‘Famosos’ da Federal desistem de candidaturas nas eleições deste ano


O agente da PF Lucas Valença, que escoltou o deputado cassado Eduardo Cunha (MDB-RJ) durante sua condução para a prisão, foi batizado de ‘Hipster da Federal’.

Nomes que ganharam notoriedade em operações desistiram de disputar as eleições de 2018. Newton Ishii, o “japonês da Federal”, e Lucas Valença, o “hipster da Federal”, tornaram-se conhecidos por conduzir condenados da Lava Jato e chegaram a ensaiar a entrada para a política, mas não devem se candidatar.

“Eu acho que esse negócio de política não é pra mim”, disse Valença, que chamou atenção durante a prisão do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (MDB-RJ), em outubro de 2016. Com coque e uma longa barba, o agente causou frisson nas redes sociais, onde ganhou o apelido de “lenhador”.

Depois da fama repentina, Valença se filiou ao Novo e cogitou concorrer a uma vaga na Câmara. Hoje, no entanto, afirmou que não colocará o plano em ação, mas não descartou uma candidatura no futuro. “Não fecho as portas para nenhuma opção”, disse.

O “japonês da Federal” também tem dito que não vai concorrer nestas eleições. Filiado ao Patriota, ele foi condenado por facilitação de contrabando na fronteira entre Brasil e Paraguai e chegou a ficar detido por quatro meses em 2003. Caso decidisse se candidatar, poderia ser impugnado com base na Lei da Ficha Limpa.

Outras categorias ligadas à corporação, como delegados e peritos, devem apresentar nomes na disputa. Segundo a Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal, 14 delegados devem ser candidatos a cargos no Legislativo e Executivo. Em abril, a entidade realizou workshop com especialistas em direito eleitoral e profissionais da área de comunicação, que falaram sobre legislação e assuntos como fake news.

A entidade, no entanto, disse que esse foi o único envolvimento no processo eleitoral, e que não investiu recursos para produção de material publicitário ou na contratação de profissionais para campanhas políticas.

No caso dos peritos, cinco representantes da categoria devem ser candidatos, mas a Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais afirmou que não realizou nem financiou eventos sobre a eleição.

*Informações do Jornal Estadão.