Produção de ovos de galinha bate novo recorde no país, diz IBGE


A produção de ovos de galinha no país atingiu a marca de 964,89 milhões de dúzias no terceiro trimestre deste ano. Essa foi a maior produção trimestral do item desde o início da série histórica da pesquisa, em 1987.

De acordo com dados divulgados hoje (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção superou em 0,7% o recorde anterior, que havia sido registrado no segundo trimestre deste ano, e em 4,3% a produção do terceiro trimestre de 2018.

No terceiro trimestre deste ano, também foram registradas altas nos abates de bovinos, suínos e de frangos. O abate de bois, vacas e novilhos cresceu 7% em relação ao trimestre anterior e 2,1% na comparação com o terceiro trimestre de 2018.

O abate de suínos teve altas de 2,7% em relação ao trimestre anterior e 0,9% em relação ao terceiro trimestre de 2018. Já o abate de frangos cresceu 3,3% na comparação com o segundo trimestre deste ano e 3,1% na comparação com o terceiro trimestre do ano passado.

Outros produtos pesquisados pelo IBGE são o leite e o couro. O leite industrializado no país cresceu 7,4% em relação ao segundo trimestre e 0,6% na comparação com o terceiro trimestre de 2018. O volume de couro curtido no país teve alta de 3,7% em relação ao trimestre anterior, mas caiu 7,8% na comparação com o terceiro trimestre do ano passado.

Vacinação antirrábica é intensificada durante o mês de dezembro em Ilhéus


Em atenção ao “Dezembro Verde”, campanha instituída por meio da Lei Municipal 4041/19, dedicada às ações educativas e de reflexão sobre o abandono de animais, o cronograma de vacinação antirrábica será intensificado no serviço de rotina do município. O CAE III (antigo Sesp) oferta o serviço de segunda a sexta-feira, manhã e tarde, além da UBS do Hernani Sá (Urbis), às quintas-feiras pela manhã, e do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), de segunda a sexta-feira no período da manhã.

O Dezembro Verde tem como objetivos conscientizar a população de que o abandono de animais é crime, além de ser ato de maus-tratos; dar maior visibilidade ao tema estimulando a guarda responsável e a prevenção ao abandono de animais; contribuir para melhoria dos indicadores relativos ao abandono de animais no Município de Ilhéus, e ampliar o nível de resolução das ações direcionadas ao abandono de animais por meio de ações integradas envolvendo a população, órgãos públicos e organizações que atuam na área.

Serviço: Vacinação antirrábica

Local: CAE III (antigo Sesp) – de segunda a sexta-feira

Horário: das 8 às 12h e das 14 às 17h

Local: UBS do Hernani Sá – quintas-feiras

Horário: das 8 às 12h

Local: Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) – de segunda a sexta-feira

Horário: das 8 às 12h

Senado deve votar projeto que proíbe sacrifício de animais de rua


O Senado pode aprovar na próxima terça-feira (3) uma lei que proíbe o sacrifício, para fins de controle populacional, de cães, gatos e aves por órgãos de controle de zoonoses, canis públicos e estabelecimentos similares. As regras para esse controle por casos de doenças infecciosas típicas de animais e que podem ser transmitidas para seres humanos e vice-versa estão previstas no Projeto de Lei da Câmara (PLC) 17/2017.

O objetivo do texto é criar condições para que os estabelecimentos públicos de controle de zoonoses adotem práticas menos cruéis para controlar o número de cães e gatos que vivem na rua. O PL prevê, por exemplo, a castração dos animais por veterinário em localidades onde haja superpopulação comprovada por estudo. A eutanásia só será permitida caso o animal tenha doença grave incurável que coloque em risco outros animais e também humanos. Nesse caso, a medida deverá ser precedida de um exame e justificada por um laudo técnico.

A proposta ainda estabelece que as entidades de proteção animal tenham “acesso irrestrito à documentação que comprove a legalidade da eutanásia”. Quem descumprir a lei, caso seja aprovada, poderá sofrer as punições constantes na Lei de Crimes Ambientais, a Lei 9.605, de 1998.

