MP acionou Município de Ilhéus para coibir supressão irregular de árvores


Prefeitura fez a retirada de árvores,  amendoeiras, do setor viário da ponte. Foto de Jamesson Araújo.

 

Uma ação civil pública ambiental com solicitação de medida liminar que obrigue o Município de Ilhéus a não suprimir árvores localizadas na Avenida Soares Lopes foi apresentada pelo Ministério Público estadual à Justiça na última quinta-feira, dia 9. No documento, o promotor de Justiça Paulo Eduardo Sampaio Figueiredo pediu que as árvores, relacionadas ao acesso viário da Ponte Jorge Amado, não fossem retiradas sem apresentação prévia do plano de manejo de fauna. “As referidas árvores abrigam famílias inteiras de pássaros do gênero ‘maritaca’, os quais ali residem há décadas e não estão tendo o devido tratamento de serem remanejados para outro local”, alertou o promotor.

Paulo Figueiredo destacou que não se sabe se houve plano de manejo de fauna no processo de licenciamento ambiental da obra do acesso viário. Segundo ele, a informação já foi requisitada, mas, “ainda que tenha havido esse estudo e tenha sido incluído no licenciamento ambiental da obra, o mesmo não está sendo devidamente cumprido pelo Município de Ilhéus, em detrimento daquelas aves desamparadas”. O promotor de Justiça explicou que as aves são espécie selvagem do bioma Mata Atlântica e possuem características altriciais – não sobrevivem sem os seus pais. Para ele, a supressão das árvores e, consequentemente, dos ninhos levará ao declínio de toda uma geração, o que pode afetar a perpetuação dessa população de pássaros no Centro de Ilhéus.

De acordo com o promotor de Justiça, o Ministério Público do estadual tomou conhecimento dos fatos na terça-feira, dia 7, por meio de representação encaminhada ao e-mail funcional sobre a erradicação de árvores amendoeiras centenárias na Avenida Soares Lopes. A situação foi prontamente apurada e a ação civil pública ajuizada.

Cientistas descobrem nova espécie de perereca-de-bromélia na Bahia


Pererequinha-de-bromélia foi encontrada na Bahia – Divulgação/Fundação Boticário.

 

Foi ouvindo o som que saía de bromélias localizadas a 20 metros de altura, em árvores remanescentes da Mata Atlântica baiana, que o professor Mirco Solé, do Departamento de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Santa Cruz (BA), teve seu primeiro contato com aquilo que, 13 anos depois, seria mais uma de suas seis descobertas científicas: a Phyllodytes magnus, uma nova espécie das chamadas pererequinhas-de-bromélia.

Com isso, já estão contabilizadas 14 espécies diferentes desse pequeno anfíbio que nasce, cresce, reproduz e morre em meio às bromélias.

Pesquisas já comprovaram que pelo menos uma dessas espécies tem como uma de suas fontes de alimento larvas de mosquitos que transmitem doenças como dengue, zika ou chikungunya. “De fato as pererequinhas-de-bromélia desempenham função ecológica que beneficia o ser humano”, disse o professor.

“Dentre elas [as 14 espécies já descobertas] têm uma que já foi estudada, e da qual sabemos que os girinos conseguem se alimentar de larvas de mosquitos. Ela atua como controlador biológico de larvas de mosquitos que transmitem dengue, zika ou chikungunya, que se desenvolvem nas axilas de bromélias.”

Difícil acesso

Uma das primeiras dificuldades que os pesquisadores tiveram para avançar os estudos foi o acesso à copa das árvores, localizadas 20 metros acima do solo, onde ficam as bromélias que servem de habitat para essa espécie, que chega a medir 4 cm.

“Isso foi por volta de 2007, em Uruçica [município a cerca de 40km de Ilhéus], quando fazíamos o inventário dos anfíbios a pedido da dona de uma RPPN [Reserva Particular do Patrimônio Natural, um tipo de unidade de conservação particular]. Foi ali que, pela primeira vez, ouvimos o canto diferenciado dessa perereca que tem sua vida intimamente ligada às bromélias”, lembrou o pesquisador.

