Estudantes vão fazer manifestação para Dnit recolocar a lombada da UESC


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BR 415, porta da UESC. Imagem do Google Street View.

Estudantes de vários cursos da Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC, estão organizando um protesto para que seja refeito o “quebra-molas” que havia em frente à Universidade, no Km 16 da rodovia Jorge Amado (bairro Salobrinho). A manifestação será realizada a partir das 13 horas, do dia 24 de fevereiro.

A rodovia Jorge Amado (trecho Ilhéus-Itabuna da BR 415), com 28 km de extensão, é pontilhada por quebra-molas, porém o que fica localizado em frente à UESC foi o único retirado pelo Dnit-Bahia e em seu lugar foi colocado um “pardal” para fiscalização eletrônica. Ocorre que os motoristas não respeitam o limite de velocidade, fazem ultrapassagem perigosa e vários atropelamentos já ocorreram e ainda podem ocorrer por falta da lombada. Na UESC, só nos  33 cursos de graduação estudam cerca de dez mil pessoas. Mas existem a Universidade Aberta (para idosos), a Pós-graduação, cursos de extensão, funcionários, fornecedores  etc.

“Muitos motoristas já passavam em alta velocidade com a lombada, imaginem agora. Estamos correndo o risco ao atravessarmos uma BR, mesmo com o pardal marcando um limite de velocidade máxima. O limite é muito grande para uma área estudantil, 50 km/h, é um absurdo para tal local”, é um dos comentários na página do evento no Facebook.

A rodovia era administrada pelo Departamento de Estradas e Rodagens da Bahia (Derba), que nunca colocou uma faixa de pedestres no local, onde centenas de jovens, adultos, idosos e crianças cruzam a pista de intenso movimento a todo instante da Universidade para os pontos de ônibus. O quebra-molas, retirado agora pelo Dnit, foi colocado a cerca de 20 anos depois de várias mortes trágicas no local, como o último acidente com duas jovens que foram arremessadas e mortas imprensadas na vala de escoamento pluvial.

Vários apelos já foram feitos ao Dnit e até mesmo ao Derba, porém sem respostas. “Enquanto isso, estudantes e funcionários contam com a “boa vontade” dos motoristas para atravessarem a pista, bem como com a sorte para que não sofram acidentes,” desabafa uma das lideres do movimento.