De acordo com o projeto, os animais poderão ser recolhidos por entidades de proteção para disponibilizá-los à doação. A proposta original também autorizava o Poder Executivo a celebrar convênios e parcerias com entidades de proteção animal, Organizações Não-Governamentais (ONGs), dentre outras instituições, para a realização de feiras de adoção. Mas, por entender que esse artigo interferia nas competências de outro Poder, os senadores optaram pela retirada do trecho.

Aves

A proposta original só tratava da situação de cães e gatos. A relatora do projeto na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, Soraia Thronicke (PSL-MS), acatou uma emenda de Telmário Mota (Pros-RR), que inclui as aves. “Anualmente o Ibama apreende de centenas a milhares de aves – silvestres ou domésticas -, que são mantidas em cativeiro ou submetidas a maus-tratos. Muitas delas não possuem condições de retornar à natureza e, muitas vezes, não há o interesse dos zoológicos em recebê-las. Nesses casos, os animais são submetidos à eutanásia. Como consideramos esta prática cruel e absurda, queremos que as aves também não sejam abatidas”, disse o senador.

O projeto já passou pela Câmara e foi aprovado na comissão do Senado em outubro. “Consideramos a proposição relevante para o bem-estar dos animais e a proteção da saúde humana. Este parlamento contribui para a profissionalização da política pública referente ao cuidado e ao maneja dos animais que se encontram sob a guarda de órgãos de controle de zoonoses”, disse o senador Jaime Campos (DEM-MT), membro da CAS.

Peixes aparecem mortos no rio Cachoeira em Itabuna


Peixes mortos no Cachoeira. Foto reprodução TV Santa Cruz.

Centenas de peixes apareceram mortas na manhã desta sexta-feira (29), no rio Cachoeira, que cruza a cidade de Itabuna, no sul da Bahia.

A prefeitura da cidade informou que técnicos da Empresa Municipal de Águas e Saneamento (Emasa) foram enviados para fazer a coleta de água, que será analisada. O resultado do laudo está previsto para sair no sábado (30) e deve apontar a causa da morte dos peixes.

O diretor técnico da Emasa, João Bittencourt, contou que é possível que os animais tenham sido contaminados e os órgãos responsáveis já foram acionados.

“Já comunicamos à Secretaria Municipal de Meio Ambiente, que está acionando o Inema para fazer um monitoramento, e, de contrapartida, já vimos que é uma situação de urgência. Solicitamos a Secretaria de Infraestrutura (Seinfra), que vai estar dando uma descarga na barragem de Itapé para aumentar o gradiente de velocidade e ter uma troca dessa água, minimizando o impacto aqui gerado”, disse o diretor técnico da Emasa.

“[O que causou a contaminação foi] possivelmente uma fonte derivada de petróleo, entre outros. Porém, as análises que vão confirmar o que foi que aconteceu de fato. Temos preocupação de pedir aos órgãos para continuar acompanhando o que foi que aconteceu nessa situação”, completou.

Informações do G1 – TV Santa Cruz.

Parque Municipal da Boa Esperança vai ganhar Centro de Vivência


A Prefeitura de Ilhéus planeja implantar um Centro de Vivência no Parque Municipal da Boa Esperança, situado na área da Mata da Esperança. O prefeito Mário Alexandre explica que o Município reconhece a necessidade de proteger áreas naturais e promover o fortalecimento dos vínculos sociais. Na última sexta-feira (25), Joélia Sampaio, superintendente do Meio Ambiente e Urbanismo, realizou uma visita à unidade de conservação, junto ao Conselho Gestor do Parque.

De acordo com ela, o Centro de Vivência é uma compensação ambiental pela construção do Hospital Regional Costa do Cacau. “A visita foi realizada principalmente para definir o local onde será instalado o Centro de Vivência, que possibilitará o desenvolvimento de atividades de cunho científico e socioeconômico sustentável, além de um espaço de fortalecimento de vínculos para comunidade”.

“A partir do momento em que iniciamos o curso foram realizadas algumas visitas técnicas. Entendemos que o parque é muito importante para a preservação do bioma”, contou Nilton Araújo Dias, aluno do curso técnico em Meio Ambiente. A Superintendência do Meio Ambiente e Urbanismo possui nove estagiários que atuam na área. Para Carlos Cardoso, guarda ambiental, o parque não é aberto para visita, com exceção de pesquisadores e estudantes.

