Considerações do deputado estadual Targino Machado (DEM) em relação à prisão de Marco Prisco


Targino Machado
Targino Machado

As greves da Polícia Militar estão absolutamente inconvenientes, apesar de reconhecer que, por vezes, é o derradeiro instrumento recursal.

De igual modo inconveniente a decisão atribuída ao Ministério Público Federal (MPF) e a Justiça Federal de decretar a prisão preventiva de Marco Prisco, líder da greve da PM. Torna-se ainda mais inconveniente pelo fato de não existir uma só criança na Bahia que desconheça ter sido o governador Jaques Wagner o artífice desta prisão.

A greve da PM ocorrida em 2012 foi suspensa após o Governo do Estado assumir um rol de compromissos com a categoria. Após dois anos somente 20% deles foram atendidos. Portanto, o comando da greve foi bastante razoável em voltar a aceitar a palavra do governador e suspender a paralisação na última quinta-feira (17).

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, trouxe a solidariedade ao seu companheiro de PT, ocupante do Palácio de Ondina. Rapidamente, juntos, devem ter tramado a prisão do líder da multicitada greve numa verdadeira trapalhada de políticos acometidos de um pecado capital: a soberba.

Como resultado da trapalhada teremos o retorno da greve. Pena, ao invés do trapalhão pagar a conta, esta será debitada ao povo. Um trapalhão retornou à Brasília e o outro repousa em segurança no Palácio de Ondina.

Esta greve traz prejuízos a todos, inclusive à própria instituição Policia Militar, mas não tenho dúvida ao afirmar que esta prisão foi uma armação. Não foi, governador? Não compreendi o governador neste episódio. Sindicalista, homem dotado de grande inteligência emocional, lhano, urbano e civilizado, talvez tenha sido nocauteado no equilíbrio pela grande liderança de Marco Prisco. Ainda há tempo, governador. Peça desculpas ao povo da Bahia e notadamente às famílias enlutadas que prantearam os seus entes queridos.

As circunstâncias, sem dúvida, tendem a submeter o Marco Prisco a um martírio. Traído e preso justo na Sexta-feira da Paixão, e com requintes de sadismo, enviar o moço para a prisão da Papuda, em Brasília, talvez para hospedá-lo junto a José Dirceu, José Genuíno, Delúbio Soares e etc. O risco para a sociedade, a partir daí, seria iminente, imaginem se a encomenda se concretizasse: transformar o valoroso líder de classe em companheiro mensaleiro. Deus proteja o Prisco, ninguém merece, prefiro-o com os defeitos velhos.

Deputado estadual Targino Machado