O canto citado por Solé é emitido pelos machos da espécie como estratégia de atração de fêmeas à sua bromélia.

Nova espécie para a ciência

Posteriormente, foram encontrados outros indivíduos da espécie na Estação Ecológica Estadual de Wenceslau Guimarães e no Parque Estadual da Serra do Conduru, ambos na Bahia. “Começamos então um estudo de taxonomia integrativa no qual analisamos a morfologia externa, genética, o canto e até a morfologia interna dos animais. Chegamos à conclusão de que se tratava de uma espécie nova para a ciência. Batizamos de Phyllodytes magnus”, disse o professor Solé, referindo-se aos termos que significam quem entra nas folhas e grande, respectivamente.

“Parece um nome muito pretensioso para uma pererequinha de apenas quatro centímetros. Porém, se levarmos em conta que a maioria das 14 espécies do grupo não alcança três centímetros, o magnus é um verdadeiro gigante no reino dos anões”, destacou o professor do Programa de Pós-Graduação em Zoologia da UESC, Iuri Ribeiro Dias.

As pererequinhas-de-bromélia são animais que se encontram unicamente no Brasil. Com exceção de uma espécie que chega até o Rio do Janeiro, todas as demais são essencialmente nordestinas.

Descrição

O estudo identificou um distanciamento genético superior a 6% em relação a outras pererequinhas-de-bromélia. Além do tamanho, a Phyllodytes magnus se distingue por possuir tom amarelo pálido, um canto diferente, pele granulosa na região dorsal e pela ausência de uma listra escura na lateral do corpo, comum a outras espécies do grupo.

“Descrever espécies novas é o que chamamos de ciência básica. É só a partir da descrição científica que podemos investir em outros tipos de pesquisas mais aplicadas. As pererequinhas-de-bromélia se alimentam, sobretudo, de formigas. Formigas dispõem de um verdadeiro arsenal químico de defesa, como, por exemplo, o ácido fórmico. As pererecas podem ou eliminar essas substâncias ou bioacumular elas, a ponto de, inclusive, usá-las para sua própria defesa”, informou Solé.

“Essas substâncias podem ser pesquisadas e, quem sabe, serem futuramente utilizadas para desenvolver remédios”, disse o professor de nacionalidades alemã e espanhola, que chegou ao Brasil em 1998.

Novos estudos

Com a descoberta, novas perguntas surgem sobre a espécie e, com isso, a expectativa é de que novos estudos sejam implementados. “Primeiramente queremos entender se o que temos descoberto para uma das espécies de pererecas-de-bromélias – o fato de elas conseguirem se alimentar de larvas de mosquito – é uma peculiaridade dessa única espécie ou se é um padrão para todas as espécies do gênero”, afirmou o pesquisador.

Segundo ele, caso se confirme que todas as espécies atuam como biocontroladores de mosquitos “ficará mais fácil explicar a importância de preservá-las para a sociedade.” Para isso serão feitos experimentos no Laboratório de Herpetologia Tropical da UESC, informou.

“Acreditamos que a nova espécie possa ocorrer em outros locais de Mata Atlântica da Bahia. Porém, como os últimos fragmentos dessa floresta estão sendo destruídos a um ritmo acelerado, a sobrevivência da espécie pode estar comprometida”, complementou.

Governo assina acordo para gestão de recursos socioambientais do Porto Sul


 Área que será construído o Porto Sul. Foto José Nazal.

 

Com a finalidade de assegurar o desenvolvimento sustentável, a integridade das funções ecológicas e os serviços ecossistêmicos da região Sul, foi assinado, na quarta-feira (24), o termo de acordo para gestão dos R$ 45 milhões oriundos do Termo de Compromisso Socioambiental (TCSA) do empreendimento Porto Sul.

Após o recebimento e julgamento das propostas do chamamento público, o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), associação civil sem fins lucrativos, foi a entidade selecionada para gestão financeira e operacional dos recursos. O termo de acordo tem prazo de vigência de seis anos, podendo ser prorrogado.

