Dona da marca Crossfit barra uso no nome no Brasil


Imagem Canva.

Dona exclusiva da marca no Brasil desde 2019, a norte-americana CrossFit Inc tem travado –e vencido- disputas judiciais contra academias que usam o nome da prática sem autorização.

O programa de treino de força e condicionamento físico que costuma levar pessoas aos chamados “boxes” para praticar a modalidade funciona em um esquema de filiação. Só pode usar a marca e oferecer o treinamento quem for licenciado.

As academias e unidades que não pagam podem ser alvos na Justiça. Em caso de uso indevido do nome, há possibilidade de condenação ao pagamento de indenização por danos morais e patrimoniais, além de multa se ficar constatado descumprimento de decisão judicial.

Dona exclusiva da marca no Brasil desde 2019, a norte-americana CrossFit Inc tem travado –e vencido- disputas judiciais contra academias que usam o nome da prática sem autorização.

O programa de treino de força e condicionamento físico que costuma levar pessoas aos chamados “boxes” para praticar a modalidade funciona em um esquema de filiação. Só pode usar a marca e oferecer o treinamento quem for licenciado.

As academias e unidades que não pagam podem ser alvos na Justiça. Em caso de uso indevido do nome, há possibilidade de condenação ao pagamento de indenização por danos morais e patrimoniais, além de multa se ficar constatado descumprimento de decisão judicial.

A academia argumentou no processo que, no Brasil, o nome CrossFit ficou conhecido como “designativo da atividade funcional de alto impacto” e que não se pode confundir a marca com a metodologia de treino, “pois seria como possibilitar o registro da marca ‘futebol’ e proibir seu uso”. Outro ponto levantado é que o nome teria caído no linguajar popular, citando inclusive termos derivados, como “crossfiteiro”.

Outra decisão, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), manteve uma condenação por danos morais de R$ 10 mil a uma academia que também usava o termo sem licença. A empresa condenada disse não haver evidências de que o uso do nome tenha causado danos à CrossFit.

Também afirmou que é uma “academia de bairro” sem filiais e que foi “veementemente afetada pelos atos governamentais originários da pandemia que teve em seu contexto a missão de manter o isolamento social, impondo o fechamento da academia por longo período”.

A argumentação não prosperou. Em decisão de outubro de 2021, a 10ª Câmara Cível entendeu que a expressão “CrossFit” não se refere ao nome do serviço prestado e nem ao gênero dele, mas a uma modalidade específica de treinamento físico.

Leia mais na CNN.

Toffoli vota por fim da tese de defesa da honra em caso de feminicídio


 Fachada do palácio do Supremo Tribunal Federal (STF) Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O ministro Dias Toffoli, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), votou, nesta quinta-feira (29), pela inconstitucionalidade do uso da tese de legítima defesa da honra para justificar a absolvição de condenados por feminicídio.

O Supremo julga uma ação protocolada pelo PDT em 2021 para impedir a absolvição de homens acusados de homicídio contra mulheres com base no argumento de que o crime teria sido cometido por razões emocionais, como uma traição conjugal, por exemplo.

No mesmo ano, o STF proibiu o uso da tese. O entendimento está em vigor, mas o caso é julgado definitivamente pela Corte.

Para Toffoli, que é relator do caso, a aceitação do argumento para justificar a absolvição viola o direito de igualdade de gênero e promove a violência contra as mulheres.

No entendimento do ministro, a tese não pode ser utilizada como argumento de defesa dos advogados do réu ou para justificar absolvição pelo Tribunal do Júri, sob pena de anulação.

“A chamada defesa da honra corresponde, na realidade, a recurso argumentativo odioso, desumano e cruel, utilizado pelas defesas de acusados de feminicídio ou de agressões contra a mulher para imputar às vítimas as causas de suas próprias mortes ou lesões”, afirmou.

O ministro também citou que o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) registrou cerca de 50 mil mortes de mulheres entre 2009 e 2019.

Após o voto do relator, o julgamento foi suspenso e será retomado amanhã (30).

PGR e AGU

Durante o julgamento, o procurador-geral da República, Augusto Aras, também defendeu a inconstitucionalidade do uso da tese como recurso argumentativo por homens acusados de feminicídio.

Aras disse que a legislação penal prevê a proteção da honra, mas a medida não pode ser utilizada para justificar assassinatos.

“A tese da legitima defesa da honra viola os princípios constitucionais da conquista da dignidade da pessoa humana, da proteção à vida e da igualdade de gênero”, afirmou.

