Audiência pública nesta 6ª feira discutirá sobre a demarcação de terras na região


foto divulgação - Cristiano Cruz
foto divulgação – Cristiano Cruz

A Associação dos Pequenos Agricultores de Ilhéus, Una e Buerarema realizará uma audiência pública nesta sexta-feira (13), às 14 horas, no auditório do escritório da Ceplac, em Ilhéus, para discutir e buscar soluções para o problema da demarcação de terras no Sul da Bahia. A audiência vai contar com a participação de representantes dos governos estadual e federal, pequenos agricultores e lideranças políticas regionais, além de membros da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa da Bahia.

 A deputada estadual Ângela Sousa (PSD) Ângela Sousa voltou a cobrar dos governos Federal e Estadual uma solução pacifica e justa para o problema da demarcação de terras no Sul da Bahia. De acordo com Ângela Sousa, se houver a necessidade de realizar a demarcação, é preciso que se utilizem critérios justos e coerentes, ao contrário do que propõe a Funai, que prevê a destinação de 47 mil hectares de terras produtivas, tirando de pequenos agricultores para entregar a pessoas que se autodeclararam índios.

No convite para a audiência o presidente da Associação dos Pequenos Agricultores de Ilhéus, Una e Buerarema, Abiel Silva, explica que o Sul da Bahia vem sofrendo com a insegurança, a violência e o medo desde que a Funai decidiu deflagrar o processo de demarcação de 47 mil hectares de terras produtivas na região. “Essa situação de conflitos e de guerra não pode continuar. O Sul da Bahia precisa voltar a produzir num clima de paz, segurança e harmonia”, complementou o presidente da Associação.

 Ângela Sousa informou que essa solução precisa acontecer o mais rápido possível, já que a região vive em clima de guerra, gerando sérios prejuízos para toda a Bahia. A deputada informou que desde o ano de 2008 vem alertando os governos para esse conflito e como nenhuma ação mais eficaz foi realizada, a situação foi se agravando, com o registro de mortes e com inúmeros casos de pequenos produtores que tiveram suas terras invadidas, foram expulsos de suas propriedades, sendo espancados e humilhados. Ângela Sousa reafirmou que essa situação de conflitos, medo e insegurança não pode continuar, sendo necessária uma intervenção maior do Estado e do Governo Federal para que o problema seja resolvido.