“Essa reserva é a segunda maior em área urbana, com aproximadamente 430 hectares de mata virgem. Sabemos que existe uma cadeia alimentar, onde há um equilíbrio que nos beneficia. Quando a mata está preservada estamos isentos de ataques de animais peçonhentos, por exemplo. Infelizmente não são todas as pessoas que têm essa percepção”, ressaltou o servidor público.

Em maio de 2018, o prefeito Mário Alexandre assinou o decreto nº 54/2018, que declara de utilidade pública para fins de desapropriação, área de terras próprias próximas ao Parque Municipal Natural da Boa Esperança. O conselho consultivo da unidade de conservação é formado por oito componentes, conforme o Decreto nº 28/2018.

Exames mostram que pescado de áreas atingidas por óleo está próprio para consumo


Imagem ilustrativa.

Exames feitos em amostras de pescado do litoral nordestino atingido pelo vazamento de óleo mostram que o produto está próprio para o consumo humano. A análise foi feita pelo Laboratório de Estudos Marinhos e Ambientais da PUC/RJ, por solicitação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

O laboratório analisou os níveis de Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos (HPA) – indicadores para contaminação por derivados de petróleo. Os resultados revelam níveis baixos dos HPAs detectados em peixes e lagostas, não representando riscos para o consumo humano.

As amostras foram coletadas em estabelecimentos registrados no Serviço de Inspeção Federal (SIF), nos dias 29 e 30 de outubro, nos estados da Bahia, do Ceará, de Pernambuco e do Rio Grande do Norte.

Veja nota oficial:

Em atenção à contaminação das praias do litoral nordestino por manchas de óleo, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) informa que recebeu, neste sábado (9), os 12 primeiros resultados das amostras coletadas para avaliação dos níveis de Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos (HPA) – indicadores para, entre outros, contaminação por derivados de petróleo. Os resultados revelam níveis baixos dos HPAs detectados em peixes e lagostas, não representando riscos para o consumo humano.

As amostras foram coletadas em estabelecimentos registrados no Serviço de Inspeção Federal (SIF), na costa das áreas afetadas, nos dias 29 e 30 de outubro, e enviadas para análises no Laboratório de Estudos Marinhos e Ambientais da PUC/RJ. Ao todo, 37 compostos de HPAs foram avaliados.

As amostras para monitoramento da situação de segurança do consumo de pescado continuam sendo colhidas e, conforme a liberação dos resultados das análises, serão divulgados pelo Mapa, com atualizações das recomendações.

Pesquisadores baianos desenvolvem estudo para degradar petróleo


O vazamento de óleo no litoral do Nordeste, que teve início no mês de agosto, se tornou um dos assuntos mais comentados no país. Com diversos desdobramentos, mas ainda sem uma causa ou solução clara, cientistas buscam alternativas que poderiam contribuir para reverter a situação. Este é o caso dos pesquisadores João Carlos Dias e Rachel Rezende, professores da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), que há quase duas décadas desenvolvem um biorreator, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb), que possui potencial para degradar o óleo encontrado nas praias nordestinas.

Rachel conta que este trabalho teve início há 17 anos, em um laboratório da universidade, com o intuito de investigar micro-organismos da Refinaria Landulfo Alves, para orientar o projeto de pesquisa de suas então alunas Bianca Maciel e Ana Santos. “Isolamos e refrigeramos micro-organismos com potencial de degradação. O objetivo era recuperar compostos do petróleo para se tornarem reutilizáveis”, explicou. A professora relata que até hoje eles alimentam o biorreator capaz de diluir o material contaminado e ainda tornar o óleo útil outra vez. “Vale lembrar que tudo isso ainda é realizado a nível laboratorial. Com mais possibilidades de investimento, poderíamos ampliar a produção para, quem sabe, chegar a um nível industrial”, ressaltou.

Devido aos recentes acontecimentos com o óleo que foi encontrado nas praias do Nordeste, o casal decidiu testar se os resíduos poderiam ser degradados neste processo, e eis que em cerca de 4 dias o produto se degradou. “Um conjunto de micro-organismos atua de forma mútua utilizando estes compostos como fonte de carbono. Durante a degradação, é produzido um complexo de origem microbiana que diminui a tensão superficial entre óleo e água, tornando o óleo mais solúvel na água e facilitando para que os micro-organismos utilizem os compostos de hidrocarboneto”, destacou.

