Governo assume gestão de aeroporto usado na 2ª guerra mundial em Caravelas


Foto divulgação.
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Região com grande potencial turístico, o extremo-sul da Bahia ganhou um novo motivo para atrair visitantes. A administração do Aeroporto do município de Caravelas – antes de poder da Força Aérea Brasileira para fins militares – passou a ser de responsabilidade do Governo do Estado. A transmissão oficial da gestão foi realizada na manhã deste sábado (22), em cerimônia que contou com a presença do governador Rui Costa, de autoridades e membros da sociedade civil.

Em tempos de paz, o aeródromo será utilizado para o transporte de passageiros, mais uma alternativa para quem deseja curtir as maravilhas do território conhecido como Costa das Baleias. “O turista vai ter mais facilidade para visitar o extremo-sul. O aeroporto representa o desenvolvimento, mais empregos e renda para a região. Com ele, a economia vai mudar, melhorar muito”, afirmou o governador Rui Costa.

Para atender a população, o local passou por requalificação. Serviços de roçagem e limpeza de todo o sítio aeroportuário, instalação de nova cerca patrimonial e nova biruta, correções no Parque de Abastecimento de Aeronaves (PAA), sinalização vertical e restauração do Terminal de Passageiros (TPS) foram realizadas entre 2010 e 2014. As duas pistas também foram recuperadas.

Criado há sete décadas pelo Governo brasileiro em acordo com os americanos, o Aeroporto de Caravelas foi um ponto estratégico na segunda guerra mundial. Devido a localização em faixa intermediária do litoral do país, a estrutura funcionou como base aérea militar das forças aliadas. “Este aeroporto era fundamental às forças armadas. Era vital na logística de muitas estratégias. Também era aqui onde eram pensadas manobras de guerra que dependiam de um ponto de abastecimento”, explicou o brigadeiro José Hugo Wolkmer, comandante do segundo comando aero regional, responsável pelo nordeste brasileiro.

Pelo aeródromo também passaram grandes nomes como o do francês Antoine de Saint-Exupéry, autor do clássico O Pequeno Príncipe. O francês voou pelo território brasileiro na década de 30, quando era piloto da Compagnie Générale Aéropostale.

Para iniciar o funcionamento das rotas comerciais, o governo estadual aguarda a homologação por parte do governo federal. Segundo o governador, ainda neste ano licitações serão feitas para a seleção da empresa privada que ficará responsável pela gestão do aeroporto.

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