Ministro reconhece que eleições municipais podem ser adiadas


Futuro presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Luís Roberto Barroso admitiu que as eleições municipais marcadas para outubro podem ser adiadas devido à pandemia do novo coronavírus. Ele, no entanto, pontuou que ainda é cedo para traçar qualquer cenário e reiterou que uma eventual decisão sobre a prorrogação dos mandatos de prefeitos e vereadores depende do congresso.

“O debate ainda é precoce porque não há certeza de como a contaminação vai evoluir. Na hipótese de adiamento, ele deve ser pelo período necessário para que as eleições possam se realizar com segurança para a população, talvez dezembro”, disse.

O ministro, no entanto, diz não considerar uma “boa a ideia” cancelar as eleições e juntar tudo em 2022, quando haverá eleições presidenciais.

“Unificar pode atrapalhar a diferença entre o debate das questões nacionais e das questões locais”, apontou.

Ele, no entanto, reiterou que “a palavra final na matéria será do Congresso Nacional, a quem cabe aprovar emenda constitucional a respeito, se vier a ser o caso”.

“Como já afirmei anteriormente, a saúde da população é o bem maior a ser preservado. Mas nós estamos em abril. As convenções partidárias para escolha dos candidatos são em agosto. A campanha começa na segunda metade de agosto. As eleições são em outubro”, pontuou.

Lideranças políticas têm defendido que o pleito de outubro deveria ser adiado. Até o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, já se manifestou nesse sentido e disse que o Congresso Nacional deveria debater o assunto.

A atual presidente do TSE, em suas manifestações, têm sido categórica ao afirmar que o calendário eleitoral está mantido e que esse debate é “precoce”.

Informações do Valor Econômico.