A pesquisadora vislumbra que, no futuro, os benefícios deste processo poderão ajudar a recuperar áreas ambientais que sofreram com a contaminação de resíduos. “Os micro-organismos são os únicos capazes de fazer este tipo de degradação. A gente só precisa estruturá-los”, disse. Além da Fapesb, a pesquisa recebeu apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Refinaria Landulfo Alves e do Plano Nacional de Ciência e Tecnologia do Setor Petróleo e Gás Natural (CT – Petro).

Porto Sul: Acordo firmado por MPF e MPBA prevê R$ 45 milhões para evitar impactos ambientais em Ilhéus


Local onde será instalado Complexo Portuário. Foto José Nazal.

Termo de Compromisso Socioambiental (TCSA) firmado pelo Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público do Estado da Bahia (MPBA) prevê aporte financeiro superior a R$ 45 milhões, aplicados durante seis anos, para implementação de medidas voltadas a prevenir danos ambientais evitáveis e mitigar impactos não evitáveis na região do Complexo Portuário e de Serviços Porto Sul. O empreendimento está previsto para ser instalado no distrito de Aritaguá do município de Ilhéus, a 452 km de Salvador. O TCSA, homologado pela Justiça Federal em 17 de outubro, foi celebrado com o Estado da Bahia e a mineradora Bahia Mineração (Bamin) – empreendedores do Porto Sul –, o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) e o Município de Ilhéus (BA).

O acordo foi firmado após o ajuizamento de quatro ações civis públicas, recomendações e outras medidas. Com o acordo, três dessas ações foram extintas. Segundo o Termo, os recursos deverão ser aplicados, em seis parcelas, para o fortalecimento dos órgãos de controle e fiscalização ambiental dos três entes federativos (R$ 3,6 milhões); apoio e estruturação das Unidades de Conservação (UC) Federais e Estaduais da região (R$ 14 milhões); e o restante do valor para medidas preventivas e precaucionais de danos ambientais prognosticados em estudos desenvolvidos em escala de paisagem, como a implementação de Sistema de Gestão Ambiental Integrada, com o desenvolvimento e aprimoramento de ferramentas de Planejamento Territorial da região, aprimoramento do sistema de Monitoramento e Controle Ambiental, mediante aquisição e instalação de Plataforma de Coleta Automática de Dados Hidrológicos e Pluviométricos e de Unidades de Monitoramento Remoto (UMR’s), entre outras.

O recurso deverá ser gestado e executado por uma instituição privada sem fins lucrativos ou uma instituição financeira que será escolhida, no prazo de 90 dias, pelo Estado do Bahia por meio de processo seletivo. A instituição selecionada ficará responsável por receber e gerir os R$ 45 milhões, destinando-os em conformidade com o previsto no Termo, e prestar contas, semestralmente, da aplicação dos recursos. Um Comitê Técnico de Execução do TCSA, composto por servidores do Estado e do Inema, fará o acompanhamento, fiscalização, avaliação e prestação de contas aos MPs e demais signatários do acordo. Eventual descumprimento do Termo gera multa de R$ 10 mil por obrigação descumprida (total ou parcialmente), cumulada com multa moratória correspondente a R$ 3 mil a cada 30 dias de atraso, enquanto persistir a inadimplência, além da multa em caso de atraso no pagamento dos valores acordados.

Assinaram o acordo o procurador da República Tiago Modesto Rabelo (MPF); a promotora de Justiça Regional do Meio Ambiente Aline Valéria Salvador; o governador da Bahia Rui Costa; além dos secretários da Casa Civil e do Meio Ambiente;  procurador-geral do Estado; diretora e procurador-geral do Inema; promotores do Núcleo de Patrimônio Público e Meio Ambiente do Estado da Bahia; diretor-presidente e advogados da Bamin; o prefeito e o procurador-geral do Município de Ilhéus.

Zoonoses de Ilhéus realiza mais de 200 castrações em outubro


Foto divulgação.

Durante a Feira Cidadã, iniciativa viabilizada pela Prefeitura Municipal e Governo do Estado, apoiada pelas Voluntárias Sociais da Bahia, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Ilhéus ofertou serviço de castração gratuita de cães e felinos, entre os dias 24 e 27 de outubro, resultando em 183 procedimentos.

