CPI provoca reunião de emergência no Palácio do Planalto


Mercadante convocou a reunião
Mercadante convocou a reunião

O ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, se reuniu nesta quarta-feira com líderes da base aliada do Senado para traçar uma reação contra integrantes da oposição, vitoriosos com a decisão da ministra do Supremo Tribunal Federal Rosa Weber, que determinou a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) restrita a fatos envolvendo a Petrobrás.

O encontro realizado no gabinete de Mercadante também contou com a presença do ministro de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, e do líder do Congresso, senador José Pimentel (CE), do líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), do líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE) e do líder do PTB, Gim Argello (DF).

Na reunião, segundo alguns dos presentes, o entendimento foi de que com a decisão de Rosa Weber o jeito agora é se preparar para a CPI e indicar integrantes do “primeiro escalão”, que não deverão disputar as próximas eleições de outubro, para comporem o colegiado.

Também foi estudada no encontro uma reação contra integrantes da oposição, autores do pedido da CPI da Petrobras. A ideia é acelerar a coleta de assinaturas para a criação de uma CPI que investigará supostas irregularidades ocorridas no Metrô de São Paulo na gestão PSDB. Uma das alternativas colocada no encontro é a de adicionar assinaturas dos senadores da base ao requerimento do deputado Paulo Teixeira (PT-SP), que já iniciou a busca de apoio na Câmara para a criação comissão parlamentar de inquérito para investigar a gestão tucana a frente do Metrô de São Paulo. Dessa forma seria feita uma CPI mista.

Outra medida estudada é a de também apresentar requerimentos na CPI da Petrobras do Senado que abordem temas relacionados ao Metro de São Paulo e à Refinaria Abreu e Lima, de Pernambuco. No entendimento de integrantes do Palácio e da base aliada, a decisão de Rosa Weber não impede que esse tipo de manobra seja aplicado. O objetivo é colocar em pauta temas que também possam atingir o senador Aécio Neves (PSDB) e ao ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB). Ambos devem disputar as próximas eleições presidenciais contra a presidente Dilma Rousseff. ( Diário do Poder )