O dia que Pelé tomou um chapéu de um jogador ilheense


Por Jamesson Araújo/ Editor Chefe do Site Agravo.

Manequinha, em 2010, com o radialista Marinho Santos. Foto: Jornal Tropa de Elite, de Ilhéus Bahia.

O mundo está de luto pelo passamento do maior jogador de futebol de todos os tempos, Edson Arantes do Nascimento, mais conhecido como Pelé. O tricampeão mundial pela seleção brasileira estava internado havia um mês para tratamento de um câncer no cólon e faleceu na última quinta-feira, aos 82 anos.

Apelidado de “o Pérola Negra” e “o Rei”, Pelé foi um dos três únicos jogadores a marcar em quatro copas do mundo. Em 1.363 jogos, ele fez 1.282 gols, na época de sua aposentadoria em 1977.

Em 7 de maio de 1967, o Rei Pelé esteve em Ilhéus com a delegação do Santos para enfrentar a seleção local, no Estádio Mário Pessoa. O jogo movimentou a região, e todos queriam ver o atleta que conquistou o mundo com seu futebol arte.

Mas quem foi ver Pelé e o timaço do Santos, também viu uma jogada espetacular que entrou na história do futebol baiano. Não foi o rei que exultou, mas sim o volante da seleção de Ilhéus, Manuel Gomes dos Santos, o Manequinha.

Manequinha mostrando as fotos do jogo contra o Santos de Pelé. Foto arquivo do Jornal Tropa de Elite.

Volante habilidoso com passagens pelo Flamengo de Ilhéus e Ilhéus Futebol e Regatas, Manequinha recebeu a incumbência de marcar Pelé, protagonizando um lance que marcou toda a sua vida, ao dar um “banho de cuia”, ou seja, um “chapéu”, em Pelé.

O jogo acabou 3 a 1 para o Santos, com o Rei marcando um dos gols do Peixe, enquanto Adílson, que entrou no lugar de Ivo, fez o tento de honra para o time de Ilhéus.

Quando adolescente, tive a oportunidade de conhecer e ver Manequinha desfilar com a bola no campo do Jaqueral, Rua dos Carilos, bairro da Conquista, onde rolava um baba “dos coroas”. Assim ouvi essa história do confronto com Pelé, além de jogos memoráveis contra o Bahia e Vitória.

Pai de meu amigo Marcos Guilherme, Manequinha faleceu em 2012, deixando muita saudade e história para contar.

Polícia Federal anuncia normalização na emissão de passaportes


Passaporte brasileiro. Foto Felipe Carmargo/ Agência Brasil.

A Polícia Federal (PF) informou nesta segunda-feira (26) que a emissão de passaportes está sendo normalizada. De acordo com a corporação, a distribuição dos documentos cuja demanda estava represada desde o início do mês já foi iniciada. Na semana passada, a PF chegou a informar que 108.701 pessoas aguardavam para receber o passaporte.

A entrega será gradual. Os requerentes precisam consultar o status da solicitação no portal eletrônico da PF e deverão se dirigir ao posto quando estiver constando que o passaporte está disponível.

De acordo com nota divulgada pela PF, os atendimentos de novos pedidos seguem sem alterações em todo o país. “Os prazos de entrega serão normalizados tão logo as solicitações anteriores tenham sido processadas”, informa o texto.

A confecção dos passaportes foi suspensa pela primeira vez no dia 19 de novembro por falta de recursos. Na semana seguinte, o governo federal remanejou R$ 37,36 milhões do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico para a reativação do serviço. Mas esse montante só foi suficiente para atender a produção dos documentos solicitados até o dia 30 de novembro, culminando em uma nova suspensão em 1º de dezembro.

O passaporte é um documento que comprova a identidade do viajante. Nele, são registradas as entradas e saídas do país, além de vistos e autorizações. Para obter o documento, é preciso pagar uma taxa de R$ 257,25. O valor arrecadado, no entanto, não é administrado pela PF, pois os recursos são encaminhados para a conta do Tesouro Nacional.

