Seis anos após crime, ex-policial é condenado a 30 anos de prisão por matar mulher e forjar acidente


Com informações do G1 Bahia

Ex-policial e irmão foram condenados seis anos após morte de mulher (Foto: Reprodução/ TV São Francisco)

O ex-policial civil João Macedo foi condenado a 30 anos de prisão em regime fechado, na madrugada desta quarta-feira (19), em Senhor do Bonfim, norte da Bahia, por matar e torturar a mulher no ano de 2011. Márcia Regina, de 28 anos, foi morta dentro de casa.

Após matar a esposa, João Macedo dos Santos forjou um acidente na BA-131, entre Senhor do Bonfim e Antônio Gonçalves, para simular que essa era a causa do óbito. Por conta da fraude processual, ele foi condenado a dois anos, sete meses e 14 dias de detenção, além dos 30 anos em regime fechado. Não foi detalhado o regime da segunda condenação.

O irmão do ex-policial, Renato Macedo, foi condenado a três anos de detenção por participação no crime. O julgamento começou na manhã de terça-feira (18) e terminou às 3h de quarta-feira. O corpo de jurados foi composto por sete pessoas. Antes da condenação desta quarta-feira, o júri já tinha sido cancelado duas vezes. João estava em liberdade há 10 meses, teve a prisão decretada em junho deste ano e foi solto um mês depois. Desde então, ele estava aguardando julgamento.

Crime

João Macedo foi preso no dia 8 de novembro de 2011, em Senhor do Bonfim. Na época da prisão, a polícia informou que ele espancou a companheira até a morte e depois simulou o acidente de carro. O crime foi na noite do dia 29 de outubro de 2011. “Ele tinha dito que estava indo para a festa de Pindobaçu e que perdeu o controle do carro em uma curva, e nesse acidente a esposa teria caído do carro e teria falecido”, contou, à época, o delegado Felipe Neri.

A polícia solicitou a prisão do marido da vítima após concluir que ele a havia espancado até a morte. “Ficou totalmente caracterizado que não houve acidente naquele local e em uma pesquisa mais minuciosa dentro do carro encontramos sangue e cabelo da vítima”, relatou o delegado à época do crime. A perícia confirmou que Márcia Regina foi morta antes de chegar ao local onde foi encontrada. Dois dias depois do crime, o policial foi à missa de finados, em homenagem à esposa.