Determinando medidas para prevenir danos ambientais e mitigar impactos na região do Porto Sul, o TCSA foi firmado pelo Governo da Bahia, por intermédio da Casa Civil e da Secretaria do Meio Ambiente (Sema), Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), Ministério Público do Estado da Bahia, Ministério Público Federal, Procuradoria Geral do Estado (PGE) e Bahia Mineração S/A (Bamin) – responsável pelo aporte dos recursos.

“A entidade selecionada será responsável pelo cumprimento das obrigações e execução das ações constantes do TCSA. Entre estas ações, destaco a aquisição de Unidades de Monitoramento Remoto (UMR’s) para Coleta de Dados da Qualidade da Água; monitoramento da cobertura vegetal; aquisição e doação de bens para estruturação da fiscalização ambiental federal, estadual e municipal; revisão e implementação de Planos de Manejo de Áreas de Preservação no Sul do Estado, a exemplo de Itacaré e Serra Grande. A equipe técnica do Estado se debruçou atentamente para elaboração de um edital que efetivamente contemplasse as necessidades de preservação e desenvolvimento socioambiental do Sul do estado”, afirmou o secretário do Meio Ambiente, João Carlos Oliveira.

O Comitê Técnico de Execução do TCSA, formado por servidores da Sema e do Inema, fará o acompanhamento, monitoramento, fiscalização, avaliação e prestação de contas ao Ministério Público acerca da execução dos compromissos assumidos. O Comitê também acompanhará a seleção e contratação de terceiros pela instituição selecionada, bem como a execução dos serviços e ações realizadas pelos terceiros contratados. É ainda responsabilidade do Comitê, elaborar relatórios semestrais informando o cumprimento das obrigações do TCSA, que deverão ser publicados no website da Sema.

Porto Sul

O Porto Sul tem investimento total previsto de R$ 2,5 bilhões e será construído na localidade de Aritaguá, no litoral norte de Ilhéus. Pelo porto será escoado, principalmente, o minério de ferro extraído pela Bahia Mineração no município de Caetité. A estrutura contará com um terminal, com capacidade de armazenamento e transporte de até 41,5 milhões de toneladas de minério de ferro/ano.

O minério sairá de Caetité e chegará ao porto, em Ilhéus, a partir da Ferrovia Oeste-Leste (Fiol), que terá capacidade para transportar 60 milhões de toneladas por ano. Com projeção para plena operação a partir de 2024, o corredor logístico irá escoar e distribuir minérios e grãos produzidos no estado, podendo gerar aumento de 1,93% no PIB da Bahia.

Funbio

O Fundo Brasileiro para a Biodiversidade é um mecanismo financeiro nacional privado, sem fins lucrativos, que trabalha em parceria com os setores governamental e privado e a sociedade civil para que recursos estratégicos e financeiros sejam destinados a iniciativas efetivas de conservação da biodiversidade.

Desde 1996, o Funbio já apoiou 291 projetos que beneficiaram 248 instituições em todo o país. Entre as principais atividades realizadas estão à gestão financeira de projetos, o desenho de mecanismos financeiros e estudos de novas fontes de recursos para a conservação, além de compras e contratações de bens e serviços.

Itacaré com comemora Dia Mundial do Meio Ambiente com alerta para a biodiversidade


Imagem divulgação.

Conhecida no mundo inteiro pelas belezas naturais e pela rica biodiversidade, o município de Itacaré comemora nesta sexta-feira, dia 05 de junho, o Dia Mundial do Meio Ambiente com um apelo para que todos preservem a natureza e garanta esse grande patrimônio natural que encanta turistas de vários países. De acordo com o prefeito de Itacaré, Antônio de Anízio, o município é conhecido como um verdadeiro paraíso baiano, um destino completo, mas é preciso que essas belezas naturais continuem sendo preservadas, daí a importância da conscientização e da fiscalização de todos.

