Wajngarten diz que carta da Pfizer a Bolsonaro sobre vacinas ficou 2 meses sem resposta


O ex-secretário de Comunicação do Planalto, Fabio Wajngarten, depõe neste momento na CPI da Covid-19 no Senado.

Questionado pelo senador Randolfe Rodrigues, vice-presidente da CPI da Pandemia, o ex-secretário de Comunicação, Fabio Wajngarten confirmou a demora brasileira na resposta à carta da farmacêutica.

A oferta foi feita no dia 12 de setembro. A Pfizer enviou a carta a seis autoridades no Brasil: o presidente, vice-presidente, ministro da Saúde, ministro da Economia, ministro da Casa Civil e o embaixador do Brasil nos EUA.

Segundo ele, apenas em 9 de novembro, quando ele teve acesso à carta enviada pela farmacêutica o Governo enviou alguma resposta aos representantes da empresa.

Wajngarten alegou que colocou o então presidente da Pfizer no Brasil, Carlos Murilo, em contato direto com o presidente Jair Bolsonaro e com o ministro da Economia, Paulo Guedes, que estavam em uma audiência no Palácio do Planalto. “O presidente foi informado no primeiro momento”.

Segundo o relato, Guedes concordou que era preciso comprar vacinas. “É esse é o caminho, é esse o caminho, o caminho são as vacinas”, teria dito o ministro da Economia ao falar com o representante da Pfizer, segundo o ex-secretário.

A carta em setembro foi endereçada a seis destinatários: ao presidente Jair Bolsonaro, ao vice-presidente Hamilton Mourão, ao embaixador do Brasil nos EUA, Nestor Foster, e aos ministros Paulo Guedes, Eduardo Pazuello e Walter Braga Netto.