A ganância do PT liga o alerta dos aliados


Por Jamesson Araújo
O PT esteve na corda por muitos anos, após a histórica Lava Jato, que mostrou aos brasileiros as entranhas do poder. Em 2022, o partido de Lula surfou na onda anti bolsonarista e chegou ao poder com arco de aliança, que sacramentou a vitória no segundo turno.

Parece que o PT não aprendeu com os problemas que enfrentou, e continua ingrato e mesquinho. Esfomeado pelo poder, pisa em aliados, antes mesmo de Lula subir a rampa do palácio.

Parte do PT, diga-se sul e sudeste, articularam para que membros os partidos da região nordeste não ocupassem ministérios importantes. Isso mesmo!

Como pode tentar barrar nomes de uma região que deu a vitória a Lula e ao PT?

Nome disso é ganância, e não briga política por espaço. Isso vem gerando preocupação nos aliados. A vítima do momento, é a senadora e ex-candidata a presidente, Simone Tebet, cotada para ministério do Desenvolvimento Social.

A senadora foi fundamental, peça chave para que Lula superasse no segundo turno, todas as adversidades impostas pela máquina pública comandada pelo bolsonarismo.

Petistas temem que, se assumir o Ministério do Desenvolvimento Social (atual Cidadania), Tebet acabe turbinando suas chances eleitorais para 2026. Isso porque, gerenciando os valores bilionários do Bolsa Família, a senadora pode se aproximar dos eleitores de baixa renda e criar um capital político mais forte.

Apesar da vontade do PT de se apropriar da maior parte do governo, o presidente Lula vem mostrando insatisfação com voracidade de alguns seus companheiros. A indicação de Rui Costa, foi uma forma de Lula dizer que quem manda do governo é ele.

Granadas e tiros derrota Bolsonaro


Por Jerbson Moraes

A demora com a qual Bolsonaro mudou sua postura mostra o quanto o episódio desnorteou sua campanha. A guerra entre as alas do bolsonarismo nas redes sociais é apenas um aperitivo. Se a grosseria inominável de Jefferson com Cármen Lúcia já havia sido grave, os tiros de fuzil e as granadas lançadas contra policiais federais que foram cumprir a ordem de sua prisão têm o potencial de se transformarem na antifacada de 2022. Administrado com competência durante um mês, em 2018, o ataque a Bolsonaro foi decisivo para a vantagem colocada pelo presidente sobre Fernando Haddad no primeiro turno que se mostrou irreversível no segundo.

O tempo mais curto até o segundo turno deste ano favorece a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Tem potencial até para tirar votos de Bolsonaro. E não apenas do presidente-candidato. Até Haddad ganha uma chance de reverter sua desvantagem. Não apenas porque seu adversário, Tarcísio de Freitas, que lidera a disputa, cometeu o mesmo erro de Bolsonaro mas porque, em campanhas eleitorais paulistas, a integridade da força policial é cláusula pétrea.

E, finalmente, some-se aí a dobradinha escancarada feita por Bolsonaro, no último debate do primeiro turno, com Padre Kelmon, que era vice de Roberto Jefferson e assumiu quando decretada sua inelegibilidade. Se a dobradinha foi importante para tirar Lula do prumo no debate, a presença de Kelmon na mediação da rendição de Jefferson carimba a condição do PTB como “laranja” do bolsonarismo.

Lula foi sereno na condenação do episódio, vinculando-o às agressões sofridas por Marina Silva durante sua viagem a Minas Gerais e colocando ambas no mesmo saco das agressões surgidas na política brasileira sob inspiração bolsonarista: “A gente nunca viu uma aberração dessas, uma ofensa, uma cretinice como a que esse cidadão que é meu adversário estabeleceu no país. Ele conseguiu criar uma parcela da sociedade brasileira raivosa, com ódio e mentirosa”.

Jerbson Moraes é advogado, vereador, e presidente da Câmara de Ilhéus. 

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Os artigos publicados são de inteira responsabilidade de seus autores. As opiniões neles emitidas não exprimem, necessariamente, o ponto de vista do Blog Agravo.