E esse ano, além das ações que vem sendo desenvolvidas de fiscalização e conscientização sobre a biodiversidade, Itacaré criou a Campanha Asas Livres, lançada pela Prefeitura Municipal e pelo Conselho de Meio Ambiente, com o intuito de educar a população sobre os danos que a captura, compra e venda de aves silvestres têm no meio ambiente, saúde pública e bem-estar animal. Desta forma, lançada durante a quarentena, a campanha vem trabalhando para a geração de conteúdo virtual, divulgação nas redes sociais e em pontos estratégicos na cidade.

O secretário de Meio Ambiente de Itacaré, Marcos Luedy, informou que não poderia falar da biodiversidade nessa luta pela preservação ambiental sem falar das aves. Existem no mundo cerca de 10.426 espécies de aves (dados da BirdLife International). Dessas, 1.919 espécies são encontradas no Brasil, segundo o Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos (CBRO). Esse alto número de espécies coloca o Brasil dentre os três países detentores da maior diversidade de aves do mundo. No entanto, esta rica biodiversidade está ameaçada. As aves são o principal alvo do tráfico de animais silvestres no nosso território e correspondem a 80% das espécies contrabandeadas no mercado ilegal.

Foi pensando em evitar esse comércio ilegal e garantir a preservação das espécies que a Prefeitura de Itacaré e o Conselho de Meio Ambiente criaram a Campanha Asas Livres que nesse período de pandemia vem realizando atividades que podem ser conferidas no Facebook @campanhaasaslivres, Instagram @campanha.asas.livres e nos veículos de comunicação regionais. Entre as ações previstas para este ano estão ainda lives e webinars com foco em discutir alternativas sustentáveis ao tráfico e criação de aves; mini-cursos online e presenciais (pós-quarentena) sobre observação de aves e turismo sustentável; ações de fiscalização; distribuição de materiais impressos e adesivos da campanha.

Como a pandemia do coronavírus faz a Terra tremer menos


Foto Nasa.

O mundo ficou mais silencioso e a Terra tremendo menos. Sismólogos explicam que a diminuição do ruído sísmico provocado pela circulação de pessoas e, principalmente, rodoviária, faz com que as vibrações na crosta terreste diminuam.

Com o isolamento obrigatório decretado em vários países em resposta à pandemia da covid-19, não foi só a poluição que diminuiu. Cientistas têm alertado para uma outra observação menos perceptível ao ser humano: a Terra está tremendo menos.

Em todo o mundo, os sismólogos têm detectado muito menos ruído sísmico, isto é, vibrações geradas pela circulação de automóveis, comboios, ônibus e mesmo pessoas durante o seu dia a dia.

Na ausência deste ruído, explicam os sismólogos, as vibrações na crosta terrestre diminuem, o que faz com que esta se mova menos.

Thomas Lecocq, geólogo e sismologista do Observatório Real na Bélgica, observou o fenômeno pela primeira vez em Bruxelas.

Segundo Lecocq, Bruxelas tem registrado uma redução de 30% a 50% do ruído sísmico desde meados de março, quando a Bélgica implementou medidas de distanciamento social e fechamento do comércio.

“Desde o início do confinamento, observamos um nível de ruído sísmico semelhante ao que geralmente detectamos nos fins de semana ou durante os períodos de férias. Uma queda de 30% a 50%”, disse o sismólogo, citado pelo Daily Science Brussels.

Ele explica que o ruído durante o dia é agora semelhante ao registrado à noite.

Nos Estados Unidos, também foi observada esta diminuição das vibrações terrestres. Uma imagem partilhada por Celeste Labedz, aluna de doutorado em geofísica na Califórnia, mostra uma quebra do ruído especialmente acentuada em Los Angeles ao longo de março.

Sismos menores mais facilmente detectáveis

Thomas Lecocq revelou ainda um outro efeito interessante relacionado com a diminuição do ruído: os cientistas conseguem detectar terremotos menores e outros eventos sísmicos que algumas estações sísmicas nunca conseguiriam registrar.

Ele dá o exemplo da estação sísmica de Bruxelas que, em situações normais, é “basicamente inútil”.

Como explica Lecocq, as estações sísmicas são habitualmente instaladas fora das áreas urbanas, uma vez que, quanto menor for o ruído humano, mais fácil é a captação de vibrações no solo.

