Bahia : Governador discute questão indígena com o ministro da justiça


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O governador Jaques Wagner e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, seguem reunidos no Centro Administrativo da Bahia (CAB) com lideranças indígenas e proprietários rurais para tratar o conflito de terras na região de Buerarema, no Sul do estado.

No início da tarde, autoridades e produtores rurais estiveram reunidos por cerca de três horas na sede da Procuradoria Geral do Estado (PGE). Em seguida, a comitiva se encontrou com representantes das comunidades indígenas na Fundação Luís Eduardo Magalhães (Flem).

Wagner afirmou que a mediação busca um entendimento para o impasse sobre a questão que envolve a disputa de uma área de 47 mil hectares. “O que garante a legalidade de qualquer ato é uma sentença do Poder Judiciário. Fora isso, só teremos a pacificação se as partes aceitarem a mediação que estamos tentando construir. O fundamental é não sacrificar as duas partes com esse ambiente de hostilidade permanente em Buerarema e esta é uma questão que o Estado brasileiro precisa resolver”.

Pela manhã, Wagner e Cardozo se reuniram com representantes de órgãos ligados à questão indígena e de segurança. Estiveram presentes a presidente da Funai, Maria Augusta, a secretária nacional de Segurança Pública, Regina Miki, os secretários estaduais de Relações Institucionais, Cézar Lisboa, e de Segurança Pública, Maurício Barbosa, além de representantes da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência, do Conselho Nacional de Justiça, Secretaria Nacional de Articulação Social, Procuradoria da República, Força Nacional de Segurança, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Militar da Bahia.

O ministro José Eduardo Cardozo disse que a questão será analisada com total imparcialidade e que um plano de segurança está sendo elaborado de forma conjunta entre o Ministério da Justiça, Ministério Público Federal, Força Nacional de Segurança e Secretaria da Segurança Pública da Bahia. “Estamos planejando a melhor maneira de garantir a segurança na região e nas reuniões estamos colocando claramente que no conflito nada se resolve e através da mediação vamos garantir os direitos das pessoas dentro de uma situação de ordem e tranquilidade”.