Itacaré é o primeiro do Litoral Sul a realizar o cadastro do CAF


Itacaré é o primeiro município do Território de Identidade Litoral Sul da Bahia cadastrado pela Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (Bahiater) para emitir o Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF), um documento que será requisito básico para obtenção do acesso às diversas políticas públicas direcionadas ao desenvolvimento e fortalecimento da agricultura familiar. O cadastro foi feito na tarde desta segunda-feira(25) pelos técnicos da Bahiater Fábio Braga, Daniel Costa e Ana Rosa, que destacaram a importância do CAF e a possibilidade do próprio município estar emitindo esse documento.

O próximo passo, segundo informaram os técnicos da Bahiater, será a análise e a aprovação por parte da Secretaria Nacional de Agricultura Familiar. Em seguida a equipe da Prefeitura de Itacaré será treinada e capacitada para a emissão do documento, facilitando ainda mais a vida dos agricultores familiares. A inscrição no CAF deverá substituir a DAP – Declaração de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) para fins de acesso a todas as políticas públicas que tem esse documento como requisito.

O prefeito de Itacaré, Antônio de Anízio, comemorou mais essa iniciativa que estará beneficiando não somente os agricultores familiares, como também os pescadores artesanais, aquicultores, silvicultores, extrativistas, quilombolas, assentados do Programa Nacional de Reforma Agrária, beneficiários do Programa Nacional de Crédito Fundiário, empreendedores familiares rurais e formas associativas da agricultura familiar. Em Itacaré o cadastro contou com o apoio do secretário de Agricultura e Pesca, Luís Fabiano, da tesoureira Rita Gomes e do controlador geral Adijan Oliveira.

Com o CAF os beneficiários podem ter acesso às políticas públicas de incentivo e geração de renda, a exemplo do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – Pronaf, Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER), Seguro da Agricultura Familiar (SEAF), Garantia-Safra, Programa de Garantia de Preços Mínimos (PGPM), Programa de Garantia de Preços da Agricultura Familiar (PGPAF), Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), Programa Nacional de Proteção e Uso do Biodiesel (PNPB), Beneficiário Especial da Previdência Social, Aposentadoria Rural (Funrural), Auxílio Emergencial Financeiro, Programa Minha Casa Minha Vida Rural, Plano Brasil Sem Miséria – Rota da Inclusão Produtiva Rural e Cotas em Escolas Profissionalizantes (CEFET).

Prefeitura de Itacaré inicia o Programa Feira Verde no distrito de Taboquinhas


A Prefeitura de Itacaré, através da Secretaria Municipal de Agricultura e em parceria com o Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável, realizou na manhã desta quarta-feira(13), na Praça Landulfo Ribeiro em Taboquinhas, o Programa Feira Verde. A iniciativa tem como objetivo promover diretamente o fomento de produção, comercialização e distribuição dos produtos hortifrutigranjeiros da agricultura familiar e produzidos artesanalmente, com vistas a reforçar a alimentação da população e o ganho econômico de parcela de indivíduos menos favorecidos de nossa sociedade.

A feira, que ocorrerá todas as quartas-feiras, é destinada aos pequenos e médios agricultores que produzem no regime “agricultura familiar” e estejam a fim de comercializarem seus produtos e também para que os moradores possam conhecer a diversidade de negócios que é possível realizar no próprio distrito.

De acordo com o Secretário de Agricultura, Luís Fabiano, a iniciativa promove a produção e promoção do escoamento da safra de pequenos produtores do município e sensibiliza a população no cuidado ao meio ambiente. “Todos nós precisamos adquirir práticas e atitudes conscientes com a questão ambiental. E esse projeto serve para isso, além de colaborar no escoamento da produção do pequeno produtor”, declara Luís Fabiano.

O prefeito de Itacaré, Antônio de Anízio, explica que a inserção do Programa Feira Verde cria uma rede de solidariedade e responsabilidade ambiental para o povo de Taboquinhas e de toda a zona rural do município. “A partir do programa vamos trabalhar ainda mais a preservação do meio ambiente no distrito de Taboquinhas, tal como prover o aumento de renda para sustento das famílias envolvidas”, explicou o prefeito. A iniciativa foi comemorada pelos moradores e agricultores familiares.

Valor da cerveja brasileira será impactado pela guerra


 Foto Arquivo/Marcelo Camargo/Agência Brasil.