A castração é considerada a única forma realmente eficaz e ao mesmo tempo humanitária de controle populacional de animais. Os animais podem ser esterilizados a partir dos 3 meses de idade, não interferindo em seu desenvolvimento e formação.

De acordo com Paula Rocha, coordenadora da unidade, os serviços realizados na Feira Cidadã e os serviços de rotina totalizam 277 castrações.

Castrações – Feira Cidadã:

24/10 – 18 cadelas e 12 cães

25/10 – 40 gatas e 24 gatos

26/10 – 27 cadelas e 12 cães

27/10 – 29 gatas e 21 gatos

Castrações – Serviços de rotina

66 felinos e 28 cães

O CCZ fica situado à Rodovia Ilhéus – Itabuna (entrada do Teotônio Vilela), com atendimento de segunda a sexta-feira, das 7 às 12h e das 14 às 17h. Mais informações: (73) 3634-4434

Magela: queimaduras na pele do homem pode não ter relação com óleo, ele passa bem


Turista mineiro passa bem e quadro de intoxicação não é apontado pelos médicos. Divulgação Prefeitura de Ilhéus.

O secretário de Saúde de Ilhéus, Geraldo Magela, concedeu entrevista na segunda-feira (4) para uma emissora de rádio e dois canais de TV, sobre o caso isolado ocorrido no feriado de 2 de novembro. Para ele, as manchas e queimaduras na pele do homem pode não ter relação com óleo vazado nas praias do Nordeste. No Brasil não houve caso parecido a este relacionado com as manchas.

“Estamos investigando a origem do problema. Nenhum sintoma por intoxicação por óleo foi identificado”, informou o secretário. Só para lembrar, trata-se do caso de um turista mineiro que chegou à unidade de saúde com queimaduras no corpo após tomar banho de mar na Praia dos Milionários. Segundo contou, sentiu o incômodo ainda na água e foi atendido no Pronto Atendimento da zona sul.

Precaução – Ainda na segunda, o rapaz foi encaminhado à uma unidade hospitalar com diagnóstico de queimadura de primeiro grau. “Estive com o paciente, está normal e nenhum exame mostrou alteração. Não havia indicação de internamento, mesmo assim, resolvemos interná-lo, apenas por precaução. Passou por novos exames e foi atendido por especialistas e passa bem”, relatou o Magela.

“Nossas unidades são orientadas e capacitadas com protocolos de intoxicação por água-viva, caravelas e intoxicação alimentar. Isso faz parte do trabalho rotineiro das equipes. A vítima não sentiu náuseas e nem dores de cabeça, sintomas inerentes da intoxicação do produto. Onde ele estava haviam outros turistas e crianças se banhando e nada aconteceu”, completou o secretário.

Não se mistura – Gleidson Santana, coordenador da Vigilância de Saúde Ambiental, afirmou que é importante esclarecer e combater a onda de Fake News em torno deste caso. “Não podemos relacionar essa queimadura com o óleo, não temos embasamento científico. Provavelmente, pela incidência de águas-vivas nessa região, pode haver alguma relação, mas isso estamos investigando”.

Enquanto isso, a recomendação é a mesma. Evitar o contato com o óleo, porque existem sintomas pelo contato dermatológico, por inalação e ingestão. A Vigilância recomenda a utilização dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). Se houver reação alérgica, ou ingestão incidental, procurar um posto de saúde mais próximo.

Elas queimam – A água-viva é um animal que possui corpo gelatinoso e tem um formato que mais se parece com um guarda-chuva, com aspecto transparente. Quando acuada ou aproximada do corpo humano ou mesmo de outros animais, pode causar perigosos acidentes. As marés são responsáveis por carregá-las tanto quanto os ventos.

Já a caravela portuguesa tem um formato peculiar. Os tentáculos delas podem chegar a 50 metros. Às vezes, alguma caravela encalha ou algum tentáculo se desprende da colônia e vai parar na praia sozinho, o que não a torna inofensiva a ponto de poder tocá-la. Ela ainda pode picar e causar muita dor, queimadura e alguns efeitos colaterais, assim como as águas-vivas.