Ilhéus: Mesmo com a chegada da nova ponte, a Embasa vai manter estação elevatória na Av. Soares Lopes


Estação Elevatória de Esgotos (EEE) da Avenida Soares Lopes. Foto Blog do Gusmão.

“Pense num absurdo, na Bahia tem precedente”, dizia Otávio Mangabeira, governador do Estado entre 1947 e 1951.

Alvo de críticas dos ilheenses há anos, a Estação Elevatória de Esgotos (EEE) da Avenida Soares Lopes, inaugurada na gestão de João Durval (ex-governador da Bahia de 1983 a 1986), fica em um local próximo às principais atrações turísticas de Ilhéus, e com a chegada da nova ponte, torna-se um objeto disforme que precisa ser retirado.

Além do mau cheiro, a famigerada Estação Elevatória de Esgotos, joga milhares de litros de esgoto na praia, além de manter um suspiro (extravasor) próximo ao Obelisco ao Dois de Julho, e a cinco metros da pista da nova ponte.

Imagem mostra extravasor . Foto Jamesson Araújo.

Depois de inaugurada, quem sair da belíssima ponte sentido Av. Soares Lopes, vai se deparar com um rio de esgoto. Isso mesmo, enfiado em uma vista panorâmica da nova ponte.

Quem achava que com a chegada da nova ponte e a construção das vias, a estação de esgoto sairia da Soares Lopes, se enganou! A sensação é que estão fazendo uma obra gigantesca, sem pensar nos pequenos detalhes.

Em 2018, o Blog do Gusmão, parceiro do Blog Agravo, trouxe uma reportagem mostrando a situação obsoleta da estação elevatória. Clique aqui para ler.

Durante a renovação com contrato com a Embasa, a Prefeitura divulgou através de uma nota, em maio deste ano, a afirmação de que o contrato inclui a reestruturação da estação elevatória da Avenida Soares Lopes. Entramos em contato com a Embasa questionando a situação da estação e da adequação a obra da nova ponte, por meio de fotos.

Extravasor vai ser cartão postal da via de acesso a nova ponte de Ilhéus. Foto José Nazal.

Em nota encaminhada ao Blog Agravo, a Embasa informou que se comprometeu a executar, ao longo da vigência do novo contrato de programa firmado, junto ao município de Ilhéus, obras de requalificação da Estação Elevatória de Esgotos (EEE) da Avenida Soares Lopes. O investimento estimado para as intervenções é de R$1,3 milhão. Entre as “melhorias” está prevista a aquisição de um gerador próprio, que vai minimizar a utilização do extravasor em caso de interrupção do fornecimento regular de energia elétrica.

Estação está encravada no meio da construção das novas vias. Foto Jamesson Araújo.

A Embasa também respondeu sobre a situação do extravasor e adequação a obras da nova ponte:

Qualquer projeto construtivo de uma estação elevatória de esgoto prevê um ponto de extravasamento. Esse ponto corresponde à fotografia enviada pelo blog, que também se trata de uma desembocadura de rede de drenagem de águas pluviais. A contribuição de esgoto ocorre nas seguintes situações: quando há interrupção de energia elétrica e o esgoto deixa de ser bombeado na EEE; e quando usuários usam indevidamente a rede de drenagem de águas pluviais, para afastamento dos esgotos sanitários. Para minimizar o problema, a Embasa opera no local uma captação em tempo seco – responsável por interceptar os esgotos e direcioná-los à estação de tratamento.

Em relação às obras de implantação da ponte estaiada e de vias complementares, a Embasa informa que mantém entendimentos com a empreiteira responsável pelo empreendimento, fornecendo informações como localização, profundidade e diâmetro das redes de água e de esgoto, cabendo à empreiteira quaisquer adequações necessárias para não se produzir impacto na operação destes equipamentos.

Como pode ser visto na informação acima, Ilhéus vai continuar com o esgoto na praia, e com odor desagradável na Av. Soares Lopes. Um retrocesso sem tamanho!

Primavera começa hoje, mas chuvas devem se fixar apenas em outubro


A primavera começa nesta segunda-feira (23) em todo o hemisfério sul do planeta. No Brasil, a estação é caracterizada pela chegada das chuvas. Este ano, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) as precipitações deverão começar em outubro, um pouco mais tarde que no ano passado, quando tiveram início em setembro.

“A primavera, no geral, é a mudança da estação do inverno para a chegada do verão. Estamos saindo de um período frio para começar um período quente. Quando vamos para a parte central do Brasil e Sudeste, a estação é associada com a chegada das chuvas. Por isso, grande parte do Brasil tem plantio nessa época do ano, em outubro, quando as chuvas começam a se fixar”, disse, em Brasília, o chefe da previsão do tempo do Inmet, Francisco de Assis.

