Jutahy critica paralisação e desorganização na construção da barragem do Rio Colônia


deputado-federal-jutahy-junior-divulgaçãoO Deputado federal, Jutahy Junior (PSDB) ocupou o plenário da câmara dos deputados e criticou duramente o enredo que se tornou a construção da barragem do Rio Colônia em Itapé, que entraria em operação em janeiro do próximo ano. Promessa que não será cumprida.

Jutahy lembrou que o lançamento desse projeto no início deste ano, seguiu o roteiro festivo e marqueteiro com que o PT faz promessas, para depois descumprir e todos os discursos garantiam solução no abastecimento de água à região pelos próximos 50 anos, ao custo de R$ 71 milhões.

A empresa responsável pela obra demitiu funcionários, retirou suas máquinas e sem qualquer explicação do governo da Bahia, nem do governo federal para esses acontecimentos.

Outro problema grave lembrado por Jutahy foi que dos mais de 30 proprietários de terras, apenas 13 deles haviam recebido indenizações e descobriram que os valores pagos de R$ 3,5 mil por unidade de área, eram insuficientes para a aquisição de outras terras onde instalar suas atividades.

Até o mês de agosto, dos 3,6 mil hectares desapropriados pelo governo, as indenizações só alcançavam 800 hectares.

Leia o discurso do deputado federal Jutahy Junior na íntegra :

Senhor Presidente,
Senhoras e Senhores Deputados.

Estamos vivendo no Estado da Bahia, no município de Itapé, mais precisamente no distrito de Estiva de Baixo, a paralisação das obras da Barragem do Rio Colônia, projeto do PAC com o governo do Estado. Trata-se de uma situação absurda, uma repetição melancólica das marcas registradas dos governos petistas, em particular da gestão Dilma Rousseff: como já se sabe a incompetência gerencial e o descaso com o dinheiro público.

O lançamento desse projeto, no início deste ano, seguiu o roteiro festivo e marqueteiro com que o PT faz promessas para depois descumprir. Estavam lá o governador do Estado e sua comitiva; o prefeito e seus convidados; parlamentares da base de apoio do governo estadual, do governo federal; e todos os discursos garantiam solução no abastecimento de água à região pelos próximos 50 anos, ao custo de R$ 71 milhões.

A Barragem entraria em operação em janeiro do próximo ano, promessa que já sabemos que não será cumprida.
Em seguida, os produtores rurais se rebelaram, não só em protesto contra a desordem que as obras instalaram no abastecimento de água na região.

Antes entusiastas dos prometidos benefícios que a barragem traria para a região, os proprietários rurais que tiveram suas fazendas desapropriadas para a inundação e formação do lago da represa, descobriram que foram enganados.

Dos mais de 30 proprietários de terras, apenas 13 deles haviam recebido indenizações e descobriram que os valores pagos, R$ 3,5 mil por unidade de área, eram insuficientes para a aquisição de outras terras onde instalar suas atividades.

Até o mês de agosto, dos 3,6 mil hectares desapropriados pelo governo, as indenizações só alcançavam 800 hectares.
O resto é confusão e desrespeito.

A empresa responsável pela obra demitiu funcionários, retirou suas máquinas e não encontramos qualquer explicação do governo da Bahia, nem do governo federal para esses acontecimentos.

Chega a ser desumano. Os mais de 353 mil habitantes de Itabuna, Itapé e Itaju do Colônia não conseguem informações sobre a regularização do abastecimento de água.

Com a paralisação, além dos transtornos que uma obra desse porte provoca nas redondezas, e do desalento de todos que, de boa fé, investiram suas economias ou assumiram o risco de tomar empréstimos bancários para investirem em pequenos negócios, os habitantes desses municípios passaram a viver o drama e a angústia com os problemas provenientes da paralisação das obras.
Independentemente dos custos adicionais que a paralisação vai provocar, há um desânimo generalizado da população. Ninguém consegue saber se a barragem será mesmo construída, quando será retomada e, o mais preocupante nesse momento: o que vai acontecer com os trabalhadores demitidos.

O Deputado Augusto Castro, representante na Assembleia Legislativa da Bahia e de toda região Sul, está acompanhando esta problemática e me solicitou que trouxesse para esta tribuna este tema que acabo de pronunciar.

Deputado JUTAHY JUNIOR
                  PSDB-BA