Ilhéus precisa mostrar a sua força e gratidão votando 13


Artigo de Jerbson Moraes

Sempre digo que gratidão é um dos atos mais nobres que uma pessoa pode ter, porque para ter gratidão precisamos voltar ao passado, ao momento que já passou e que fizeram por nós, e nem sempre queremos olhar para trás.

Meus amigos de Ilhéus, no dia 30 de outubro precisamos demonstrar gratidão com a nosso voto a tudo que o atual governador Rui Costa fez pela nossa região nestes últimos anos. O governo de Rui Costa é um dos grandes responsáveis pelo desenvolvimento da nossa cidade. Ilhéus foi uma das cidades que mais recebeu investimento do governo do estado, chegando a próximo de 1 BILHÃO, ficando atrás somente de Salvador, a nossa capital.

Ilhéus está vencendo, crescendo, progredindo e não podemos retroceder, mexer no time que está ganhando e voltar para o retrocesso e abandono que a região viveu nos governos passados e que sempre tentam voltar ao poder.

A cidade hoje tem uma nova cara. O TIME CORRERIA fez muito por Ilhéus: Hospital Regional Costa do Cacau; Hospital Materno-Infantil de Alta Complexidade e UTI Pediatrica e Neonatal; UPA 24h; Duplicação da Orla Sul, a nossa tão sonhada Ponte Jorge Amado. E o TRABALHO PRECISA PROSSEGUIR COM JERÔNIMO dando continuidade ao Fechamento do Canal do Malhado; à duplicação da Zona Sul até o Cururupe; Ampliação e Revitalização da Zona Norte; Policlínica regional de Ilhéus; entre muitas outras que estão em andamento.

No dia 30 de outubro Ilhéus precisa mostrar a sua força e votar 13 para o trabalho poder continuar e nossa cidade continuar no caminho do desenvolvimento!

Autor: Jerbson Moraes é advogado, vereador, e atualmente é o presidente da Câmara de Ilhéus.

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O desafio da região do sul: voltar a ter voz na ALBA


Por Bebeto Galvão

O resultado das próximas eleições será decisivo para superarmos o desastre – econômico e social – que o atual presidente submeteu o Brasil. Considero decisivo incidirmos nos debates desse processo eleitoral para uma reorientação no Projeto Nacional. E neste contexto, as eleições abrem possibilidades de mudanças no rumo para o desenvolvimento brasileiro.

Se analisarmos as crises econômicas recentes e as saídas pífias apresentadas por Bolsonaro, será possível compreender que revelam um tecido social e produtivo fragilizado e sem indução, um País que tem os piores patamares de investimento produtivo e social.

A produção que temos hoje, uma crise econômica que draga a atividade industrial, cujo setor vem perdendo de forma acentuada sua competitividade, chega aos piores índices da desindustrialização e sem qualquer programa virtuoso competitivo que supere as desigualdades de produtividade entre as pequenas, médias e grandes empresas.

Considero de extrema importância para retomada da industrialização da economia de base, um maior investimento em energia renováveis, inovação em pesquisas e educação com foco na melhoria no índice de produtividade.

No que tange às fragilidades sociais, os números saltam e geram tropeços ao Brasil com um infame retrato de 33 milhões de famintos, 125 milhões em insegurança alimentar e 13 milhões de trabalhadores economicamente ativos desempregados, infelicitando lares e famílias brasileiras.

A renitente inflação que corrói os parcos salários dos que ainda trabalham, atrelados com a alta dos preços, pavimenta uma realidade de muito sofrimento e dor por falta de vida digna para as famílias. No contexto dos debates relativos às questões nacionais e seus impactos nos estados também estamos desafiados a construir representações políticas que possam vocalizar, para além das questões nacionais evidenciadas, a defesa da agenda econômica e social da região sul do estado na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA).

A região sul possui importantes matrizes econômicas com demandas infraestruturais, tributárias e de serviços, e milhares de eleitores com reivindicações, que hoje se encontram órfãos de uma representação institucional com pertença. Os deputados estaduais, Ângela Sousa e Augusto Castro (hoje prefeito de Itabuna), não renovaram seus mandatos.

