiciais com mais demora é o referente a doações e transplante de órgãos. De 2020 para 2021, viu-se uma redução de 621 para 439 dias, em média. Contudo, em 2022, a duração média de tramitação até o julgamento foi de 825 dias. Em 2023, o patamar ainda não sofreu redução expressiva no que se refere a tempo de trâmites nos tribunais, ficando em torno de 713 dias.

O advogado Leonardo Navarro, integrante da Comissão de Direito Médico e Saúde da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em São Paulo, é especializado na área há cerca de 15 anos. Há uma década, segundo ele, começou a crescer o nível de judicialização da saúde no país, o que acendeu um alerta para o SUS, a Agência Nacional de Saúde (ANS) e as operadoras de saúde. A reação foi a de tentar evitar.

Depois de tanto tempo de carreira, Navarro diz não ver, atualmente, “grande dificuldade” para quem precisa acionar a Justiça a fim de assegurar um direito na área da saúde. “Temos aí diversas universidades que têm convênio com a OAB, com o próprio Judiciário, o Poder Público, justamente para viabilizar o acesso de pessoas que não têm renda. Em São Paulo, há uma Defensoria Pública super capacitada”, comenta.

Navarro reconhece, no entanto, que nesse caminho percorrido por quem não tem condição de pagar honorários falta rapidez. “Tem agilidade? Tem aquela pessoalidade que teria com o advogado [contratado]? Não, lógico que não, mas tem a prestação de serviço pelo Estado”, diz.

A presidente da Associação de Fibrose Cística do Espírito Santo, Letícia Lemgruber, tem como um dos temas e lutas de sua vida as doenças raras. Ela tem um filho com fibrose cística, que consiste no mau funcionamento das glândulas exócrinas, que produzem secreções. A doença afeta os órgãos reprodutores, pâncreas, fígado, intestino e pulmões.

Um dos obstáculos para pacientes de doenças raras é conseguir as chamadas drogas órfãs, ou seja, medicamentos para seu tratamento, que ganharam esse nome por serem produzidas por big pharmas e por seu alto valor, o que implica dificuldade para obter pelo SUS e a necessidade de se recorrer à judicialização.

Como exemplo de lentidão, no acesso a medicamentos, Letícia menciona o ivacaftor, que foi a recomendação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) para ser oferecido, pelo SUS, ao tratamento de pacientes com a fibrose cística, feita em dezembro de 2020. Somente em outubro de 2022, conforme relata a representante da associação, é que pacientes com o diagnóstico da doença podem ter a medicação gratuitamente, pela rede pública.

“Ou seja, demora muito até chegar à mão do paciente. E é exatamente porque essas etapas acabam tendo uma velocidade incompatível com a progressão da doença, especialmente das doenças raras, que o paciente não tem outro caminho para acessar a medicação que não o Judiciário”, diz ela, que também presta consultoria à Associação Brasileira de Assistência à Mucoviscidose (Abram).

“A primeira barreira é o tempo dessas etapas. A segunda é a exigência de registro na Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária], que permite o acesso pelo SUS. Se o laboratório não pede o registro, ele nunca vai acessar por meio do SUS, só judicialmente. E a terceira barreira é o preço. Aí que vem a nossa briga”, acrescenta.

Matéria da Agência Brasil.

Justiça determina reparos nos terminais marítimos de Morro de São Paulo e Gamboa do Morro


A Justiça determinou que o Estado da Bahia adote, em um prazo de 15 dias, as providências necessárias ao reparo do Terminal de Gamboa do Morro e Morro de São Paulo, a fim de garantir a segurança e proteção de seus usuários. A decisão do juiz Leonardo Custódio, expedida ontem, dia 3, atendeu uma ação movida pelo Ministério Público estadual, que apurou e constatou, por meio de instauração de inquérito civil, risco à integridade física dos usuários do serviço e irregularidades referente às normas de acessibilidade. O Estado da Bahia deverá realizar as contratações e obras necessárias para reparo dos terminais.

Segundo a promotora de Justiça Cláudia Didier Pereira, autora da ação, a Agerba emitiu um relatório solicitando intervenções nos terminais após realizar inspeção técnica nos dois locais. Sobre o Terminal de Gamboa do Morro, a Agerba apontou que existem “áreas que oferecem risco à vida e segurança dos usuários”, já no de Morro de São Paulo “a vistoria técnica identificou irregularidades em relação às normas de acessibilidade”.

