“A zona rural do Recôncavo virou um faroeste”, denuncia Targino


Deputado Estadual Targino Machado.

O deputado estadual Targino Machado (Democratas), líder da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), voltou a denunciar, nesta terça-feira (21), a falta de segurança na zona rural da Bahia, especialmente no Recôncavo, onde fazendas continuam a ser roubadas e furtadas por bandidos. No início do mês, pelo menos 100 cabeças de gado foram furtadas ou roubadas em fazendas do Recôncavo num intervalo de três dias.

“Apesar das reclamações dos fazendeiros da região e da nossa crítica, nada foi feito e os roubos e furtos de animais continuam acontecendo. A comunidade rural está em polvorosa. O que acontece nas periferias da cidade em termos de violência está acontecendo também no campo. As comunidades das periferias estão mais protegidas do que as do campo”, criticou o parlamentar.

Nesta semana, fazendeiros do Recôncavo voltaram a procurar Targino para denunciar o problema, que tem se intensificado neste início de ano com novos casos registrados nos últimos dias. “O campo virou terra de ninguém. Não há uma única fazenda no Recôncavo que ainda não tenha sido roubada, assaltada. Como é que cria 200, 300 cabeças de gado e perde 30, 40 ou 50? Qual o lucro que vai ter nisso?”, desabafou o fazendeiro José da Costa Falcão Júnior, conhecido como Júnior Falcão, dono da fazenda São João.

Targino ressalta que é necessário uma atuação mais efetiva do governo do estado e acredita que é fundamental chamar para o diálogo a Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia (FAEB). “A FAEB é a entidade que melhor pode contribuir, pois sabe das necessidades dos produtores, especialmente em relação à segurança”, afirma.

“O governo precisa ser mais enérgico com esta situação de insegurança que tomou conta da zona rural da Bahia. O que impressiona é a inércia diante dos casos. É fundamental que tenhamos ações específicas voltadas para o campo, de policiamento ostensivo mesmo, para proteger não apenas os fazendeiros, mas toda a população da zona rural, que está acuada e com medo”, complementa.