Quatro semanas para esmagar a curva


Artigo de Fábio Vilas-Boas.

A pandemia de COVID-19 é um evento dinâmico e de longo prazo que exigirá um desenvolvimento quase constante de estratégias proativas para solução de problemas.

A medicina moderna tem muito, mas muito pouco, a oferecer como tratamento específico. A necessidade de contratação de pessoal especializado, aquisição de equipamentos – principalmente ventiladores pulmonares – e a montagem de uma cadeia confiável de suprimentos, conspiram contra os esforços para estruturação de uma rede de atendimento adequada. Como vamos lidar com os milhares de pacientes que precisarão de cuidados?

Primeiro, precisamos trabalhar para garantir que as intervenções baseadas na população – incluindo ações de distanciamento social, quarentena e isolamento – sejam tomadas com rapidez e prudência. Segundo, podemos usar os fundamentos estabelecidos pela ciência para guiar estratégias de intervenção.

Sob a liderança do Governador Rui Costa, estabelecemos uma Central de Comando e Controle da Saúde. Utilizando princípios bem desenvolvidos de planejamento de ações para gerenciamento de crises, expandimos drasticamente o acesso aos testes diagnósticos por meio do fortalecimento do Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN). Ampliamos e descentralizamos a oferta de exames de biologia molecular (RT-PCR, padrão ouro) para garantir a classificação adequada de pacientes internados.

Paralelamente, elaboramos um plano para acrescentar mais de 1 mil novos leitos hospitalares, exclusivos para Covid-19. Para otimizar a eficiência do atendimento e das transferências via central de regulação, vinte e cinco Centrais Regionais de Triagem foram abertas em todo o estado.

A proteção dos profissionais de saúde também é essencial. Não enviaríamos soldados para a batalha sem coletes balísticos. Para tanto, estamos sendo estratégicos em nossos planos para o uso de EPIs e considerando alternativas extraordinárias, incluindo o emprego de máscaras de tecido, para uso generalizado da população. Montamos um programa de testagem universal para profissionais de saúde, oferecendo RT-PCR em coleta rápida, padrão “drive-through”, para identificar aqueles profissionais assintomáticos carreadores do vírus.

Nosso platô de crescimento só será atingido entre meados de junho e julho. Não é possível continuar crescendo a taxas diárias superiores a 8%. Precisamos inspirar e mobilizar o público para aderir às medidas preconizadas, imediatamente. Nesse esforço total, todos têm um papel a desempenhar e praticamente todos estão dispostos.

O objetivo não é achatar a curva; o objetivo é esmagar a curva. E com inteligência suficiente poderemos em breve começar a reativar a economia, sem colocar vidas adicionais em risco.

Fábio Vilas-Boas – Doutor em Ciências e Secretário Estadual da Saúde da Bahia.

Artigo publicado originalmente no Jornal A Tarde.

A disputa política pela vice de Marão


Por Jamesson Araújo.

Fotomontagem Blog Agravo.

Apesar das convenções municipais estarem longe e o atual momento ser delicado por conta da pandemia, partidos da base do prefeito Mário Alexandre, estão se movimentando para indicar o vice na chapa para a eleição de 5 de outubro deste ano.

Depois do PSB, agora chegou a vez do PSL colocar um nome na sugestão de vice, com direito ao apadrinhamento da deputada federal e líder do partido da Bahia, Dayane Pimentel. O nome escolhido pelo PSL, é o da advogada Rúbia Carvalho.

Nos bastidores dos assessores do prefeito, o nome de Rúbia é bem avaliada, goza de prestígio e boa aceitação junto à população e ao prefeito. Mas dificilmente o PSL vai indicar o vice, por estar na oposição ao governador Rui Costa (PT).

Segundo assessores do prefeito, o  vice vai sair  de um partido de esquerda, que esteja tanto na base municipal como também na base estadual e em total sintonia com o governador.

Há pelo menos um mês, o prefeito Mário Alexandre falou ao Blog Agravo que o governador Rui Costa (PT) irá indicar seu vice. Esse é o compromisso selado entre os dois.

O único partido de esquerda, que se encaixa nesses quesitos no momento, é o PSB do ex- deputado Bebeto Galvão. Curiosamente, um dos nomes mais fortes para a vice de Mário, o advogado Marcos Flávio,  saiu do PSDB para o PSB e se coloca como uma opção.

