Polícia Federal e MP realizam operação em produtoras baianas para apurar desvios


Do Correio da Bahia

Mais de 151 promotores de Justiça, juntamente com representantes da Polícia Federal, realizam uma operação na manhã desta terça-feira (9) para combater o superfaturamento em verbas públicas em todo o país. Batizada de “Máscara Negra”, a ação cumpriu cinco mandados de busca e apreensão na Bahia: quatro deles em Salvador e um outro no município de Serrinha, a 173 km da capital. A operação investiga corrupção e desvio de verbas neste esquema em 12 estados brasileiros.

Na Bahia, o Ministério Público do Estado afirma que o papel dos promotores envolvidos é o de coletar documentos, contratos e discos rígidos para averiguar se houve superfaturamento em shows contratados por municípios do Rio Grande do Norte e intermediados por empresas de produção de eventos baianas. Se comprovado, o Ministério Público irá determinar o prejuízo aos cofres públicos e repassar os dados ao Rio Grande do Norte, para que sejam tomadas as ações cabíveis.

Três promotores da Bahia participam da operação: Ariomar Figueiredo, Marcos Pontes e Gervásio Lopes, todos integrantes do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e de Investigações Criminais (Gaeco).

Brasil

Mais de 1200 policiais integram a operação “Máscara Negra” em todo o país, que tem por objetivo analisar um gasto de verbas públicas que ultrapassa R$ 1,1 bilhão. Segundo o jornal O Estado de São Paulo, o valor é decorrente de desvios nos municípios e estados, pagamento de propinas, superfaturamento de produtos e serviços, utilização de empresas fantasmas, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e enriquecimento ilícito.

Ao todo, deverão ser cumpridos 86 mandados de prisão, 311 de busca e apreensão, 65 bloqueio de bens e mais 20 mandados de afastamento das funções públicas. Além da Bahia, a operação acontecem em outros 10 estados, dentre eles Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Norte e Rondônia.