Na decisão, o juiz apontou que a obrigação foi imposta ao Estado da Bahia porque o termo de cessão dos terminais ao Município de Cairu terminou, e, conforme os termos do contrato de concessão, não há, em tese, a obrigação de reformas pela concessionária. O juiz destacou, ainda, a informação dada pelo Estado de que “não possui o cronograma de obras dos Terminais Hidroviários de Gamboa do Morro e Morro de São Paulo”.

‘Lojas Americanas’ é acionada por irregularidades detectadas em 25 filiais na Bahia


Vinte e cinco filais das Lojas Americanas instaladas em Salvador foram acionadas pelo Ministério Público do Estado da Bahia por descumprirem normas sanitárias e de prevenção a incêndio e pânico. A ação, de autoria da promotora de Justiça Joseane Suzart, relata que algumas unidades apresentam problemas relacionados à falta de salubridade, limpeza e higiene no armazenamento e comércio de gêneros alimentícios e demais produtos, e dispõem de estruturas indevidamente protegidas contra situações de incêndio e pânico, o que põe em risco a vida dos consumidores e dos próprios colaboradores. Além disso, as lojas estariam colocando produtos à venda sem informar o preço. O MP também acionou a Bauducco por colocar no mercado produto impróprio ao consumo.

Na ação, o MP solicita à Justiça que, em caráter liminar, determine às lojas a adoção de diversas medidas, como manutenção de boas condições higiênico-sanitárias; renovação periódica do Certificado de Licença do Corpo de Bombeiros e execução do Projeto de Segurança Contra Incêndio e Pânico (PSCIP); apresentação de Alvará Sanitário; e manutenção das estruturas físicas. Além disso, que sejam obrigadas a sanar a ausência de preço dos produtos expostos na prateleira, de modo a respeitar o direito à informação dos consumidores. Joseane Suzart explica que inspeção realizada pela Vigilância Sanitária identificou que as lojas funcionam, sistematicamente, sem dispor de toda documentação sanitária exigida e/ou com vários problemas estruturais de higiene, limpeza, acondicionamento de alimentos perecíveis, gerando prejuízos aos consumidores. Já vistoria realizada pelo Corpo de Bombeiros identificou que algumas lojas não têm projeto de segurança contra incêndio e outras não executam o projeto.

A ação também pede que a Justiça obrigue a Bauducco a não colocar no mercado produtos impróprios para o consumo, quer sejam deteriorados, alterados, adulterados, avariados, corrompidos, fraudados, nocivos à vida ou à saúde, perigosos, em desacordo com as normas regulamentares de fabricação, distribuição ou apresentação. Segundo Joseane Suzart, uma consumidora denunciou ao MP ter encontrado larvas em produto da marca comprado em uma filial das Lojas Americanas. A promotora de Justiça solicita ainda que as 25 filiais da rede sejam obrigadas a pagar, em conjunto, R$ 2,5 milhões em compensação pelos prejuízos extrapatrimoniais coletivos causados difusamente à sociedade.

 

Liberada em audiência de custódia, dupla é flagrada com pistolas


Colocados em liberdade provisória, após audiência de custódia, dois homens com passagens por homicídio, assaltos e porte ilegal de arma de fogo foram capturados nesta sexta-feira (28), por guarnições da 22ª CIPM (Simões Filho). Pistolas, um veículo com restrição e um bloqueador de GPS, utilizado em roubos de cargas, foram apreendidos.

Os militares patrulhavam em Simões Filho, quando notaram comportamento estranho dos homens, dentro de um veículo modelo C4. O automóvel foi cercado e a abordagem iniciada.

Com eles foram apreendidos duas pistolas calibre 9mm, carregadores, munições, dois celulares, 150 reais e o bloqueador de sinal de GPS. Os criminosos e os materiais foram apresentados na Delegacia Territorial (DT) de Simões Filho.

Justiça bloqueia quase R$9 milhões das contas da Prefeitura de Itabuna em decorrência de precatórios por más gestões anteriores


Ação judicial pode comprometer pagamento de salários de servidores, fornecedores e projetos em andamento em Itabuna.

A Prefeitura de Itabuna foi surpreendida na quarta-feira passada, dia 19, com ordem judicial de bloqueio de R$ 8,8 milhões (precatórios) nas suas contas, decorrente de más gestões anteriores. A gestão do prefeito Augusto Castro sofrerá duramente com a medida, pois poderá ter impacto no pagamento dos servidores e fornecedores que vinham sendo pagos em dia nos últimos 27 meses.