Vale ressaltar que os referidos ex-parlamentares, e modéstia à parte, Davidson e eu, enquanto deputados federais defendemos muito dos investimentos realizados hoje na região pelo governador Rui e pelo senador Wagner, que executaram o maior pacote de investimentos em 30 anos.

Para citar alguns, refiro-me aos hospitais: Costa do Cacau, Materno-Infantil de Ilhéus; duplicação da Ilhéus-Itabuna, recapeamento da BA-001; barragem do Rio Colônia em Itapé; requalificação Teatro Candinha Dória em Itabuna; nova Ponte Ilhéus-Pontal, entre tantas obras regionais importantes.

Ora, se ao deputado cabe por delegação do povo, demandante dos temas da sociedade, quem está demandando em nome da região, e se está quem legitimou tais demandas?

Por isso, considero ser central termos alguém legitimado pelo voto regional que possa construir consenso progressivo com os atores econômicos e sociais em torno da agenda da região e exercê-la com legitimidade.

Dessa forma, tomo a liberdade de dizer que a candidatura de Soane Galvão se insere no contexto do debate sobre nossa representação e quais temas devemos trabalhar.

Soane tem apresentado uma consistente discussão sobre questões importantes como: ligação por ponte, da Costa do Descobrimento à Costa do Cacau, formando grande corredor da BA- 001 até Itaparica, potencializando o fluxo turístico do sul e baixo sul e Contorno Rodoviário em Ilhéus.

Também integram o rol: Financiamento e Assistência Técnica para Agricultura Familiar e Ampliação do Bahia Produtiva; Políticas Públicas de Emprego e Autonomia Financeira para as mulheres que sofreram violência, com auxílio por parte do Estado; Educação Integral; e Inovação Tecnológica nas escolas com tablets para professores e alunos.

O Polo de Logística, o Porto Sul e a Ferrovia, além da luta para atrair a indústria de beneficiamento do minério e agregar valor ao produto, têm defendido a transformação da região em polo chocolateiro com produção dos chocolates gourmet ou de origem, entre outros temas, fruto de larga escuta social.

Como gestora, Soane mostrou sua capacidade nas secretarias de Assistência Social e Desenvolvimento Econômico, esta última com resultados na atração de inúmeras empresas, melhora do emprego, da renda e do ambiente de negócios da cidade.

Sua rara sensibilidade social, determinação e clareza sobre a região a tornam nossa mais segura e excelente opção para nos representar na Assembleia. Por tudo isso, eleger Soane é reconquistar um mandato na Assembleia, é ter a certeza que a região estará em boas mãos, quer seja por seu compromisso, quer seja por uma necessidade de representação.

E sem demérito aos demais candidatos, seguramente o desafio da região é com Soane voltar a ser representada na ALBA.

BEBETO GALVÃO 

Vice-prefeito Ilhéus

Despedida do líder político Fernando Gomes


Por Augusto Castro.

Na próxima quinta-feira, dia 28, Itabuna completará 112 anos de emancipação político-administrativa. Ao longo de pouco mais de um século, o ex-prefeito Fernando Gomes teve 45 anos de sua vida diretamente ligada a esta cidade.

Itabuna e Fernando Gomes estão entrelaçados. O legado de Fernando está em cada canto do nosso município.

Entre nós, sempre prevaleceu o respeito. E reconheço em Fernando Gomes a figura de um grande líder político. Dono de uma personalidade única, despertava os mais diversos sentimentos entre aliados e adversários, mas, com um carisma genuíno, conquistava todas as pessoas que dele se aproximavam.

Soube cultivar a lealdade de seus aliados e eleitores. Itabuna e Fernando Gomes sempre serão inseparáveis. O povo desta cidade, por cinco eleições, confiou a Fernando o seu destino. Também lhe deu três mandatos de deputado federal, sendo um constituinte.

Todos nós políticos somos levados a diariamente tomar decisões importantes e complexas. Por vezes, erramos. Mas Fernando foi um político que nunca teve medo de tomar decisões e de assumir os bônus e os ônus de suas decisões.

