Fazendeiro é suspeito de sumiço de quilombola


na Fazenda Pixaim e no Frigorífico Frijoa, ambos pertencentes a Jayme e localizados em Muquém do São Francisco, além de alguns imóveis no município de Morpará, foram apreendidas várias armas de fogo.
Na Fazenda Pixaim e no Frigorífico Frijoa, ambos pertencentes a Jayme e localizados em Muquém do São Francisco, além de alguns imóveis no município de Morpará, foram apreendidas várias armas de fogo.

O fazendeiro Jayme Oliveira do Amor, suspeito de participar das ações que resultaram no desaparecimento de um integrante da comunidade quilombola Boa Vista do Pixaim, teve mandado de prisão temporária cumprido por policiais civis em Salvador. A operação “Compadre D’Água”, deflagrada pelo Grupo Especial de Mediação e Acompanhamento de Conflitos Agrários e Urbanos – Gemacau, na manhã de terça-feira (8), em Muquém do São Francisco, Morpará e Salvador, resultou ainda nas prisões temporárias de Carlos Galdino Serafim, o “Carlão”, e Vonílson Barbosa de Sousa, o “Ninho”.

Os policiais civis, lotados em Salvador, Barreiras, Itabuna e Luís Eduardo Magalhães, também cumpriram quatro mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça de Ibotirama, na Fazenda Pixaim e no Frigorífico Frijoa, ambos pertencentes a Jayme e localizados em Muquém do São Francisco, além de alguns imóveis no município de Morpará.

Nestes locais, foram apreendidas várias armas de fogo (quatro rifles calibres 22, 38 e 44, oito espingardas calibres 12, 32 e algumas de fabricação artesanal, uma pistola calibre 380 e duas carabinas calibres 38 e 44). Havia também 244 munições intactas, de calibres 12, 22, 28, 32, 38, 44 e 380 e 111 e estojos de munições deflagradas de calibres 12, 22, 28, 32, 38 e 44.

Jayme e seus comandados Carlão e Ninho, além de outros ainda não localizados, são investigados pelos crimes de formação de bando armado, dano qualificado, constrangimento ilegal, ameaças, sequestro e homicídio qualificado.

A Operação Compadre D’Água foi realizada, após investigações solicitadas pela Comissão Nacional de Combate à Violência no Campo, presidida pelo Ouvidor Agrário Nacional, desembargador Gercino José da Silva Filho.

O Gemacau instaurou inquérito policial, que será remetido nos próximos dias à Justiça. O Tribunal de Justiça converteu a prisão temporária de Jayme em domiciliar, cumprida em Salvador. Carlão e Ninho continuam presos na Delegacia Territorial de Baianópolis.