Remédios poderão ter alta de até 7,70% no próximo mês


wmX-621x414x4-54f2701dc52b6756a85a5cd0250484dda537e537903e2Comprar remédios deverá ficar de 5% a 7,70% mais caro a partir do mês que vem. O reajuste anual que deverá ser aplicado no dia 31 de março elevará os preços de 19 mil representações de medicamentos de referência (marcas famosas). Os novos valores para os consumidores, porém, deverão chegar às prateleiras ao longo do mês de abril.

Apesar de a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não ter divulgado os percentuais oficiais de correção, que variam de acordo com a faixa em que o medicamento se enquadra, o Sindicato da Indústria Farmacêutica de São Paulo (Sindusfarma) já estimou os aumentos máximos para as três faixas: 7,70% para os remédios de nível 1 (faixa em que seus concorrentes genéricos têm participação igual ou superior a 20%), 6,35% para os de nível 2 (grupo em que os genéricos respondem por de 15% a 20% do mercado) e 5% para os de nível 3 (casos em que os concorrentes detêm menos de 15%).

— Quanto maior a participação dos genéricos (concorentes dos remédios de referência), maior o reajuste permitido pelo governo, já que a concorrência é mais acirrada — disse Renato Tamarozzi, diretor executivo da Associação Brasileira do Comércio Farmacêutico (ABCFarma).

O ajuste de preços levará em conta a inflação acumulada em 12 meses até fevereiro de 2015, pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Os remédios de nível 1, faixa que agrupa 21,57% dos medicamentos das farmácias, inclui tranquilizantes, diuréticos e anti-hísmicos. No nível 2, que engloba 26,70%, estão anestésicos, remédios para parar de fumar e antipsicóticos. O nível 3, com participação de 51,73%, tem vasodilatadores.