Na próxima quinta-feira, dia 28, Itabuna completará 112 anos de emancipação político-administrativa. Ao longo de pouco mais de um século, o ex-prefeito Fernando Gomes teve 45 anos de sua vida diretamente ligada a esta cidade.

Itabuna e Fernando Gomes estão entrelaçados. O legado de Fernando está em cada canto do nosso município.

Entre nós, sempre prevaleceu o respeito. E reconheço em Fernando Gomes a figura de um grande líder político. Dono de uma personalidade única, despertava os mais diversos sentimentos entre aliados e adversários, mas, com um carisma genuíno, conquistava todas as pessoas que dele se aproximavam.

Soube cultivar a lealdade de seus aliados e eleitores. Itabuna e Fernando Gomes sempre serão inseparáveis. O povo desta cidade, por cinco eleições, confiou a Fernando o seu destino. Também lhe deu três mandatos de deputado federal, sendo um constituinte.

Todos nós políticos somos levados a diariamente tomar decisões importantes e complexas. Por vezes, erramos. Mas Fernando foi um político que nunca teve medo de tomar decisões e de assumir os bônus e os ônus de suas decisões.
Como político, nunca fugiu de uma boa briga em defesa de Itabuna. Principalmente, contra os poderosos. Sempre de cabeça erguida, conquistou parte da população da nossa cidade, com a imagem do político corajoso e determinado, mas aberto ao diálogo.

Com seu jeito simples, Fernando era um homem de grande visão política e administrativa. Conseguiu criar uma multidão de seguidores, que reconhecia nele o líder político.

Itabuna hoje mostra ao Brasil que, na política, existem, sim, diferenças ideológicas, diferenças partidárias, diferentes interesses, mas que o respeito às diferenças deve prevalecer. Itabuna mostra ao Brasil que essas diferenças, por maiores que sejam, tornam-se mínimas diante de um povo que reconhece os grandes nomes de sua história.

Parafraseando o saudoso presidente Getúlio Vargas, em sua carta testamento, eu digo: Fernando hoje deixa a vida para definitivamente entrar na história de Itabuna.

Nesse momento em que nos despedimos de Fernando Gomes, em meu nome, da minha esposa Andrea Castro, dos integrantes do nosso governo e, principalmente, da gente de nossa cidade, agradecemos a esse homem do povo por tudo que ele fez por Itabuna.

Solidarizo-me, mais uma vez, com seus familiares, amigos e aliados e peço a Deus que o receba em paz e com muita luz.

Augusto Castro é prefeito de Itabuna.

Eleições Bahia 2022- Poder das pesquisas na estratégia dos candidatos


Por Angelo Martins

Após uma incrível reviravolta na formação da chapa governista, com a impensável assunção do desconhecido Jerônimo em substituição ao conhecidíssimo Jaques Wagner, com a troca de apoios igualmente imprevisíveis (João Leão/PP indo pro campo da oposição e o PMDB voltando ao colo do PT), o cenário político de momento aponta para uma clareza de estratégia poucas vezes vistas.

No lado oposicionista, as pesquisas de momento apontam para uma liderança folgada de ACM Neto, na casa dos 60% nas pesquisas sem associação com a eleição nacional e, quando associada campanha pra presidente acima da casa dos 40%. João Roma por sua vez, aparece na casa dos 10%.

No lado Governista, o desconhecidíssimo Jerônimo do PT salta para casa dos 30% quando associado ao nome do ex-presidente Lula, líder das pesquisas.

É aqui que as estratégias se apresentam.

Antes de mais nada, não sejamos presunçosos. A política é uma ciência complexa, que mexe com subjetivismos, dai ser tão controversa. As razões de devoção de um eleitor a um determinado político pode ser a da rejeição de outro eleitor. 

A profissionalização da política conduz, por exemplo, a um papel de preponderância as pesquisas, mas, não necessariamente essas, que citamos anteriormente, a chamada “Pesquisa Quantitativa” que diz quem está na frente.