O preço da cerveja no Brasil sofrerá impactos devido à guerra no Leste Europeu. O comércio de ingredientes da bebida será abalado diretamente pelo conflito, uma vez que Rússia e Ucrânia são responsáveis por 28% das exportações globais da cevada e o país de Vladimir Putin é o terceiro maior fornecedor de malte ao mercado nacional.

Em 2021, o Brasil importou US$ 64 milhões de malte da Rússia, o que consolidou o país russo como um dos principais exportadores do produto para o mercado brasileiro – que é dependente de importações de produtos ligados ao mercado cervejeiro, assim como o de fertilizantes.

Grande parte da cevada e do malte utilizados na indústria cervejeira brasileira é importada da Argentina e do Uruguai. Contudo, a diminuição de fornecedores desses ingredientes irá aumentar a procura por outros produtores para suprir o mercado, elevando os preços em todo o mundo.

Segundo a Anheuser-Busch InBev, responsável pela Ambev, a empresa contará com uma proteção financeira de 12 meses contra variação cambial, tentando não repassar os custos para os consumidores. Além disso, a companhia promete controlar o preço dos commodities utilizados na produção da cerveja.

De acordo com a empresa de pesquisa de mercado Kantar, consumidores têm trocado marcas mais famosas, como Heineken, Stella Artois e Eisenbahn, por outras mais acessíveis e populares.

Segundo a Ambev, o hectolitro (100 litros) aumentou 17,4% em 2021, a estimativa para este ano era de 16% a 19%. Contudo, o cálculo foi realizado antes da invasão russa.

Conforme estudo divulgado, em 2021, pela plataforma de descontos CupomValido, o Brasil é o terceiro maior consumidor de cerveja no mundo, atrás somente da China e dos Estados Unidos.

O brasileiro consome em média seis litros de cerveja por mês, gasto médio de R$ 184 mensais.

Informações do jornal Metrópoles.

“A lavoura tem sim que ser alavancada”, afirma Soane Galvão ao lançar o Produzir Mais Cacau


A Pré-candidata a deputada estadual, a secretária de Desenvolvimento Econômico e Inovação de Ilhéus, Soane Galvão, tem fomentado iniciativas em favor da atividade agrícola, e, também, da cacauicultura, com o “Produzir Mais Cacau”, primeiro programa municipal dedicado à lavoura cacaueira apresentado na história da cidade, e por uma mulher.

“Conseguimos reunir e unir os agricultores, do pequeno ao grande, com a maciça adesão dos diversos segmentos da nossa cadeia produtiva abraçando essa causa que é também, além de Ilhéus, de todo o Sul da Bahia. Isso renova os nossos ânimos para trabalharmos ainda mais em favor da nossa gente, da agricultura familiar, do homem e da mulher do campo”, declarou Soane Galvão.

Com foco na transferência de renda direta para os agricultores visando a melhoria da produtividade, rendimento das plantações e a qualidade das amêndoas do cacau, capacitações e assistência, com novas técnicas e práticas de manejo para combate à doenças são propostas para a renovação das plantas velhas e improdutivas por novas, para um cacau competitivo no mercado.

O programa acontece por convênio entre o município com os bancos do Nordeste e do Brasil, Sebrae, Senar, Bahiater e a Dengo Chocolates.

Balanço – A frente da pasta da SDE, que também cuida da Agricultura, Soane fomentou o Programa Alimenta Brasil; capacitou 240 feirantes de Ilhéus com a Feira Segura; destinou três tratores às associações da agricultura familiar como Força Rural, Aspaiub, assentamento Frei Vantui e Piaçaveira, contemplando cerca de 4,5 mil famílias; curso de tratorista no assentamento João Amazonas; curso de psicultura para técnicos da pasta; convênios com o Senar para o programa de assistência técnica Ateg Cacau e com o Banco do Brasil de financiamentos rurais do Plano Safra. Soane também estrutura o município com a Sala da Cidadania em convênio com o Incra, para melhor atender ao agricultor; assinou a terceira fase do programa Titula Brasil para emissão de títulos de propriedade de terras para agricultores e elaborou um projeto de lei para a criação do Fundo Municipal de Agricultura, para investimentos do município no setor.