Pela Advocacia-Geral da União (AGU), a advogada pública Alessandra Lopes Pereira afirmou que a proteção à honra não pode ser utilizada como tese de defesa quando se trata de questões envolvendo o direito constitucional à vida.

“Trata do emprego de lógica descabida, que inverte os polos do processo penal e, de forma simbólica, inclui a vítima reduzida a condição de objeto no rol dos culpados”, concluiu.

Informações da Agência Brasil.

Mulher que matou o marido e os filhos tem prisão preventiva decretada


Mulher matou o marido e os dois filhos envenenados com chumbinho em Ilhéus.

A mulher que envenenou o marido e os dois filhos, em Ilhéus, no sul da Bahia, teve a prisão em flagrante convertida para preventiva nesta segunda-feira (19).

De acordo com a polícia, a suspeita, identificada com Kelly Mendes Barreto, contou na audiência de custódia que colocou veneno no prato de comida do marido porque era agredida por ele constantemente, e que, por engano, os filhos comeram do mesmo prato.

O marido da suspeita foi identificado como Marcos Paulo Mendes Santos, de 23 anos; o filho mais velho como Benjamyn Kleyton Mendes Barreto Santos, de quatro anos; e a caçula como Rosymary Mendes Barreto Santos, de um ano e sete meses. Os três morreram no local.

De acordo com amigos da família, Kelly apresentava um comportamento estranho desde o parto da filha mais nova. Eles relataram que ela tinha sintomas de depressão, mas não tinha acompanhamento e não fazia tratamento.

Um tio de Marcos Paulo informou que ele conheceu Kelly na adolescência, mas que após brigas na relação, chegou a pensar em divórcio.

A suspeita realizou exame de corpo delito e foi encaminhada para o Conjunto Penal de Itabuna. De acordo com a polícia, Kelly vai responder por triplo homicídio qualificado.

Marcos Paulo, Benjamyn Kleyton e Rosymary Mendes foram sepultados em Ilhéus nesta segunda-feira (19).

Informações do G1/Bahia.

Mulher é presa suspeita de matar marido e os dois filhos em Ilhéus

Justiça aceita denúncia e empresário vira réu por suspeita de atear fogo em homem em situação de rua em Ilhéus


Imagem do momento em que empresário chega a galpão em Ilhéus, no sul da Bahia — Foto: Reprodução/TV Santa Cruz.

O juiz da Vara do Júri e Execuções Penais de Ilhéus, Gustavo Henrique Almeida Lyra, aceitou a denúncia do Ministério Público da Bahia (MP-BA) contra o empresário suspeito de atear fogo e matar um homem em situação de rua. Ele possui 10 dias para apresentar a defesa. O caso aconteceu no dia 25 de janeiro deste ano.

O juiz informou que acatou a denúncia em todos os seus termos, por considerá-la amparada em “lastro informativo suficiente para a deflagração da ação penal”.

Ainda segundo Gustavo Henrique Almeida Lyra, “o inquérito contém depoimentos que indicam autoria e laudos técnicos que delineiam a possibilidade de ocorrência material da conduta descrita na peça acusatória”.

O empresário Orlando Teixeira do Carmo foi interrogado no dia 1º de junho. Ele negou a acusação e afirmou que estava em casa quando homicídio foi praticado.

A produção da TV Santa Cruz tentou entrar em contato com a defesa do empresário, mas não obteve retorno.

O crime

Câmeras de segurança registraram quando o empresário chega de carro com um galão na mão em um galpão abandonado de uma antiga concessionária. Em seguida, as imagens mostram a vítima com o corpo em chamas saindo correndo do galpão.

A vítima, identificada como Rodrigo Souza Santana, foi socorrida para o Hospital Regional Costa do Cacau, em Ilhéus, e precisou ser transferida para o Hospital Geral do Estado, em Salvador. No entanto, morreu no dia 2 de fevereiro.

Informações da TV Santa Cruz / G1Bahia.

APPI/APLB é a única entidade legal para representar categoria nos precatórios do FUNDEF, decide justiça


Osman Nogueira, presidente da APPI/APLB.

A justiça confirma a APPI/APLB como a única entidade a representar os trabalhadores em educação na luta pelo pagamento dos precatórios do FUNDEF. A juíza Carine Nassri da Silva, da 1ª Vara da Fazenda Pública de Ilhéus, indeferiu o pedido de ingresso da Associação Defensora dos Interesses dos Profissionais Ativos, Aposentados, Pensionistas e Herdeiros da Educação, como litisconsorte ativo facultativo, do processo, visto que não se constitui em parte legítima e não demonstra preenchimento dos requisitos legais para tanto.