Dentro do PSB, o nome de Marcos Flávio não é unanimidade, já que é considerado da cozinha do prefeito. O partido tem nomes de filiados antigos como opção;  o advogado Edson Silva, do ex-vereador Jailson Nascimento, além do presidente da sigla Diego Messias.

“Quem tem que indicar é o PSB e não Mário colocar um nome dentro do partido, e ele mesmo escolher o nome”, colocou um membro do PSB em conversa com o Blog Agravo.

Se Marcos Flávio não é unanimidade dentro do PSB, no grupo do prefeito o nome é o que mais agrada. Não só ao grupo, mas também ao prefeito Mário Alexandre.

Mas temos que invocar a famosa frase de Magalhães Pinto, “Política é como nuvem. Você olha e ela esta de um jeito. Olha de novo e ela já mudou”.

O contágio do COVID-19 no Sul da Bahia.


Por Professor Reinaldo Soares.

Prof. Ms. Reinaldo Soares
Diretor do IBEC.

Depois de Salvador, o sul da Bahia é a região que apresenta o maior número de casos confirmados do COVID19 e a maior em proporção por 10 mil habitantes no Estado, considerando apenas os quatro municípios com maior número de casos confirmados até dia 21 de março, Ilhéus, Itabuna, Ipiaú e Uruçuca. Vejamos:

Salvador, com 2 milhões e oitocentos mil habitantes, possui 922 casos e uma proporção de 3,2 casos para 10 mil habitantes. Com 614 mil habitantes e 61 casos confirmados, Feira de Santana, tem uma proporção de 1 caso para 10 mil habitantes, já Vitória da Conquista, com 338 mil habitantes e 22 casos, possui uma proporção de 0,6 casos para 10 mil habitantes.

Com uma população de 162 mil pessoas e 92 casos confirmados, Ilhéus torna-se o centro de contágio no sul da Bahia. Somando-se com Itabuna com 213 mil habitantes e 58 casos, Ipiaú 45.800 habitantes e 15 casos e Uruçuca com 13 casos e uma população de 20.500 pessoas, soma-se 441.300 habitantes, 178 casos e uma média de 4 casos para 10 mil habitantes, tornando o Sul da Bahia, o epicentro do Coronavírus no Estado.

Neste período de quarentena, já fiz três publicações alertando o foco do contágio nos Hospitais e profissionais de saúde, destacando-se o Hospital Costa do Cacau e o Hospital Geral de Ipiaú.

A cadeia que envolve os profissionais de Saúde, tem uma característica que contribui para estes profissionais serem emissores de contágio. Eles prestam serviços em várias cidades e hospitais ao mesmo tempo. Na medida em que são contagiados, vão levando adiante esse contágio.

É dramático saber, que os profissionais contratados no Costa do Cacau, além de não possuírem os equipamentos recomendados, quando afastados para quarentena de 15 dias, não são remunerados por esse período.

Sem fazer a devida prevenção estrutural e oferecer a segurança e valorização dos profissionais (pessoas de higienização, maqueiros, agentes administrativos, técnicos de enfermagem, enfermeiros e médicos), o Governo do Estado vai transformar o Costa do Cacau no Hospital de Referência do Coronavírus da Região. Referência de quê? De Contágio?

Enquanto o Secretário Estadual Fabio Vilas-Boas, apoiado pelo Prefeito Municipal colocam a Polícia para trabalhadores e empreendedores e ainda de forma imprópria sugere que as pessoas que questionam o isolamento horizontal renunciem o uso de UTI caso precisem, o contágio se propaga por falta de EPIs, planejamento transparente e consistente para conter a pandemia, mesmo com o comércio fechado há mais de 20 dias.

Diante das reflexões feitas, apresento ações que poderão contribuir para frear o contágio em Ilhéus e região:

1- Reabertura do setor de Psiquiatria do Hospital Regional Luiz Viana Filho que antes do fechamento tinha sido totalmente reformado com duas alas e 30 leitos para ser usado como atendimento aos pacientes de Coronavírus, como foi feito com o Hospital Espanhol em Salvador;

2- Realizar imediata testagem em todos os profissionais de Saúde que atuam no Costa do Cacau e demais Hospitais da região;

3- Afastar para quarentena remunerada, os profissionais com casos confirmados;

4- Alocar na retaguarda hospitalar , os profissionais de saúde que possuem doenças que podem agravar o quadro com o COVID19;

5- Convocar, treinar e equipar os formandos de Medicina e Enfermagem de instituições públicas ou privadas que estudam com subsídios do FIES e PROUNI para atuarem nesse momento;

6- A SESAB trazer de Municípios com índice menor, como Vitória da Conquista, profissionais para suprir o efetivo da região que se encontra na quarentena;

7- Ocupar a rede hoteleira que está fechada, para hospedar esses profissionais.