Ilhéus: Prefeitura lança Mais Cacau para melhoria da cacauicultura e atividade dos agricultores


Transferência de renda direto para a mão do homem e da mulher do campo para melhorar a vida dos agricultores. Esse é o objetivo do Produzir Mais Cacau, programa lançado pela Prefeitura na manhã de hoje, 23, por meio da secretaria municipal de Desenvolvimento Econômico e Inovação (SDE). Com a presença maciça de representantes de entidades rurais, imprensa e sociedade civil no auditório do centro administrativo, a iniciativa foi aplaudida pelos produtores agrícolas no evento. A titular da pasta, Soane Galvão, assinou o decreto que instituiu o programa no âmbito do município e a portaria de nomeação do corpo técnico, além de destinar um trator Solis 75 para a Associação dos Pequenos Produtores da Região do Riachão de Piaçaveira, contemplando 39 famílias.

“Hoje realizamos algo histórico em Ilhéus, pois conseguimos reunir os produtores com os vários segmentos de nossa cadeia produtiva. O prefeito Mário Alexandre traz essa iniciativa para elevar a qualidade de vida da população com transferência de renda por meio da agricultura. Isso, com estratégias para melhorar o rendimento das plantações e a qualidade das amêndoas do cacau. Ofertaremos cursos teóricos e práticos, capacitação e assistência técnica a custo zero, trazendo novas práticas de manejo e técnicas adequadas para recuperar as nossas lavouras e combater doenças”, explicou a titular da pasta SDE, Soane Galvão.

O presidente do Sindicato Rural de Ilhéus, Isidório Gesteira, parabenizou o governo pela importância do programa. “A gente precisa retornar ao campo com apoio técnico, porque a agricultura é a maior geradora de emprego e alavanca o município de Ilhéus”, afirmou.

Para Cristiano Vilela, diretor científico do Centro de Inovação do Cacau (CIC) e secretário do Parque Científico e Tecnológico do Sul da Bahia, o Mais Cacau transforma vidas. “É uma grande oportunidade. Reforçamos o nosso compromisso em ajudar o programa a mudar a vida do produtor”.

Um amplo estudo realizado pelo Sebrae e parceiros revelou que o melhor caminho, e mais rápido, para o Sul da Bahia resgatar a riqueza que já teve, é a produção de uma amêndoa de qualidade, explica a gerente regional do Sebrae, Claudiana Figueiredo. “Estejamos atentos e comprometidos com esse programa, que dará condição de melhorar a renda e possibilitar o emprego”, disse.

Membro da comissão de Agricultura e Pesca da Câmara de Ilhéus, o vereador Ivo Evangelista, ressaltou o grande desafio do município que tem extenso território com mais de mil quilômetros de estradas vicinais. “Sabemos da estrutura necessária para que a agricultura continue a alavancar. O governo municipal tem se preocupado em fazer algo que realmente possa atender as necessidades. Nosso município tem uma extensão territorial muito grande, que é cortado por estradas estaduais e federais, e a gente precisa cobrar a manutenção dessas estradas”, acrescentou, e convidou a todos para uma sessão especial na câmara na próxima quarta-feira para discutir o cacau e a Ceplac.

Também compuseram a mesa, o vereador Gurita; o presidente da Associação dos Pequenos Produtores da Região do Riachão de Piaçaveira, Domingo Miguel, que agradeceu ao governo municipal e toda equipe pelo empenho, presença na comunidade e pela destinação do trator; o representante do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Pesqueiro Sustentável de Ilhéus (COMDERUPES), Rodrigo Gaspar; e o gerente do Banco Nordeste de Ilhéus, Antônio Araújo. Representante do Banco do Brasil, de diversas associações e entidades ligadas à agricultura, assim como membros das equipes de governo se fizeram presentes no lançamento.

O Produzir Mais Cacau acontece por meio de uma parceria do município de Ilhéus via convênio com os Bancos do Brasil e do Nordeste, instituições como o SEBRAE, SENAR, BAHIATER, e a Dengo Chocolates.

Quilombo – Representantes quilombolas do Alto Terra Nova, situado no km 14 da BA Ilhéus-Uruçuca, durante a apresentação do programa, realizaram um ato de manifestação às autoridades presentes reivindicando segurança e policiamento diante de recente conflito de terra na localidade. As autoridades presentes ouviram as solicitações e se dispuseram a apurar os fatos.

Bahia lança campanha para impedir a chegada da Monilíase Cacaueira no estado


Foto: Camila Souza/GOVBA.