Criada há menos de um ano para representar uma pequena parcela de beneficiários, de acordo com a juíza, a entidade que reivindicava a sua inclusão só poderia ter representatividade para fins de legitimação se estivesse constituída há pelo menos um ano nos termos da lei civil bem como a pertinência temática entre as finalidades institucionais e o objeto da demanda.

A busca pelo benefício que continuará sob a tutela da APPI/APLB, que há 44 anos representa a luta da categoria, resultará no pagamento para quem trabalhou no período de 98 a 2006, proporcional ao tempo e jornada de trabalho. A ação do sindicato deverá beneficiar mais de mil trabalhadores da educação.

Clique na imagem abaixo para ver a decisão judicial. 

Mulher é condenada a 26 anos de prisão pelo homicídio de seu marido


Imagem ilustrativa.

O Tribunal do Júri realizado ontem, dia 13, no Município de Valença, condenou uma mulher a 26 anos de reclusão pelo homicídio qualificado de seu marido por motivo torpe, cruel e dissimulação, além de ocultação de cadáver, em setembro de 2019. Ela também foi condenada a seis meses de detenção pelo crime de fraude processual por dificultar a investigação da polícia, além de 20 dias multa. No mesmo dia também foi julgado o executor do crime Constantino Pereira Filho, que foi condenado a 35 anos e cinco meses de prisão pelo homicídio qualificado, com os agravantes de promessa de recompensa, meio cruel, emboscada e ocultação de cadáver.

A acusação foi sustentada no Júri pela promotora de Justiça Rita de Cássia Pires Bezerra Cavalcanti. Conforme a denúncia, no dia 9 de setembro de 2019, Constantino Pereira Filho, junto com outras duas pessoas ainda não identificadas, desferiram diversos golpes de facão na vítima Liel de Jesus dos Santos, causando-lhes lesões que provocaram sua morte. O crime foi executado a pedido da esposa da vítima Mariele de Jesus Santos, mediante o pagamento de R$ 22 mil.

Segundo a denúncia, Mariele teria um relacionamento extraconjugal, que já durava cerca de três anos. Insatisfeita com a relação com seu marido e com o propósito de ficar com todos os bens da vítima, ela combinou com seu primo Constantino o pagamento de R$ 22 mil para a execução de seu marido. Para viabilizar a captura da vítima, Mariele teria simulado um problema de saúde e pedido que a vítima fosse até o quintal da casa arrancar algumas folhas para preparar um chá, tendo sido surpreendido por Constantino e outros dois comparsas que o obrigaram a entrar no carro para o local combinado para a execução.

25 trabalhadores são resgatados em situação precária em fazenda de café na região de Encruzilhada, Sudoeste da Bahia


O Grupo Especial de combate ao trabalho escravo resgatou, essa semana, 25 trabalhadores rurais em condições análogas à escravidão na colheita em uma fazenda de café, no município de Encruzilhada, na Bahia. A equipe da operação foi formada pela Defensoria Pública da União (DPU), auditores fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), representantes do Ministério Público do Trabalho (MPT), da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos do Estado (SJDH), da Polícia Federal (PF) e da Polícia Militar da Bahia.

Informalidade e condições desumanas

As irregularidades começaram a ser identificadas na segunda-feira (22). Os trabalhadores, vindos de diversos municípios do interior do Estado, foram encontrados em situação de informalidade, sem registro trabalhista. Os safristas, como são chamados, também não foram submetidos a exame admissional.

Segundo os relatos, os pagamentos seriam feitos apenas no final do trabalho. Além disso, várias carteiras de trabalho foram retidas pelo responsável, motivo que os impediu de irem embora.

Na colheita, os trabalhadores atuavam sem equipamentos de segurança e vestimentas adequadas à função, muitos deles descalços ou com apenas sandálias. Na área, não havia instalações sanitárias, nem espaço para refeições. Devido às condições climáticas da região –fria e úmida – e ao vestuário inadequado, pelo menos três deles apresentavam sintomas de doenças e foram encaminhados, após o resgate, a unidades de saúde do município.

De acordo com a equipe, as necessidades fisiológicas dos empregados eram feitas ao ar livre e a água que bebiam era transportada em vasilhames de água sanitária reutilizadas.

A situação dos alojamentos fornecidos pelo empregador também estava precária. Banheiros em péssimo estado de funcionamento e com poucos chuveiros, o que levava ao compartilhamento do ambiente entre homens e mulheres. Alguns trabalhadores cozinhavam dentro de pequenos quartos, o que expunha o grupo ao risco de incêndio e intoxicação com gás. Crianças e adolescentes também foram encontradas residindo nos alojamentos.