O prefeito Augusto Castro tem se mostrado, ao longo do mandato, comprometido com a melhoria da cidade de Itabuna e com a valorização do servidor. Apesar da situação delicada em que ele recebeu a prefeitura com mais de R$80 milhões em débitos, as contas do exercício de 2021 foram aprovadas pelo TCM-BA. Ele também conseguiu negociar dívidas e obter em novembro do ano passado na sua capacidade de pagamento classificação B na Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda.

Além disso, em decorrência de medidas administrativas e financeiras da atual gestão, Augusto Castro tem demonstrado competência, planejamento e compromisso com a população e vem trabalhando duramente e colocando a cidade no cenário positivo.

O prefeito Augusto Castro tem se reunido com a secretaria da Fazenda e Orçamento e estão demandado esforços em busca da resolução do problema causado pelo sequestro das contas para que sejam minimizados os danos e que a cidade continue em um cenário positivo, honrando os compromissos econômicos e financeiros.

Justiça Federal manda tirar do ar o Telegram do Brasil após pedido da PF


A Justiça Federal decidiu tirar do ar o Telegram no Brasil. A determinação atende a um pedido da Polícia Federal em investigações envolvendo ataques a escolas. A informação foi confirmada pelo ministro da Justiça, Flávio Dino, a jornalistas nesta quarta-feira (26) no Ceará, onde cumpre agenda oficial.

O Telegram tem ignorado os pedidos de medidas para combater conteúdos que fazem apologia de violência e ameaças de ações em colégios.

Na semana passada, o ministro da Justiça, Flávio Dino, editou uma portaria sobre o tema e já falava na possibilidade de suspender redes que descumprissem os artigos.

‘Operação Parapitinga’ desarticula esquema responsável por sonegar mais de R$ 3,5 mi em impostos no interior da Bahia


A Força-Tarefa de combate à sonegação Fiscal no Estado da Bahia deflagrou na manhã de hoje, dia 26, a ‘Operação Parapitinga’, que investiga a prática de sonegação fiscal por um grupo empresarial do setor de comércio atacadista, que teria sonegado pelo menos R$ 3,5 milhões em impostos. Estão sendo cumpridos nove mandados de busca e apreensão na cidade de Bom Jesus da Lapa e Sítio do Mato. Os bens das pessoas físicas e jurídicas envolvidas foram bloqueados, a fim de garantir a recuperação dos valores sonegados. A ação visa interromper o esquema e coletar provas para instruir a investigação em curso, iniciada pelo escritório do Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (Cira) em Vitória da Conquista.

O esquema fraudulento foi identificado pela inteligência fazendária da Secretaria estadual da Fazenda (Sefaz), em conjunto com o Ministério Público estadual e a Polícia Civil. Segundo as investigações, o grupo fazia aquisição  e distribuição de mercadorias sem documentação fiscal; usava “laranjas” no quadro societário, cujas pessoas jurídicas utilizadas eram posteriormente abandonadas e imediatamente sucedidas por outras, no mesmo segmento de mercado; e utilizava empresas em nome de terceiros para aquisição de mercadorias, deixando para trás valores expressivos em débitos tributários de ICMS, promovendo assim a blindagem patrimonial dos verdadeiros gestores do grupo.

São investigados, ainda, crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa possivelmente relacionados à prática da sonegação fiscal. Conforme a Força-Tarefa, também existem outras autuações administrativas em tramitação na Sefaz, que apuram possível débito de mais R$ 2,5 milhões, e as investigações podem revelar um valor sonegado ainda maior que o já identificado.

A Força-Tarefa de combate à sonegação fiscal é composta pelo Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal  (Gaesf), do Ministério Público do Estado da Bahia; Inspetoria Fazendária de Investigação e Pesquisa (Infip), da Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia; pela Delegacia de Crimes Econômicos e Contra a Administração Pública (Dececap), da Coordenação Especializada de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro (Ceccor/LD); e do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), da Polícia Civil da Bahia.

A operação contou com a participação de seis promotores de Justiça, cinco delegados de Polícia, 17 policiais do Draco, seis servidores do Fisco Estadual e três policiais da Companhia Independente de Polícia Fazendária (Cipfaz).

Ao elencar pontos vulneráveis do atual sistema de reforma agrária o Secretário de Ibirataia lamenta o aumento das invasões no campo


Secretário de Ibirataia, João Matheus Araújo.

