Por Jamesson Araújo
Uma pesquisa Quaest, encomendada pela Genial Investimentos e divulgada nesta quarta-feira (5), revela que a maioria dos brasileiros não quer ver o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como candidatos nas eleições presidenciais de 2026. Os dados mostram um país cansado da polarização política que dominou as últimas eleições, dividindo famílias, amigos e alimentando uma disputa acirrada que transcendeu o debate político, atingindo temas como economia, democracia e soberania nacional.
O que diz a pesquisa?
-66% dos entrevistados acreditam que Lula não deve concorrer à reeleição em 2026. O índice representa um salto de 13 pontos percentuais em menos de um ano.
– 65% acham que Bolsonaro deveria desistir de uma nova candidatura, enquanto apenas 26% defendem que ele tente se eleger novamente, mesmo com a possibilidade de inelegibilidade.
– 45% dos brasileiros temem mais um retorno de Bolsonaro ao poder, enquanto 40% têm mais medo da continuidade de Lula. Outros 7% afirmam ter receio de ambo.
Fadiga da polarização
As últimas eleições presidenciais, especialmente a de 2022, aprofundaram a divisão no país, com os dois lados adotando posturas cada vez mais radicais. Mesmo com vitórias alternadas – Bolsonaro em 2018 e Lula em 2022 –, o Brasil permaneceu dividido, com parte da população torcendo pelo fracasso do governo oponente.
A pesquisa reflete um desejo por renovação política, indicando que os eleitores podem estar em busca de alternativas que reduzam a tensão e ofereçam um projeto menos conflituoso para o país.
O levantamento foi realizado com 2.004 entrevistados, por meio de questionário aplicado presencialmente entre 29 de maio e 1º de junho. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Com os dados, fica claro que, enquanto Lula e Bolsonaro ainda mobilam grande parte do eleitorado, uma parcela significativa da população espera que novos nomes surjam no cenário político, sinalizando um possível esgotamento do modelo de polarização que dominou o Brasil nos últimos anos.
Será 2026 o ano da virada? A resposta dependerá da capacidade da política brasileira de ouvir esse clamor por mudança.
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