Estima-se que, inicialmente, o grupo contava com cerca de 40 trabalhadores, que havia chegado ao estabelecimento há pouco mais de um mês. No momento da fiscalização, no entanto, apenas 25 estavam no local; os outros já haviam ido embora por conta das péssimas condições.

A equipe também apurou que um estabelecimento em localidade próxima dava “crédito” aos trabalhadores a preços muito superiores aos praticados no mercado. “Há um mercadinho próximo à fazenda que praticava preços abusivos. 1kg de café custava 50 reais. Eles eram obrigados a comprar no mercadinho e, praticamente todo o dinheiro que recebiam, era gasto lá”, afirmou a defensora federal Izabela Vieira Luz.

A defensora também pontuou que não havia horário de almoço. Os trabalhadores faziam pequenas pausas, às vezes de 10 minutos, para colherem a maior quantidade de grãos possível. “O horário de trabalho não era de acordo com a lei. Eles entravam 6h da manhã e saíam 17h. Muitos trabalhavam de sábado e domingo sem hora para terminar”, afirmou.

Interdição e Reparação

Constatada a situação de falta de registro e degradância das condições de trabalho e alojamento, retenção de documentos e não pagamento de salários, foi determinada a interdição das frentes de serviço e alojamentos pelos auditores fiscais, com a paralisação imediata das atividades e a retirada dos trabalhadores do local. O representante da empresa foi notificado para prestar esclarecimentos sobre a situação.

Com a interdição, as pessoas ficaram alojadas provisoriamente em uma escola municipal, onde receberam alimentação adequada e acompanhamento do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas). O amparo, intermediado por membros da SJDH e da Secretaria de Assistência Social do município, que forneceu alojamento provisório, refeições e instalações para reuniões da força-tarefa, foi fornecido até que os auditores fiscais providenciassem o cálculo das parcelas rescisórias dos contratos de trabalho e a DPU e MPT elaborassem o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).

Na quarta-feira (24), o proprietário da fazenda compareceu à audiência e reconheceu a situação inadequada, prontificando-se a fazer os pagamentos das parcelas rescisórias a que os contratados tinham direito, além de providenciar o retorno deles às cidades de origem, etapa que será monitorada pela SJDH. No total, foram pagos aproximadamente 100 mil reais. Eles ainda serão encaminhados para receber as parcelas do seguro-desemprego como trabalhadores resgatados.

A ação fiscal do Ministério do Trabalho e Emprego prosseguirá com a lavratura dos Autos de Infração diante das irregularidades constatadas e a possível inserção das empresas responsáveis pela situação na Lista Suja do Ministério do Trabalho, divulgada periodicamente. Além disso, haverá o pedido de indenização por dano moral por parte do Ministério Público do Trabalho, sem prejuízo da repercussão criminal, que ficará a cargo da Polícia Federal, uma vez que a prática de reduzir trabalhadores a condição análoga à escravidão é crime previsto no artigo 149 do Código Penal brasileiro, com pena de reclusão de dois a oito anos.

Além da defensora federal, integraram a operação a procuradora Manuella Gedeon, os auditores fiscais do MTE, Liane Durão e Mário Diniz; o coordenador de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e Combate ao Trabalho Escravo da SJDHDS, Admar Fontes Júnior, e membros da Polícia Militar e Federal.

Informações da Defensoria Pública da União.

MP intensifica atuação preventiva para aumentar transparência dos gastos municipais com festas juninas


O Ministério Público estadual intensificou a fiscalização dos gastos públicos municipais com os festejos juninos de 2023, por meio de atuação preventiva e colaborativa junto aos gestores municipais, com o objetivo de conferir maior transparência à aplicação dos recursos e contribuir para evitar danos ao erário. Desde o último mês de abril, quando a procuradora-geral de Justiça Norma Cavalcanti recomendou aos promotores de Justiça a adoção de medidas de prevenção, a Instituição já instaurou mais de 120 procedimentos para acompanhar os gastos com a festa em municípios baianos. Segundo os dados extraídos do sistema interno do MP, até o momento, são 122 procedimentos em 57 municípios.