Diante de tal situação, solicitamos uma posição do Ministério Público, Conselho Regional de Medicina, Conselho Regional de Enfermagem, SINDIMED, SINDSAÙDE, AMURC e DIRES.


*Os Artigos são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.

Pela abertura do Comércio e em defesa da vida


Por Reinaldo Soares.

Prof. Ms. Reinaldo Soares
Diretor do IBEC.

Como Empreendedor, venho ser solidário com todos os comerciantes de Ilhéus, e demonstrar minha preocupação com o fechamento do Comércio e a falta de Planejamento e Previsibilidade do Governo Municipal com sua abertura. Defendi o fica em casa inicialmente e continuo defendendo uma precaução em relação ao Coronavírus, no entanto, as questões abaixo me permite tomar uma nova posição, vejamos:

1- O fechamento total do Comércio ocorreu de forma precoce sem um planejamento adequado e não ouvindo os interessados;

2- No Comitê de Crise criado pelo Governo, não consta nenhum membro do Comércio e da Sociedade Civil organizada;

3- O fechamento total do comércio não fez reduzir o número de casos, pelo contrário;

4- Diante da falta de agilidade dos Governos Estadual e Municipal, o maior foco de contágio está nos Profissionais de Saúde, que corresponde a 50% dos infectados, pois estão atuando sem os EPIs. O Hospital Costa do Cacau é hoje o epicentro de contágio;

5- Os pequenos comerciantes não suportam manter seu comércio e funcionários sem receitas;

6- O setor de Comercio e serviços são os que mais geram emprego e renda em Ilhéus. Se esse setor entra em colapso, teremos uma catástrofe social em nosso Município.

Diante das justificativas acima, defendo a abertura do comércio, com a devida segurança para os funcionários e clientes.

Defendo também a liberação do transporte coletivo com no mínimo 5 ônibus por linha e seu aumento gradual com a devida higienização e fiscalização.

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O coronavírus nos profissionais de saúde de Ilhéus


Por Professor Reinaldo Soares.

Prof. Ms. Reinaldo Soares
Diretor do IBEC.

Venho prestar minha homenagem e ao mesmo tempo demonstrar preocupação com os profissionais de Saúde de Ilhéus.

No dia 22 de março, fiz uma publicação onde alertava preocupação sobre o fornecimento de EPIs para os funcionários de serviços essenciais, destacando-se os de Saúde, pois enquanto estamos  no isolamento social, eles estão na frente da batalha, se expondo e mais os seus familiares.

Passados 20 dias dessa publicação, percebe-se que essa preocupação não foi plenamente atendida, pois os Governos Municipal e Estadual não estão sendo ágeis para suprir com a devida segurança os profissionais de Saúde de Ilhéus.  Vejamos:

O primeiro caso confirmado em Ilhéus foi de um Médico; O número de profissionais de saúde confirmados com o COVID-19 tem aumentando. Em entrevista no BA TV, o Diretor Clínico do Costa do Cacau, Dr. Almir Gonçalves,  confirmou que 22 funcionários do Hospital Costa do Cacau estão afastados, e destes, 08 já estão confirmados com o CORONAVIRUS.

Pela projeção do Ministério da Saúde, um doente por COVID-19  pode contaminar mais 6 pessoas, isso significa, que por baixo, teremos 48 profissionais de saúde do Costa do Cacau infectados.

Diante destes dados preocupantes, o Governo do Estado, com o aval do Governo Municipal, vão transformar o Costa do Cacau em Hospital de Referência do CORONAVÌRUS na região, o que pode agravar essa situação. Inicialmente, o Hospital de Base Itabuna seria  essa referência.

Pela grave situação, reafirmo o que propus no dia 22 de março: reabrir o setor de Psiquiatria  do Hospital Regional Luiz Viana Filho que antes do fechamento tinha sido totalmente reformado com duas alas e 30 leitos.

Defendo a criação imediata de  um programa de Segurança física e mental para os profissionais de saúde, com o fornecimento dos EPis e acompanhamento  Psicológico para eles e seus familiares.

