Servidores de Ilhéus protestam contra farra de cargos e ameaças de demissões


Ascom APPI

Protesto 4

Centenas de trabalhadores de todas as categorias de servidores públicos municipais de Ilhéus foram às ruas na manhã desta quarta-feira (17) em sinal de protesto contra a demora do prefeito Jabes Ribeiro em assinar o acordo da campanha salarial 2013. Os servidores decidiram, em assembleia realizada na tarde da última sexta-feira, realizar uma paralisação de advertência de dois dias de todos os serviços públicos municipais nesta quarta e na quinta-feira e não descartam a possibilidade de uma greve geral caso o governo municipal não apresente uma proposta real de reajuste dos salários dos trabalhadores.

O protesto começou por volta das 8 horas da manhã, em frente ao Ginásio de Esportes Herval Soledade, contando com a participação de trabalhadores dos setores de educação, saúde, agentes de trânsito, guarda civil municipal, agentes de saúde e endemias e demais servidores. Em seguida os trabalhadores fizeram uma passeata pelas principais ruas do centro da cidade, com um ato público em frente ao Palácio Paranaguá, onde os líderes sindicais explicaram os motivos da mobilização e as diversas tentativas de acordo para evitar a paralisação. Os trabalhadores também denunciaram uma série de atos considerados como de improbidade administrativa e gastos absurdos realizados pela administração municipal, incluindo uma verdadeira farra de cargos de confiança nomeados desnecessariamente pelo atual governo.

Um novo ato de protesto está marcado para as 8 horas da manhã  desta quinta-feira, em frente ao Palácio Paranaguá, quando os trabalhadores estarão lutando mais uma vez na tentativa de fechar o acordo da campanha salarial 2013. A expectativa é de que todas as categorias de servidores estejam unidas nesse movimento, mostrando que os números da folha de pagamento apresentados pelo governo municipal não são reais e que não vão se render às ameaças de demissões feitas pelo executivo.

Os líderes sindicais foram unânimes em afirmar que os números da folha de pagamento apresentados pelo governo municipal não condizem com a realidade e não refletem a verdade. Números inclusive que foram contestados em um estudo feito pelos líderes sindicais durante reunião do governo municipal com a sociedade civil organizada. Diante da falta de transparência nesses números, os trabalhadores decidiram que não mais voltarão a se reunir com o governo para discutir índices da folha de pagamento, mas sim no momento em que for apresentada uma proposta de reajuste salarial.