TCU flagrou superfaturamento na Ferrovia Oeste-Leste


Carregamento de trilhos desembarcando no Porto do Malhado em Ilhéus. Foto Arquivo.
Carregamento de trilhos desembarcando no Porto do Malhado em Ilhéus. Foto Arquivo.

O Tribunal de Contas da União apontou superfaturamento na aquisição de trilhos para a Ferrovia Oeste-Leste. O produto foi comprado na China por intermédio de uma empresa brasileira, a RCM.

A aquisição dos trilhos para a Oeste-Leste e para outra ferrovia, a Norte-Sul, era estimada em R$ 942 milhões mas a entrega nem foi concluída e o custo já ultrapassa R$ 1,3 bilhões, segundo relatório do TCU.

De acordo com as investigações, a RCM, em consórcio com a chinesa Panang, é responsável pelo fornecimento de 70% dos trilhos. O consórcio entrou com ação judicial para que o governo pague a dívida.

Ele passaria dos R$ 320 milhões. Ainda segundo o TCU, mais de R$ 240 milhões já foram pagos ao consórcio. Até o início deste ano, mais de 50 mil toneladas de trilhos desembarcaram no Porto de Ilhéus.

Os trilhos começaram a ser assentados em fevereiro, mas a obra sofreu paralisação. Os atrasos aumentaram ainda mais com a crise econômica, a Operação Lava Jato e a prisão de empreiteiros ligados ao projeto da Fiol.

Nesta quinta-feira, as empresas que ainda tocavam a obra pararam de vez os trabalhos e dispensaram 500 operários. ( A Região)