No entanto, a estação de Bruxelas foi construída há mais de um século e a cidade expandiu-se, dificultando o trabalho.

Os sismólogos passaram a utilizar um aparelho instalado no subsolo para monitorizar a atividade sísmica. No entanto, atualmente, com a tranquilidade da cidade, Lecocq explica que a estação de Bruxelas tem detectado atividade quase tanto como esse aparelho.

“Atualmente, somos capazes de detectar eventos muito fracos, como pequenas explosões nas pedreiras do país”, afirmou.

Para o sismólogo, os gráficos são uma prova de que as pessoas estão cumprindo os conselhos das autoridades e, assim, evitam sair de suas casas.

“Do ponto de vista sismológico, podemos motivar a população ao dizer ok, vocês sentem-se sozinhos em casa, mas podemos dizer que toda a gente está em casa. Todos estão fazendo o mesmo, todos estão respeitando as regras’”, finalizou Lecocq.

Informações da Agência Brasil.

Bahia Pesca apresenta novos resultados da análise do pescado coletados nas cidades baianas atingidas pela mancha de óleo


Manchas de óleo atingiu o nordeste em 2019. 

A Bahia Pesca concluiu mais uma rodada de análise dos pescados coletados nas cidades baianas atingidas pela mancha de óleo que assola o Nordeste. O estudo foi feito pelo Centro de Excelência em Geoquímica do Petróleo (Lepetro), da Ufba. O resultado indica que peixes e camarões não estão contaminados com hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPA) em níveis acima dos adotados pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) como seguros.

Entretanto, algumas amostras de ostras, siris e caranguejos estão contaminados com hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPA) em níveis considerados acima dos ideais. Foram analisadas 34 amostras de ostras, peixes e crustáceos, coletados entre os dias entre 27 de janeiro e 13 de fevereiro. As coletas aconteceram em dez cidades baianas: Jandaíra, Conde, Entre Rios, Camaçari, Salvador, Itaparica, Vera Cruz, Jaguaripe, Valença e Taperoá.

“Considerando todas as espécies, 80% das análises estão abaixo dos níveis de preocupação estabelecidos pela Anvisa. Mas há sete amostras de ostras, siris e caranguejos, coletadas em Entre Rios (Rio Sauípe), Camaçari (Rio Jacuípe), Valença (Guaibim) e Jaguaripe, com níveis de contaminação acima do ideal”, explica o gerente de projetos Bahia Pesca, José Sanches Júnior.

Os resultados serão enviados para a Diretoria de Vigilância Sanitária e Ambiental do Estado da Bahia (Divisa) e para a Anvisa, que têm competência para se manifestar sobre segurança do consumo. O parecer técnico com os resultados está disponível no site www.bahiapesca.ba.gov.br.

Cippa resgata animais silvestres e apreende arma em Una


Imagem divulgação SSP/Bahia.

Guarnições da Companhia Independente de Polícia de Proteção Ambiental (Cippa) conduziram um homem à Delegacia, na quinta-feira (19), por posse irregular de arma de fogo e manter animais silvestres em cativeiro, no município de Una.

Os policiais receberam uma denúncia sobre caça e comércio de animais, em uma fazenda. No local, as equipes encontraram um homem em posse de uma espingarda calibre 36, munições, além da pele de um tamanduá, uma pele de ouriço cacheiro, dois caititus e armadilhas para caça.

Os animais vivos foram devolvidos ao habitat natural e o fazendeiro apresentado na Delegacia de Proteção Ambiental em Ilhéus.

Polícia Federal e Polícia Militar combatem crimes de pesca ilegal na Baía de Todos os Santos


Imagem divulgação.

APolícia Federal, juntamente com a Companhia de Polícia de Proteção Ambiental (COPPA/PMBA), no âmbito da Operação Kirymure, realiza buscas com o objetivo de obter elementos complementares de prova sobre a prática da pesca habitual com uso de explosivos nas proximidades da localidade conhecida como Loteamento Porto Santo, em Itaparica/BA.