Sugiro o acompanhamento e monitoramento pelo Conselho Municipal de Saúde com a devida publicidade das ações desenvolvidas pela Secretaria Municipal de Saúde e a

ampliação dos membros do Comitê Municipal do Corovanírus, com a participação de membros da sociedade civil organizada.

Espero assim, está contribuindo para ações mais efetivas ao Enfrentamento do Coronavírus, no momento em que Ilhéus é a terceira cidade da Bahia com mais casos e a primeira na proporção por habitantes.

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O outro lado do Carnaval, eis a questão!


Por João José

Neste mês de carnaval estou lendo alguns textos nas redes sociais sobre a temática, que vão de mini-artigos, críticas, divisão de classes, errôneo investimento com o dinheiro público. Estas análises são realizadas por vários indivíduos da sociedade civil, assim como, por intelectuais dos vários ramos do conhecimento.

Pois bem, vejo o carnaval como um encontro de pessoas para comemorar uma data histórica, que independente da classe social, cor da pele, sexo, religião, e outros, se aglutinam para uma diversão que a maioria dos participantes não sabem o que é comemorado nesta festividade . Já alguns historiadores classificam como um festival do cristianismo ocidental que ocorre antes da estação litúrgica da Quaresma. Desta forma, cada um ao seu tempo, dançam, cultuam, riem, fazem críticas, protestam, etc. Enfim, fazem do elo de ligação cultural a ascensão de forças para serem vistos, aceitos,ouvidos; aproveitam para mostrarem a sua arte, a sua cultura, os seus problemas.

O carnaval não pode ser visto apenas como provocações para atrair a violência, para propagar as doenças sexualmente transmissíveis, para o aumento da prostituição infantil. Não, carnaval, também, pode ser o veículo para que os governos possam utilizar para divulgar e propagar as políticas públicas: de combate as drogas, a gravidez na adolescência, da conscientização do sexo com segurança/preservativo. O carnaval pode ser utilizado para dizer à população que é possível se divertir sem levar armas, sem agredir o próximo, de entender o (não do outro, seja homem ou mulher), respeite o “não”.

Se no carnaval, segundo as estatísticas aumentam o número de assédios sexuais , assim, pode se fazer desde encontro cultural uma “injeção para contagiar” o respeito à mulher, a opção sexual de cada um, de cada uma. Portanto, pode se fazer do carnaval o grande encontro da democracia, da cultura, da arte, do afeto, do riso, e, acima de tudo, da compreensão do espaço da diversidade.

Dito isto, cito algumas manifestações do carnal que repercutiram no Brasil e no mundo, aduziram a questão do poder econômico, dos países de primeiro mundo, referindo à sua evolução, retrataram a cultura das religiões de matrizes africanas, da história do Brasil (principalmente, do processo escravocrata, que assassinou sonhos, ocultou a realidade, atrasou o crescimento cultural e político do Brasil). Creio que o mais dramático de todas estas características expostas na maior festa de rua do mundo- é ter a figura do líder, do presidente do país apresentada como “palhaço” nas suas ações e exposições.

Dado ao exposto, contesto o que expressei na introdução deste texto, dos escritos de alguns intelectuais e religiosos, os quais demonizam o carnaval como o espaço/encontro de apenas relações negativas; “ que o indivíduo pobre, proletariado, trabalha o dia todo, outros, muitas vezes com uma alimentação precária, encontra forças para a noite pular, rir, assistir a sua escola de samba favorita, correr atrás do trio elétrico ,etc.”.

Consequentemente, esquecem estes religiosos e intelectuais que o carnaval gera milhões de empregos indiretos, faz a economia circular em mais de oito bilhões de reais, cria uma renda sazonal em várias localidades do país. Também, propaga a imaginação das pessoas, cada um em seu contexto, com suas temáticas, seus carros alegóricos, desenvolve uma maneira de pensar e vê o mundo por outros horizontes, principalmente pelo protagonismo das mulheres, a intolerância religiosa e de gênero, pelo mudo educacional, o mundo histórico/social, o mundo do gueto, o mundo onde as políticas públicas ainda não chegaram, o mundo em que os problemas ainda não estão nas agendas dos governantes para serem debatidos e solucionados.

*João José é Sociólogo e agente público no Estado da Bahia.

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O ilusionista político que manda indireta


Por Jamesson Araújo

O Presidente do PP- Ilhéus, Cacá Colchões, e seu mestre Jabes Ribeiro. Foto arquivo.