A pesquisa que mais interessa saber, e que quase nunca é divulgada por ser a chave da estratégia de cada agrupamento é a chamada “Pesquisa Qualitativa”, em linhas gerais, um grupo eleitores representativo do espectro do eleitorado é submetido a uma série de questões quais suas reações são filtradas para compor um resultado.

Mesmo desconhecendo o resultado dessas pesquisas, pelo comportamento dos principais candidatos parece evidente o resultado desses estudos.

O melhor cenário para ACM Neto é fugir de antagonizar com Lula do PT e, ao mesmo tempo, não se associar a Jair Bolsonaro nem antagonizar com o mesmo, encampando o discurso de que é candidato ao Governo da Bahia, portanto, não misturando os pleitos.

O melhor cenário para Jerônimo é colar a imagem a Lula do PT e, ao mesmo tempo associar ACM Neto a Jair Bolsonaro. A história do Time de Lula será repetida mais uma vez.

Dada a força de Lula na Bahia, João Roma parece ter a missão mais difícil, precisa colar no Presidente Jair Bolsonaro, que por sua vez, segundo as pesquisas de hoje, lhe dariam no máximo ¼ do eleitorado local, insuficiente pra pensar numa vitória.

A questão que muitos perguntam é, será que Lula será capaz de passar todo seu capital político na Bahia para Jerônimo ou o eleitor vai votar em Lula e ACM Neto, numa dobradinha informal?

Muitos que acham que o voto casado virá e que Jerônimo poderá repetir Wagner em 2006 e 2010 Rui em 2014 e 2018. A benção de Lula seria suficiente.

Tudo é possível, mas, algumas situações são bem pedagógicas.

A primeira é que, ao que indica, Lula, já sem a força de outrora, numa eleição que tem tudo pra ser acirrada, também não parece estar muito disposto a antagonizar com ACM Neto e anular um potencial apoio de um candidato inegavelmente favorito.

Se Lula estivesse “voando” certamente seria muito útil para Jerônimo. O Lula de 2022 não é nem de longe o líder da onda vermelha que varreu o país em 2002 até 2014, embora não se possa desprezar sua força, especialmente na Bahia.

Por outro lado, ACM Neto parece já estar familiarizado com a estratégia “equilibrista”, foi assim em 2012, em sua primeira eleição de prefeito quando venceu o Candidato do PT, Nelson Pelegrino, num segundo turno apertadíssimo, tendo o Governador (Wagner), a Presidente (Dilma) e Lula ostensivamente na campanha.

Na sua reeleição de ACM Neto, dado seus altíssimos índices de aprovação, o PT sequer lançou candidato, outorgando a missão espinhosa para Alice Portugal (PC do B), Neto foi reeleito no 1º Turno com 74% dos votos, Alice teve 15% com apoio de Governador (Rui), Lula ostensivamente na campanha. Na época, o PT tentou colar o impopular Temer em Neto.

Na eleição de prefeito de 2020, o PT mudou a estratégia, na fadiga de nomes, colocou a desconhecida Major Denice pra enfrentar Bruno Reis o pupilo de ACM Neto. O roteiro era o mesmo, colar o grupo de Neto em Bolsonaro. Reis foi eleito com 64% dos votos, no primeiro turno.

Obviamente que a eleição pra Governador é de espectro maior. São 415 municípios, cuja base governista tem a maioria dos prefeitos.

Por outro lado, ACM Neto construiu um arco de maior aliança política, muito maior que a governista. Some-se ainda que a “marca” ACM ainda tem um séquito de seguidores…. enfim, a eleição tem tudo para ser definida a um lado, apenas e somente a estratégia escolhida for a certa.

Estará ACM Neto apostando certo em não se vincular?     Estará o PT apostando certo em tentar colar em Neto a pecha de Bolsonarista? 

E os Bolsonaristas, abandonarão o candidato do Capitão pra garantir a retirada do PT do poder já no 1º turno, ou acreditam que Roma é viável?