Uma campanha publicitária de prevenção à Monilíase Cacaueira, fungo que atinge o fruto do cacau e cupuaçu, e pode dizimar plantações inteiras, foi lançada pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri), nesta terça-feira (22), no auditório do órgão, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador. A iniciativa, que acontece em parceria com a Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) e com a Superintendência do Mapa na Bahia, entrou na estratégia de prevenção estadual às pragas agrícolas, por já ter chegado a uma área do Acre, na região norte do país, em julho de 2021.

“Estamos aqui desenvolvendo uma ação proativa, buscando orientar as pessoas para que essa doença não chegue à Bahia, porque ela é muito mais danosa do que a vassoura de bruxa. Ela incide diretamente nos frutos, ou seja, na base econômica do cacau. Além disso, é um fungo cosmopolita. Ele se adapta às variações de temperatura e altitude e nós estamos aqui fazendo uma campanha educativa nos portos, aeroportos e barreiras sanitárias”, afirmou o secretário da Seagri, João Carlos Oliveira.

Em 2021, de janeiro a dezembro, o estado produziu 140 mil toneladas de cacau, representando 71% da produção nacional, resgatando a liderança da produção cacaueira no país. “Nós estamos num grande momento. Já estamos com mais de cem marcas de chocolate de origem no sul da Bahia, que foram colocadas no salão de chocolate na França, e não deixou a desejar em relação aos chocolates do mundo”, completou Oliveira.

A campanha consiste em material informativo como folders, selos, além de material voltado para as redes sociais, spots de rádios e vinhetas para aeroporto. Este material, direcionado para técnicos, produtores e leigos, possui orientações para impedir que o risco chegue às lavouras baianas, comprometendo uma produção importante para a economia do estado. Participaram do lançamento autoridades, dentre elas o secretário estadual de Desenvolvimento Rural, Josias Gomes; e as secretárias estaduais da Saúde, Adélia Pinheiro, e da Ciência e Tecnologia e Inovação, Mara Souza; além de deputados e representantes associações e produtores.

De acordo com a técnica da Adab, Catarina Cotrim, a cultura do cacau tem braços importantíssimos, tanto no contexto social, ambiental e econômico, estando presente em mais de 83 municípios do nosso estado. “O fungo ataca diretamente os frutos, e isso é um reflexo direto na produção. Daí a importância na prevenção. As medidas preventivas estão elencadas dentro das estratégias da Adab, juntamente com o Ministério da Agricultura”, explicou Catarina, que reforçou que o fungo não ataca a saúde humana.

Dentre as medidas que precisam ser adotadas estão não trazer nenhum fruto, sementes, hastes, material vegetal de cacau ou de cupuaçu de áreas afetadas para dentro do estado da Bahia; a aquisição de mudas, principalmente os clones que têm um potencial genético muito grande para produção e resistência de pragas, só podem ser adquiridas em viveiros que são credenciados pelo Ministério da Agricultura; no caso de viagens ao interior, ou até estados brasileiros, ter o cuidado de, quando retornar de outras plantações de cacau, não trazer roupas ou calçados que possam ter esporos aderidos da Monilíase.

Durante o evento também foi apresentado o Sistema de Defesa Agropecuária da Bahia (SIDAB), que integra o projeto de inovação tecnológica da Adab e é resultado de um convênio entre a agência e a Agrodefesa de Goiás. “O sistema vai poder proporcionar a todos os usuários uma ferramenta moderna e, principalmente, para os nossos agrônomos, técnicos, veterinários e área de inspeção. A área de modernização tecnológica já vinha sido pensada e nós assumimos a responsabilidade de fazer essa transformação neste momento”, destacou o presidente da Adab, Oziel Oliveira.

Repórter: Lina Magalí

Audiência em Itabuna debate revitalização da lavoura cacaueira


A revitalização da lavoura cacaueira, com o perdão das dívidas dos produtores atingidos pelas chuvas, será um dos temas da audiência pública que acontece nesta sexta-feira (18), no auditório do Sest/Senat de Itabuna, a partir das 18h. O evento, organizado pelo PDT local com o apoio da Associação dos Municípios do Sul, Extremo-Sul e Sudoeste da Bahia (Amurc), contará com a presença de prefeitos da região, fazendeiros, entidades da sociedade civil organizada e do presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Lavoura Cacaueira do Congresso, deputado pedetista Félix Mendonça Júnior.

O principal objetivo da audiência é somar esforços para pressionar o governo federal a adotar medidas em prol da lavoura. A dívida histórica dos produtores com o Banco do Brasil é de cerca de R$1 bilhão, e já se tornou impagável, principalmente após as chuvas que castigaram o sul e extremo-sul do estado entre o final de 2021 e o começo de 2022.