O governador Rui Costa (PT) não esconde que sua vontade é unir sua base em Ilhéus em prol da reeleição do atual prefeito Mário Alexandre (PSD). Com isso, vai ter que enfrentar a vontade e continuidade de outra candidatura da sua base; a do PP com Cacá Colchões.

Como todos sabem, Jabes e Marão não comungam politicamente, e uma aliança é totalmente improvável. Caso o governador resolva entrar na eleição de Ilhéus, o que fará o ex-prefeito Jabes Ribeiro ? Jogará a peteca para Cacá Colchões?

Quem conhece os bastidores da política sabe que o ex-prefeito de Ilhéus, Jabes Ribeiro, é um exímio estrategista, e a colocação de Cacá Colchões como presidente do PP-Ilhéus não foi por acaso. É sinal de que o PP de Ilhéus pode ir no lado oposto à vontade do governador.

Para quem não lembra do histórico político, Cacá foi pupilo de ACM Neto antes de se juntar ao Jabismo e ir para base do governador.

Jabes faz parte do conselho político do governador, e nos bastidores se questiona até onde ele tem coragem de jogar todo planejamento a longo prazo, inclusive ocupar uma secretaria estadual, ou até mesmo sonhar com uma vice, numa chapa de governador em 2022. Vamos aguardar !

O Carnaval é um custo ou investimento em uma cidade turística?


Prof. Reinaldo Soares.

Prof. Ms. Reinaldo Soares.

Como Mestre em Cultura e Turismo, afirmo que o Turismo é uma das principais atividades econômicas. É a indústria sem chamiminé. Ele consegue impactar em todas as camadas sociais.

Em uma cidade de clima tropical como Ilhéus, o verão é a estação mais esperada. O momento principal do verão é o Carnaval. Fala-se que no Brasil, o ano novo inicia depois do carnaval, tamanha sua influência e expectativa.

Se desejamos que Ilhéus seja uma cidade turística, não podemos reduzir a programação oficial de dezembro a janeiro, muito menos abdicar do carnaval com justificativas que não se sustentam.

Em janeiro de 2017, o Governo Municipal decretou estado de emergência na Saúde quando vivíamos uma crise dengue e chikungunya e um mês depois realizou o carnaval.

Reformas de Escolas não se faz apenas em final de governo, mas durante todos os anos e em período de férias escolares de forma planejada.

O carnaval, mais do que uma manifestação cultural, é um fonte de receita para o Município e renda para os moradores. É o momento que o ambulante desempregado pode vender seus produtos e sustentar sua família. É o momento que as pousadas e hotéis ampliam sua ocupação gerando emprego na cidade.

Portanto, planejar e executar o carnaval e outros eventos de impactos turísticos, é ter noção da importância do Turismo para o desenvolvimento econômico de ilhéus. Quem assim não faz, desconhece essa importância, age de forma amadora.

Municípios como Salvador, Porto Seguro, Itacaré, Canavieiras, Prado e tantos outros, realizam o Carnaval pois sabem o quanto esse evento Momesco traz recursos para o Município e seu povo.

Chegamos ao patamar, que as trevas têm conduzido a luz. É tempo para renovar, mudar é o caminho!

*Prof. Reinaldo Soares, é Mestre em Cultura e Turismo pela UESC/UFBA, Diretor do IBEC e da Faculdade Santo Agostinho e Presidente do Diretório Municipal do PTB.

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Ilhéus acelera em direção ao futuro


Por Alzimário Belmonte ( Gurita).

Gurita e o prefeito Mário Alexandre durante o ato de Filiação ao PSD.

Sob a gestão competente de Mário Alexandre, jovem médico que se propôs a mudar a sorte de uma cidade que agonizou por anos a fio, o município mantém preservadas as marcas de seu passado glorioso, mas conseguiu, finalmente, dar passos nos trilhos pavimentados em direção ao desenvolvimento econômico e social.

Recuperando postos de saúde, erguendo escolas, melhorando a qualidade da educação municipal e atraindo investimentos, o governo Marão começa a melhorar o Índice de Desenvolvimento humano da mais bela cidade da Costa do Cacau. Para além disso, o fomento ao turismo e aos empreendedores individuais transformam a realidade do povo.

Hábil na articulação política, Mário conduz Ilhéus com amplo apoio político, foco no social e parceria com o governo Rui Costa. Hoje, mais que um governo, Mário lidera um movimento jamais visto em Ilhéus. Com segurança, educação, saúde, desenvolvimento econômico e reforço de sua infraestrutura, Ilhéus passa por um momento histórico.