Uma coisa é certa, todas as peças mexidas nesse tabuleiro têm um porquê não baseado em subjetividade, mas, como disse, nas tais “pesquisas qualitativas”.

Por fim, a prática. A campanha de ACM Neto lançou o jingle uma nova versão do avô de 1989 (“ACM meu amor”). A campanha de Lula lançou o jingle uma nova versão da campanha de 1989 (“Lula lá”), certamente, a “pesquisa qualitativas” captou a mensagem que o eleitor quer de ambos. 

Companhias aéreas aumentam preço da bagagem despachada


Aeroporto Jorge Amado. Foto Ulgo Oliveira.

As maiores companhias aéreas do país, Gol, Azul e Latam, aumentaram o preço do transporte das bagagens despachadas. A companhia Gol, nos voos que não oferecem o despacho gratuito das malas, passou, desde o último dia 5, a cobrar preços que variam de R$ 95 (1ª bagagem) a R$ 250 (3ª a 5ª), nos voos domésticos; e de R$ 199 a R$ 650, nos voos internacionais. Os preços anteriores eram, respectivamente, de R$ 80 a R$ 250, e de R$ 100 a R$ 650.

“A Gol afirma que o reajuste nos valores para o despacho de bagagens se deve ao atual cenário de aumento de custos na aviação comercial, e ainda como forma de adequação aos valores praticados pelo mercado”, destacou a companhia em nota.

A Latam elevou o preço para o despacho de bagagens no último dia 14, mas apenas para os voos nacionais. O valor mínimo passou de R$ 65 para R$ 75, e o valor máximo continuou em R$160. Segundo a Latam, a guerra na Ucrânia impactou diretamente o preço do petróleo e, consequentemente, o preço do querosene da aviação, e nos custos da empresa. “Esse cenário também impacta em aumento de preços das passagens e serviços adicionais da ordem de 25% a 30%”.

A empresa Azul elevou, em 7 de março, o preço da primeira bagagem: o valor mínimo passou de R$ 80,00 para R$ 90,00 em trechos domésticos. O preço máximo continua em R$ 250. Nos trechos internacionais, não houve alteração dos preços.

O PT da Bahia está cambaleando


Por Jamesson Araújo

Com a desistência do senador Jaques Wagner em concorrer ao governo da Bahia,  o Partido dos Trabalhadores ficou desnorteado. A situação é tão desesperadora, que o partido não tem um nome forte para suceder ao ex-governador, e ventila nomes com avaliação muito baixa, o que provocaria uma derrocada vergonhosa para ACM Neto.

O clima é de velório, seguindo o caminho do sepultamento. Com o não do também senador Otto Alencar (PSD) em substituir Wagner na cabeça de chapa, acendeu a luz amarela na articulação do presidente Lula.

A turma ainda levantaram a hipótese de colocar o deputado ligados as empresas de ônibus na vice de Otto. Ai meus amigos, a chapa é natimorta!

A única saída seria o retorno de Wagner a cabeça de chapa. Para isso, o governador Rui  Costa teria que deixar de concorrer ao senado. Fato esse pouco improvável!

O governador quer o foro privilegiado! O que isso quer dizer? Tudo!

A avaliação que temos é que o governador tem receio de como as investigações sobre os desvios do caso respiradores podem transcorrer. Transparece mais ainda, que ele não tem confiança que o presidente Lula vença a eleição para presidente. O governador empurra goela abaixo a sua base, a vontade de virar senador.

Quem assiste a tudo de camarote, é o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, que vem liderando as pesquisas ao governo da Bahia, e com a mudança do candidato governista, tende a aumentar sua vantagem.

Com todo esse enredo, é esperado que aconteça uma debandada enorme na base do (PT) baiano. A articulação de Lula, em tirar Wagner da cabeça de chapa, pode ter entregue um dos poucos estados comandado pelo (PT), a direita.

O clima é de avaliação, e de articulações, que podem decretar o fim de uma era na política da Bahia.

Se a turma do (PT) cambalear, a eleição da Bahia não terá segundo turno!

Wagner oficializa ao PT que não será candidato. Partido definirá nova tática nos próximos dias