Acrescentou que a primavera é sempre associada a temporais, pancadas de chuva e trovoadas: “Exatamente por isso que estamos entrando em um período quente com a formação de nuvens, para começar o período de chuva”, explicou.

Norte

De acordo com a Meteorologia, a previsão para a Região Norte é que, em Roraima, Amapá, nordeste do Amazonas e meio norte do Pará as chuvas ocorram próximas ou abaixo da média para o período. Já na parte centro-sul do Amazonas, sudoeste do Pará e no Acre e Rondônia, haverá possibilidade de chuvas acima da média durante os meses de outubro a dezembro. As temperaturas serão de normal a acima da média.

A região apresentou bastante irregularidade nas chuvas entre junho a agosto. A redução das chuvas em localidades dos estados de Rondônia, Tocantins e sul do Pará e as altas temperaturas e baixa umidade relativa do ar, favoreceram a incidência de queimadas, muito comuns nesta época do ano. Alguns episódios de friagem também foram registrados neste período e atingiram o Acre, Rondônia e sul do Amazonas.

Nordeste

A previsão para a primavera indica maior probabilidade de chuvas perto da média na parte leste do Nordeste. Nas demais áreas, haverá o predomínio de chuvas ligeiramente abaixo da média. Ressalta-se que o trimestre de outubro a dezembro é o mais seco da parte leste do Nordeste.

As temperaturas estarão mais elevadas sobre todo o Nordeste, principalmente na região sul do Maranhão e do Piauí.

Durante os meses de inverno, as chuvas registradas foram próximas ou abaixo da média em grande parte da região.

Em lugares como João Pessoa, na Paraíba, onde geralmente chove em torno de 790 milímetros (mm) entre os meses de junho a agosto, choveu 670 mm somente em junho. As chuvas amenizaram as temperaturas nesta região, principalmente no sudeste da Bahia, onde a média das máximas em agosto ficou entre 24 ºC e 26 ºC.

Centro-Oeste

A previsão para o Centro-Oeste indica alta probabilidade de chuvas de normal a acima de normal em grande parte da região, exceto na metade norte do Goiás, onde as chuvas serão ligeiramente abaixo da média climatológica.

As temperaturas serão acima da média, principalmente no sul do Mato Grosso do Sul, norte de Mato Grosso e Distrito Federal.

Municípios de Mato Grosso e Goiás ficaram mais de 100 dias consecutivos sem chuva, a partir de maio deste ano.

Nestas mesmas áreas, as temperaturas médias foram acima do normal climatológico, em razão da permanência de massas de ar seco e quente, as quais favoreceram a ocorrência de queimadas e incêndios florestais.

Em alguns dias entre junho e setembro, a umidade relativa do ar apresentou valores abaixo de 20% nos horários com temperaturas mais elevadas, como ocorrido no Distrito Federal, em que a estação meteorológica do Inmet, no Gama (DF), registrou 8% de umidade relativa do ar no dia 4 de setembro.

Sudeste
Na Região Sudeste, a previsão é que as chuvas sejam ligeiramente abaixo da faixa normal, exceto no estado de São Paulo, sul de Minas Gerais e Rio de Janeiro, onde podem ocorrer chuvas mais fortes, principalmente em novembro. As temperaturas devem permanecer acima da média em grande parte do Sudeste.

A precipitação de chuvas no inverno seguiu características típicas para o período, com baixa ou total ausência de precipitação, com exceção do leste de São Paulo e Rio de Janeiro, onde as chuvas foram entre 20 e 70 mm acima da média.

As temperaturas médias foram de normal a ligeiramente acima da média em grande parte da região. Foram registrados nos estados de São Paulo e Minas Gerais alguns poucos episódios de geadas somente no início de julho, com intensidade variando de fraca a moderada.

Sul
Na primavera, ainda de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia, as chuvas devem permanecer ligeiramente acima da faixa normal nos três estados da região Sul. Já as temperaturas médias devem predominar dentro da normalidade na parte oeste da região e acima da média no restante.

Durante o inverno, os maiores volumes de chuva estiveram localizados sobre a metade sul do Rio Grande do Sul. Durante os primeiros dias de junho, deu-se o início da temporada de temperaturas mais baixas, entretanto, as temperaturas abaixo de zero só ocorreram em julho e agosto.

Em áreas de serra e planalto da Região Sul do país, houve formação de geadas com intensidade variando de moderada a forte. Durante a primeira semana de julho e também de agosto, houve registro de neve na região serrana do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.