Segundo o coordenador do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Proteção à Moralidade Administrativa (Caopam), promotor de Justiça Frank Ferrari, a ação de fiscalização e acompanhamento acontece de forma articulada entre o MP, os Tribunais de Contas do Estado (TCE) e dos Municípios (TCM), e os Ministérios Públicos do Contas junto ao TCE e TCM, e a Rede de Controle da Gestão Pública. Juntas, as instituições estão desenvolvendo mecanismos que colaborem com a gestão dos recursos pelos entes municipais e deem mais transparência aos gastos públicos com o evento festivo em todo o estado. A União dos Municípios da Bahia (UPB) é parceira da iniciativa e, por solicitação dos órgãos de controle, convidou os municípios a fornecerem dados para alimentar o ‘Painel da Transparência’, que está sendo desenvolvido pelo MP para que os cidadãos e instituições visualizem facilmente as informações relativas aos gastos com a festa de São João.

Frank Ferrari explica que também está em desenvolvimento o “Selo Transparência”, instrumento que será conferido aos entes públicos que colaborarem com o fornecimento das informações solicitadas pelos órgãos de controle quanto aos gastos públicos com as festas. Os selos serão entregues aos gestores colaboradores no próximo dia 14 de junho, quando serão apresentados à imprensa e à sociedade o painel e os dados obtidos em audiência pública a ser realizada na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba).

O promotor de Justiça falou sobre a atuação do MP, com mais informações do painel e do selo, em episódio do podcast do Ministério Público da Bahia, o ‘MPConecta’ , e para rádio MP da Bahia . Na entrevista, que vai ao ar hoje, dia 23, Frank Ferrari destaca que a atuação é orientada por princípios como o da preservação dos festejos juninos e da tradição cultural baiana, da prevenção de danos ao erário e de outros ilícitos, a partir da cooperação e diálogo com os gestores, e da promoção da transparência e da gestão responsável por motivação das decisões administrativas. “Nos preocupamos com o dinheiro público, mas também com a preservação dos componentes cultural e econômico da festa, que é importante para os baianos e incrementa a renda de pequenos comerciantes”, registrou Ferrari.

Informações do MP/BA.

Tribunal de Justiça da Bahia mantém Abraão como presidente da Câmara de Ilhéus


Abraão continua no cargo de presidente da Câmara.

Desembargador Nilson Soares Castelo Branco, presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, decidiu na manhã desta segunda-feira (22), derrubar a decisão do Juiz Alex Venícius Campos Miranda, titular da Vara da Fazenda Pública de Ilhéus, que anulou a eleição da Câmara e cassou o mandato do presidente Abraão Santos (PDT).

Essa é a segunda vez que o tribunal suspende uma decisão do juiz da primeira instância, referente a eleição da Câmara. Na nova decisão do desembargador é elencado a ultratividade, que consiste na ação de aplicar uma lei (ou dispositivo de lei) que já foi revogada em casos que ocorreram durante o período em que esta estava vigente.

Na decisão o desembargador também suspende a eleição, que seria realizada hoje sob a direção da vereadora Ivete do INSS (União Brasil), que escolheria o novo presidente.

“Não é despiciendo consignar que, se realizada a sessão aprazada para a data de hoje (22/05/2023), ela não será capaz de produzir quaisquer efeitos, restando suspensa a eficácia do ato, desde a primeira decisão desta presidência pelo deferimento do pedido de suspensão de liminar” afirma a decisão.

Confira a decisão na íntegra clicando aqui.

Juiz anula eleição da presidência da Câmara de Ilhéus


O enredo sobre a eleição da mesa diretora da Câmara de Ilhéus ganhou um novo capítulo nesta quinta-feira (18). O juiz Alex Miranda, da 1ª Vara da Fazenda Pública de Ilhéus acatou em parte em mandado de segurança, e declarou nula a eleição realizada em 21 de dezembro de 2022.

Segundo a decisão, está anulado os atos administrativos proferidos pela atual mesa diretora, e que a gestão interina seja conduzido pelo vereador mais idoso. Segundo dados da Câmara de Ilhéus, a vereador Ivete do INSS, do partido União Brasil, é a mais velha e deve assumir a gestão até a realização de nova eleição.

Alex Miranda também condenou o ex-presidente do legislativo ilheense, Jerbson Moraes, e o atual presidente, Abraão Santos, ao pagamento de multa de 10 salários mínimos, cada um. No caso de Jerbson, ele é acusado de realizar, indevidamente, diversos questionamentos sobre a imparcialidade do juiz.

Na decisão, o juiz questiona também, a verba de publicidade do pode legislativo ilheense, citando alguns site e rádios, explicitando que o erário foi usado para atacá-lo.

A decisão cabe recurso.

Confira a decisão do juiz na íntegra clicando aqui.