“A maior parte dessa dívida foi contraída a partir de orientações equivocadas da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) para o combate à vassoura-de-bruxa. Ou seja, o produtor não teve culpa. Para que a lavoura de cacau na Bahia possa voltar a ser pujante, é preciso não só que haja o perdão desse débito e a liberação de novas linhas de crédito. As chuvas só fizeram piorar a situação”, explicou o presidente do PDT de Itabuna, o médico Edson Dantas.

Outros temas – A audiência vai debater ainda o projeto do Selo Verde Cacau Cabruca, que já passou na Câmara, no Senado e retornou para apreciação dos deputados. O objetivo é conferir um selo sustentável de qualidade para atestar que os produtores preservam a Mata Atlântica do sul do estado, bem como a legislação trabalhista, assegurando empréstimos com juros mais baratos e outros benefícios. O texto é de autoria de Félix Mendonça Júnior.

“A lavoura de cacau é hoje ocupada, em sua maioria, por pequenos e médios produtores. Acabou aquela coisa de grandes fazendas, como se lia nos livros de Jorge Amado. A reforma agrária já foi feita naturalmente na cacauicultura baiana, que preserva a Mata Atlântica, é ecologicamente correta no modelo cabruca. Por isso que esses pequenos e sustentáveis produtores precisam de incentivos”, disse o deputado.

Outro tema que será debatido é a revitalização da Ceplac, que completa 65 anos no próximo dia 20. Tramita na Câmara um projeto de indicação de Félix que propõe ao governo a criação da Embrapa Cacau, incorporando a estrutura da Ceplac, inclusive a mão de obra e o corpo de pesquisa. “Não podemos deixar que o conhecimento acumulado por essa estrutura se perca. E a Embrapa é forte, reconhecida internacionalmente, a vai colaborar para que novas pesquisas de aperfeiçoamento da lavoura sejam feitas”, concluiu Félix.

Bahia sedia Seminário sobre cultivo e manejo da pitaya até esta sexta-feira (18)


Uma parceria entre a Seagri – Secretaria da Agricultura do Estado,  Fundação Luis Eduardo Magalhães e Companhia de Desenvolvimento e Ação Social levou, para o município de Curacá, Região Norte do Estado, o Seminário de Formação Técnica para Cultivo e Manejo da Pitaya, que ocorrerá até esta sexta-feira (18).

A pitaya, também batizada de fruta do dragão, tem origem americana e vem deslumbrando o mundo com seu sabor marcante e aparência exótica. Em expansão no mundo e  no Brasil, a pitaya é cultivada nos estados de São Paulo, Pará, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Bahia e Minas Gerais.

O chefe de gabinete da Secretaria de Agricultura, Alisson Gonçalves, aponta um cenário promissor para esta atividade enquanto alternativa de renda para pequenas e médias propriedades, tornando-se um negócio atrativo e rentável.

Sonora de Alisson Gonçalves, chefe de gabinete da Seagri.

Bahia se consolida como maior produtora de cacau do Brasil


Dados da Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC) mostram que, em 2021, a Bahia respondeu por 71,30% do cacau recebido pelo setor, no país.

A Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau divulgaram, agora em janeiro, dados consolidados sobre o recebimento de amêndoas de todo o Brasil. Seus números mostram que a Bahia, em 2021, bateu um recorde histórico, com entrega de 140.928 toneladas de amêndoas de cacau, um aumento de 39,72% em relação ao ano anterior, quando o estado produziu 100.864 toneladas, quantidade que já o situava, com folga, como o maior produtor de cacau do Brasil. Os números de 2021 consolidam a liderança e ainda representam o melhor resultado da Bahia desde 2017.

“Somos os maiores produtores de cacau do Brasil, e isso é motivo a ser muito comemorado. Ainda mais nesse momento em que estamos reorganizando toda a cadeia produtiva do fruto na Bahia, agregando valor ao produto e incentivando a criação de fábricas de chocolate no estado. Na região do Sul da Bahia já existem mais de 100 marcas de chocolate de origem e o que estamos vivendo é um novo e poderoso ciclo do cacau em nosso estado”, comentou o secretário da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia (SEAGRI), João Carlos Oliveira.