No próximo dia 25 de abril, produtores rurais de toda a Bahia estarão reunidos na ALBA (Assembleia Legislativa da Bahia) com o intuito de alertar as autoridades para o problema das invasões promovidas pelo MST. Esses mesmos produtores estão engajados no projeto denominado “INVASÃO ZERO”, que visa coibir o desrespeito à propriedade privada e às normas legais.

Um dos coordenadores do projeto é o Secretário de Agricultura e Meio Ambiente de Ibirataia, cidade distante 150km de Ilhéus, o também advogado Dr. João Matheus de Araújo Silva, tem defendido mudanças no atual sistema de reforma agrária, alertando acerca das diversas lacunas que acabam por comprometer a lisura do processo.

“É preciso deixar bem claro que esse movimento não é contra a Reforma Agrária, mas o processo como é feito há mais de 24 (vinte e quatro) anos, não podemos compactuar com as invasões de terras, sendo esse um meio ilegal e torpe usado para impor uma agenda que objetiva levar insegurança patrimonial, física e jurídica ao meio rural.”

Esse mês foi marcado pela deflagração do Abril Vermelho, que consiste em diversas invasões de propriedades privadas pelo MST(Movimento dos Sem Terra), a iminência de novas ilegalidades motivou os produtores rurais a se unirem em torno da agenda anti-invasão e promoverem diversos atos em todo o Estado para chamar a atenção das autoridades para os problemas advindos do descumprimento da lei.

“Ao longo dos anos temos vistos diversas propriedades serem invadidas e algumas delas depredadas, o Estado não pode compactuar com esses atos, pois se encontra à margem da lei. A reforma Agrária pode ser efetuada, pagando o preço justo, em diversas propriedades que se encontravam à venda, sem a necessidade de impor risco ao direito constitucional. Além disso, cumpre ressaltar, que não há uma triagem das pessoas que irão receber seu pedaço de terra, plantar é tarefa para poucos, e cabe ao Estado se certificar que aquela família beneficiada possui a aptidão necessária para produzir, uma vez que o principal argumento para a realização da reforma é acabar com a terra improdutiva e que não cumpre a função social. Quando o INSS aposenta um produtor rural exige 15(quinze) de comprovação de trabalho no campo, mas para receber uma gleba de terras do programa de reforma agrária nenhum pré-requisito é necessário.”

“Outro dado importante é que os assentados não pagam pela terra recebida, até o programa “Minha Casa Minha Vida” prevê um tipo de pagamento mensal, por mais ínfimo que seja e olha que residência não produz renda, além disso, há uma defasagem na entrega dos títulos de terra aos beneficiados, o que nos leva a crer em uma tentativa de tornar o assentado cativo eterno, pois os deixa reféns da boa vontade dos líderes do movimento.”

Há notícias de sucesso na retomada de propriedades invadidas a exemplo do que ocorreu em Jacobina, Macajuba e Canavieiras. De forma pacífica os produtores se uniram e conseguiram que o MST saísse das fazendas.

“Ao longo dos anos nunca houve um movimento como esse, é a primeira vez que assistimos produtores rurais de diversas partes do Estado se unirem, de forma pacífica e desarmada, para se fazer ouvir e rogar pela manutenção da lei e da ordem. Cabe ao Estado (Município, Estado e União) zelar pelo cumprimento da lei, impedindo assim o aumento da insegurança jurídica que só atrapalha a quem quer trabalhar e investir. Se o Estado estivesse cumprindo o seu papel não teríamos a necessidade de criar esse movimento. ”

STF retomará julgamento sobre marco temporal no dia 7 de junho


 

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, anunciou que a Corte vai retomar o julgamento sobre o marco temporal para demarcação de terras indígenas no dia 7 de junho.

A ministra anunciou a data após participar, na manhã desta quarta-feira (19), de um fórum sobre o monitoramento de demandas indígenas na Justiça.

O julgamento foi suspenso em setembro de 2021 após um pedido de vista do ministro Alexandre de Moraes.

O placar do julgamento está empatado em 1 a 1: o ministro Edson Fachin votou contra a tese, e Nunes Marques se manifestou a favor.

No julgamento, os ministros discutem o chamado marco temporal. Pela tese, defendida por proprietários de terras, os indígenas somente teriam direito às terras que estavam em sua posse no dia 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal, ou que estavam em disputa judicial nesta época.

O processo que motivou a discussão trata da disputa pela posse da Terra Indígena (TI) Ibirama, em Santa Catarina. A área é habitada pelos povos Xokleng, Kaingang e Guarani, e a posse de parte da TI é questionada pela procuradoria do estado.

Fonte: Agencia Brasil.