Disco de banda ilheense é considerado um dos 10 melhores da história da música baiana


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Jornalistas baianos especializados em música divulgaram essa semana, uma lista com os 10 maiores discos já produzidos na Bahia.

Entre nomes consagrados, a exemplo de Caymmi, João Gilberto e Caetano Veloso, eis que uma boa surpresa aparece: A banda ilheense OQuadro.

Lançado no ano passado, o primeiro disco do grupo de Hip-Hop, chamou a atenção da imprensa especializada e caiu definitivamente no gosto dos amantes da boa música.

Com participação de Guilherme Arantes, o disco d´OQuadro rompeu fronteiras e recentemente levou a banda para executar sua sonoridade na Inglaterra, chamando muita atenção por onde tocou.

Após gravar participação no maior programa televisivo de Hip-Hop da América Latina, o “Manos e Minas “ da TV Cultura, em junho, OQuadro será uma das atrações nos shows oficiais de abertura da Copa das Confederações, na capital baiana.

Confira a lista completa dos discos:

 

1. CHEGA DE SAUDADE – JOÃO GILBERTO (ODEON, 1959) – INDICAÇÃO DE JORGE ALFREDO

 

 Primeiro trabalho de estúdio de João Gilberto, este disco leva no título o nome da música homônima, gravada pela primeira vez em 1958, na voz de Elizeth Cardoso. Também foi o que lançou a carreira de João Gilberto, tornando conhecido o movimento da bossa nova.

 

 2. CAYMMI E SEU VIOLÃO – DORIVAL CAYMMI (ODEON, 1959) – INDICAÇÃO DE JORGE ALFREDO

 

 Caymmi, seu violão e seu vozeirão, e só. Nada de arranjos grandiloquentes. O mar como tema onipresente sempre foi o destaque nas suas obras.

 

 3. QUALQUER COISA – CAETANO VELOSO (PHILIPS, 1975) – INDICAÇÃO DE JORGE ALFREDO

 

 Neste álbum, Caetano aviva o espírito criador e a ação poética próprios do artista; instrumentaliza, pela intuição, a invenção arrebatadora de um belo e atemporal trabalho.

 

 4. O AMOR, O SORRISO E A FLOR – JOÃO GILBERTO (ODEON, 1960) – INDICAÇÃO DE JORGE ALFREDO

 

Segundo disco da carreira de João Gilberto, o álbum foi gravado em apenas cinco dias e conta com arranjos do maestro Tom Jobim. Destaque para a música “Doralice”, de Dorival Caymmi, e as canções “Meditação” e “Corcovado”, de Tom Jobim.

 

 5. ARY CAYMMI/DORIVAL BARROSO (ODEON, 1958) – INDICAÇÃO DE JORGE ALFREDO

 

 Ary Barroso, no piano, interpreta as canções de Dorival Caymmi. Caymmi, com seu violão, interpreta as composições de Ary. Disco que mostra de forma simples a riqueza da música brasileira.

 

 6. FRASCOS COMPRIMIDOS COMPRESSAS – RONEI JORGE & OS LADRÕES DE BICICLETA (TRATORE, 2009) – INDICAÇÃO DE LUCIANO MATOS

 

 As belas composições de Ronei Jorge, aliadas à inventividade da guitarra de Edson Rosa e à cozinha precisa de Mauricio Pedrão e Sergio Kopinsky, criam juntas um disco marcante de rock, samba e MPB setentista.

 

7. LETIERES LEITE & ORKESTRA RUMPILEZZ – LETIERES LEITE & ORKESTRA RUMPILEZZ (BISCOITO FINO, 2010) – INDICAÇÃO DE LUCIANO MATOS

 

 Uma das mais interessantes novidades musicais no Brasil atual, a Rumpilezz, sob liderança do maestro Letieres Leite, lançou um álbum belíssimo, com um incrível diálogo entre a ancestralidade dos ritmos afro-baianos e o jazz.

 

 8. BAIANA SYSTEM – BAIANA SYSTEM (GARIMPO MÚSICA, 2010) – INDICAÇÃO DE LUCIANO MATOS

 

 Símbolo da criação musical baiana, em especial o Carnaval, a guitarrinha baiana ganha nova vida ao ser explorada com novas possibilidades e timbragens. O frevo elétrico até aparece, mas o foco aqui é aproveitar os sistemas de som jamaicanos e criar uma música viva, que navega por dub, ragga, afrobeat, música eletrônica e ijexá.

 

 9. ALELUIA – CASCADURA (GARIMPO MÚSICA, 2012) – INDICAÇÃO DE LUCIANO MATOS

 

 O Cascadura fez uma magnífica homenagem a Salvador, num álbum duplo conceitual, que fala dos hábitos, personagens e costumes da cidade e mistura de forma natural as guitarras do rock com vários elementos essenciais da cultura baiana, como os atabaques, os ritmos e os toques de candomblé.

 

 10. O QUADRO – O QUADRO (COAXO DO SAPO, 2012) – INDICAÇÃO DE LUCIANO MATOS

 

 O desconhecido rap baiano nos revelou um grupo veterano, mas que só em 2012 lançou seu primeiro disco. O resultado é um rap orgânico, que traz as bases da escola do hip hop, com batidas e rimas, mas que vai além, jogando ragga, ijexá, dub, afrobeat, pop, rock e jazz no mesmo liquidificador.