O Ministério da Saúde apresentou hoje (29), em Brasília, o Plano Nacional pelo Fim da Tuberculose. O documento, elaborado por cerca de 50 pessoas e submetido a consulta pública, busca incorporar a proteção social na agenda de combate à tuberculose, já que a doença tem forte ligação com a pobreza.
Segundo a coordenadora geral do Programa Nacional de Controle da Tuberculose, Denise Arakaki, o plano reforça ainda a importância de se incorporar as características de cada local do Brasil na formulação de políticas públicas para a área.
“Tínhamos algumas estratégias locais, mas agora elas vêm como uma recomendação nacional. Os estados e municípios precisam conhecer quais os determinantes sociais do seu local e enfrentar, via ciência social, serviço social, Bolsa Família e outros programas de benefícios sociais.”
Outro incremento é a aliança entre a pesquisa e a prática dos gestores, que promoveria “uma equidade também no planejamento”. “Ele [o gestor] tem que pensar no que ele identifica como uma lacuna na sua atividade e como ele responde àquilo. Os estados e os municípios estão fazendo imensos esforços. A pergunta é: será que os esforços estão nas ações corretas? A nossa ideia é tentar ajudar a focalizar, a otimizar os poucos recursos disponíveis na nossa rede”, disse Denise.