Represa da Esperança é “redescoberta” e surpreende os ilheenses nas redes sociais


Represa da Esperança, foto feita por José Nazal /2016.
Represa da Esperança, foto feita por José Nazal /2016.

Muitos ilheenses não sabem a história rica de detalhes e curiosidades de sua cidade. Um vídeo que circula nas redes sociais, principalmente no WhatsApp, mostra  um cidadão na represa da Unidade de Conservação (UC), Parque Municipal da Boa Esperança, falando da quantidade de água e que poderia ser usada para diminuir a crise hídrica, que alcançou Ilhéus, depois que a represa do Iguape praticamente secou. Clique aqui para ver o vídeo !

Para quem não sabe o Parque Municipal da Boa Esperança, situada no perímetro urbano de Ilhéus, possui área de 437 hectares, localizado no antigo engenho de Fernão Alvarez, onde está localizada a represa da Esperança, que a partir da década 20, por 45 anos subsequentes abasteceu grande parte de Ilhéus coordenada pelo governo municipal.

Em 1972 a captação de água na represa da Esperança foi desativada, quando o abastecimento de água foi transferido para a represa do Iguape, localizada também no bairro do Iguape, sobre a responsabilidade do governo do estado, diga-se Embasa.

Galeria de Fotos feitas José Nazal.

O parque da Esperança é um belíssimo lugar, que chegou a ter um projeto para exploração turística na década de 90 na gestão do atual prefeito de Ilhéus, Jabes Ribeiro, que conseguiu captar recursos federais e foi iniciada então a organização física do Parque.

Esse projeto para implantação da infraestrutura física do Parque da Esperança, elaborado por técnicos da FUNPAB, PMI, CEPLAC e Centro de Recursos Ambientais (CRA), consistiu na reforma das construções (existentes) de apoio à barragem, construção de guarita, melhoria do acesso principal, abertura e melhoramento de trilhas, construção de unidades para demonstração técnicocientífica cultural e vivência ambiental, implantação de sistema de energia elétrica, construção de viveiro para plantas endêmicas, identificação e caracterização das áreas degradas e definição de estratégias para recuperação e/ou enriquecimento, atividades de educação ambiental, dentre outras metas de projeto.

A partir de 2006, todo o projeto foi esquecido pelo governo municipal e as obras foram destruídas, jogando pelo ralo o investimento de 500 mil reais, feito pelo governo federal. Sem vigilância, guaritas e casas de apoio foram alvos de vândalos.

Infelizmente, hoje o Parque da Esperança que é rico em fauna e flora, não tem vigilância, e não está acessível à população.

*O Blog Agravo usou informações do fotógrafo e escritor José Nazal, e a tese de mestrado em Desenvolvimento Regional e Meio ambiente “As representações sociais do Parque Municipal da Boa Esperança, em Ilhéus, Bahia, pela comunidade do seu entorno” feita por Regina Leite de Farias, que pode ser acessado clicando AQUI.