Ao todo foram expedidos quatro mandados de busca pela Justiça Federal de Salvador, que estão sendo cumpridos por cerca de 20 policiais federais e 14 policiais militares.

A investigação foi iniciada a partir da difusão de um vídeo, do final do ano de 2019, que mostra ao menos cinco pessoas praticando a pesca com explosivos na região, incluindo a captação do momento do arremesso e da explosão, que atingiu diretamente um cardume.

Este vídeo circulou em redes sociais e aplicativos de comunicação, todavia alguns dos responsáveis pela prática ilegal foram identificados ao longo das investigações, e suas residências estão sendo alvo de busca nesta data.

A pesca com explosivos é atividade criminosa, prevista no art. 35, I, da Lei 9.605/1998 (Lei de Crimes Ambientais), com pena de reclusão de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e também no art. 16, parágrafo único, III, da Lei 10.826/2003 (Estatuto do Desarmamento), com pena de reclusão de 3 (três) a 6 (seis) anos e multa.

Corpo de Bombeiros resgata cobra de 7 metros


Foto: Divulgação CBM.

Uma força-tarefa entre equipes do 6° Grupamento de Bombeiros Militar (6°GBM) de Porto Seguro, e outras forças, resgataram, por volta das 23 horas dessa terça-feira (18), uma cobra da espécie sucuri, com sete metros de comprimento e cerca de 110 quilos.

Foto: Divulgação CBM.

A serpente estava próxima a uma represa, frequentada por banhistas, no Loteamento Jardins do Porto e foi levada para o Centro de Triagem de Animais (Cetas) e será devolvida ao seu habitat natural.

Ilhéus: Centro de Controle de Zoonoses informa sobre combate aos caramujos africanos


Caramujo africano – Ilhéus.

A Unidade de Vigilância de Zoonoses (UVZ), da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) realiza rotineiramente ações de controle de animais da fauna sinantrópica, espécies que se beneficiam das condições ambientais proporcionadas pela ação do homem no processo de urbanização, como pombos, caramujos, escorpiões, carrapatos, ratos, morcegos etc.

De acordo com a coordenadora da UVZ de Ilhéus, Paula Rocha, o setor realiza o serviço por demanda espontânea em locais públicos como praças, vias, presídio, delegacia, entre outros lugares que propiciem a proliferação desta fauna. Foram incluídos no cronograma de rotina localidades como o Alto Nerival, São Domingos, Centro Social Urbano da zona norte, e o Hernani Sá, na zona Sul, com a realização de ações educativas e distribuição de panfletos.

A coordenadora reforça que intervenções nesse âmbito devem ser entendidas como responsabilidade dos diversos segmentos da sociedade, incluindo os munícipes, em consonância com a Lei Municipal nº 3257 de 2006, conforme os artigos 35 a 37, já que se trata de uma questão de saúde pública. A população deve contribuir mantendo as suas propriedades limpas.

Orientações – A proliferação dos moluscos é comum durante o verão, devido às altas temperaturas. Mas o cidadão pode adotar algumas medidas preventivas: evitar o excesso de plantas, mato e entulho no quintal, pois serve de criadouro para o caramujo. Além disso, não se deve transportar e nem jogar os caramujos vivos em terrenos baldios, ruas, matas etc, tendo em vista que os moluscos são eliminados ao serem seguidas as recomendações da Vigilância em Saúde.

Por serem oriundos do leste e nordeste da África, os caramujos se reproduzem sem a presença de predadores, visto que estão fora de seu habitat natural, além da espécie ser hermafrodita. Para controlar a proliferação, a UVZ realiza ações cotidianas de combate e orienta sobre os cuidados necessários ao detectar a presença do molusco. Entre as não recomendações estão não realizar a coleta sem luvas e nem consumi-los. No caso de possíveis invasões, o morador pode adquirir o Moluscicida, pesticida usado no controle de caramujos, em lojas que comercializam produtos agropecuários.

Para mais informações e recomendações, fazer contato pelo número de Whats App (73) 98837-7791.