Os números da AIPC mostram que a Bahia entregou, em 2021, 71,30% do total de amêndoas recebidas pelas indústrias produtoras. O estado segundo colocado, o Pará, entregou, em 2021, 25,21% do total da amêndoa processada, apresentando uma produção total de 49.821 toneladas. Enquanto de 2020 para 2021 a produção baiana de cacau cresceu 39,72%, a do Pará decresceu 24,67% (foram 66.133 toneladas em 2020).

A cadeia produtiva do cacau vive um momento de incremento na Bahia. Além da ótima performance de produção e do agigantamento do número de marcas de chocolate no estado, há também um reconhecimento internacional à qualidade dessa amêndoa.

No último mês de dezembro, as amêndoas de cacau da Bahia foram destaque no Cocoa Of Excellence – COEX2021. O produtor João Tavares, da cidade de Uruçuca, recebeu a Medalha de Ouro no concurso realizado em Paris, na França. E a produtora Angélica Maria Tavares, também de Uruçuca, ganhou a Medalha de Prata no renomado evento internacional, considerado o mais importante no mundo para o setor. Um mês antes, em novembro, durante a III Edição do Concurso Nacional do Cacau, a produtora Cláudia Calmon de Sá, de Itabuna, havia levado o primeiro lugar na categoria Varietal; o segundo lugar também ficou na Bahia, premiando a produção da Fazenda Vale do Juliana Fruticultura, localizada no município de Igrapiúna.

“Nosso crescimento é bem alicerçado, pois não se dá apenas nos números de produção, mas, também, na excelência de nossas amêndoas. Somam-se a isso os avanços no manejo técnico da produção no sistema Cabruca, a expansão do plantio do cacau em áreas não tradicionais, como a região Oeste da Bahia, e ainda a agregação de valor ao produto, a partir da produção de chocolate de origem. Tudo isso contribuiu para que a Bahia, no tangente ao setor do cacau, atingisse um outro patamar, um patamar mais elevado”, explicou o secretário João Carlos.

AIPC – A Associação das Indústrias Processadoras de Cacau atua no mercado desde 2014. Seu Conselho Diretor é composto pelas empresas Barry Callebaut, Cargill e Olam, que, juntas, respondem por aproximadamente 95% da compra e moagem do cacau no Brasil.

O setor do cacau responde por mais de 4 mil empregos diretos e indiretos, sendo um dos elos de uma cadeia de mais de 250 mil pessoas, na qual estão incluídos desde produtores rurais até trabalhadores das indústrias de chocolate. Estima-se que esse setor represente cerca de R$ 23 bilhões anuais de valor gerado ao país.

Atualmente, a produção de cacau no Brasil está concentrada nos estados da Bahia, Pará, Espírito Santo e Rondônia. Dados da AIPC mostram que cerca de 93 mil produtores rurais se dedicam ao cacau em terras brasileiras, sendo a maior parte pequenos produtores que praticam a agricultura familiar em áreas entre 5 e 10 hectares

Prefeito de Itacaré fará a entrega de mais 04 veículos para a comunidade


O prefeito de Itacaré, Antônio de Anízio, estará realizando na manhã desta sexta-feira(28) a entrega de quatro novos veículos adquiridos com recursos próprios da Prefeitura e que estarão prestando serviços para a comunidade. A solenidade de entrega será às 10 horas da manhã na praça Landulfo Ribeiro, no distrito de Taboquinhas, contando com a participação do deputado estadual Rosemberg Pinto, do vice-prefeito Genilson Souza, vereadores, secretários municipais e representantes das mais diversas comunidades do município.

Na lista de veículos, está a entrega de um caminhão baú para o transporte de mercadorias da agricultura familiar. O prefeito explica que o município de Itacaré tem uma forte vocação para a agricultura familiar, com centenas de famílias que dependem dessa atividade econômica, mas que encontravam dificuldades para a entrega dos produtos, principalmente do Programa de Aquisição de Alimentos, o PAA. O novo veículo será fundamental para garantir esse transporte e fazer a entrega dos produtos com muito mais rapidez e qualidade.

Antônio de Anízio informou que com recursos próprios e com o apoio de deputados e lideranças políticas, o município de Itacaré vem modernizando a sua frota mecânica e adquirindo cada vez mais veículos para que possa oferecer um serviço melhor para a comunidade. Nos últimos anos foram adquiridas máquinas e tratores, ambulância, ônibus escolares, carros para a Secretaria de Desenvolvimento Social, caminhonetes para o Programa de Coleta Seletiva e vários outros veículos que vem servido à comunidade nos mais diversos setores.