Mário merece a reeleição. A vitória de Marão representa, hoje, o enterro do atraso.

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Pontal no caminho da lama sem pai e sem mãe


Por José Rezende Mendonça

“O pau que nasce torto não jeito morre torto”. Este adágio popular é bem peculiar para as diversas aberrações que vem ocorrendo no bairro do Pontal. Mas, dentre tantas, neste relato vamos dar ênfase a dois aspectos: aos proprietários de boa parte das ruas aqui do bairro, que atendem pelo nome de locadora de veículos.

Fato comentado, repetido, discutido rediscutido e que já perdura por mais de dois anos, mesmo depois de várias reuniões com algumas secretarias do município e o ministério público. Além de vários abaixo assinados, entregues a quem de direito, com registro em atas.

Como todas as promessas sobre este caso específico, foram jogadas no lixo e no esquecimento. Com isso, as locadoras teimam em fazer das ruas do Pontal, seus estacionamentos, garagens e até posto de lavagem, onde a lama é jogada diretamente na boca de lobo (bueiro). Uma verdadeira bagunça, deixando o trânsito caótico e infernizando a vida dos moradores, que não tem mais pra quem a pelar.
E não tendo pra quem apelar, fizeram suas próprias leis, sinalizando suas portas com pirulitos, gelos baianos, cones e paralelepípedos, dando um aspecto de descaso, de terra sem lei, do “aqui ninguém tasca, que eu vi primeiro”.

Como sabemos, a maioria destes carros locados, vão para Itacaré, península de Maraú, até Barra Grande, e no retorno com “lama até o pescoço”, são largados nas portas de quem muitas das vezes nem veículo tem. Sendo obrigado a realizarem a limpeza da rua, por conta própria, pois nem garis, nas ruas do Pontal passam mais.
A lama é simplesmente canalizada com as águas da chuvas para a rede pluvial, que já é precária, pois nunca fora revitalizada nestes últimos 43 anos, apenas remendos e mesmo assim, quando não tem mais jeito, e até uma criança sabe as consequências disso.

Uma das maiores locadoras de aluguéis de carros no Pontal, simplesmente, ignorando a tudo e a todos, instalou um lava jato na atual Rua Juca Pinto (antiga Rua D. Pedro – II), até aí parece tudo tranquilo, mas, não o é. E por assim saber da impunidade, tão peculiar no Brasil, resolveu jogar toda lama (barro), proveniente das lavagens dos carros, DIRETAMENTE na calçada, que escorre paralelamente junto ao meio fio, e outra quantidade pela pista de rolamento, que se encaminham pra a boca de lobo (bueiro).

Os pontalenses no passado, tinham um bairro pitoresco, conservado, limpo e agradável pra se morar. Hoje assistem pasmos um novo bairro pedinte, que em breve, já poderá optar pelo “Bolsa Família”, pois, é o único bairro da zona Sul sem rede de esgoto; sem um posto médico, que se arrasta numa reforma sem fim; sem varredores de rua, onde a maioria delas mais parece uma “tábua de pirulito”; sem placas de sinalização vertical e placas de orientação de trânsito, e as que tinham foram tiradas, e ninguém sabe e ninguém viu; deixando os turistas, sem saber pra onde fica o aeroporto. Sem contar o abandono que deixaram nossa única praça, que foi requalificada há mais seis anos, pela força de um bairro criativo, que praticamente não existe mais. A Avenida Lomanto Júnior e a Rua 13 de Maio, que juntas, são as principais e únicas na ligação Centro/Sul/Centro, que mais parecem uma colcha de retalhos, com calçadas sujas, arrebentadas, bueiros entupidos, etc….etc….

Será que não seria mais prático e barato, restaurar a Rua 13 de Maio com uma camada de asfalto, como fora feito em algumas ruas da cidade? E não venham para cá, nos dizer que, recapear a 13 de Maio não é viável, devido não haver a rede de esgoto. Mas, se for por isso, que interditem o Pontal, o deixem de vez, sem pai e sem mãe.

Confira a galeria de fotos. Clique na imagem para aumentar !

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José Rezende Mendonça é Técnico Agrícola, aposentado/CEPLAC – Fotointérprete Especialista em Cartografia e Aerofotogrametria, na interpretação de fotos aéreas, imagens de radar e satélite.

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