Ilhéus: Servidores revoltados com as exonerações


Não faltam pais de famílias atingidos pelo decreto da prefeitura de Ilhéus que exonerou servidores concursados admitidos em 2012. O número exato de exonerações ainda é um mistério, mas há quem diga que somando o balaio de maldades da atual administração, são  mais de mil pessoas.

Segundo informações colhidas pelo Blog Agravo na ultima terça-feira (16), a tábua de graxa pode alcançar também servidores mais antigos, gerando incertezas em funcionários que esperam poucos anos para se aposentar.

O prefeito Jabes Ribeiro, em coletiva à imprensa nesta semana, afirmou que não teme o desgaste que suas ações vem criando. No entanto, ontem (quarta, 17), o secretário de administração, Ricardo Machado, em entrevista ao programa O Tabuleiro, demonstrou que o governo teme as pressões, ao tentar explicar que os concursados que aparecem na lista de exoneração serão reconvocados na medida em que a prefeitura necessitar.

“O que foi anulado foi à convocação da gestão anterior, o concurso não segue valendo. Os concursados serão novamente convocados por ordem de classificação”, salientou Machado.

Ainda assim, para chegar aos 51 % de despesa com o pessoal, como exige a lei de responsabilidade fiscal e como é a meta do prefeito, ocorrerão novas demissões.

Com as demissões de efetivos, concursados e contratados, secretarias essenciais foram prejudicadas, como as de saúde e educação.

A Central de Regulação está paralisada com número insuficiente de funcionários para atender a demanda. A Central é que ordena acesso aos serviços de assistência à saúde, além de regular o fluxo da referência interestadual de pacientes que necessitam de assistência hospitalar de alta complexidade, em caráter eletivo. Lá também são emitidos os cartões do SUS.

Para completar a guerra administrativa entre o governo e os servidores, alguns setores do funcionalismo ainda cobram o pagamento do décimo terceiro e os salários de Dezembro/12.

“Cadê os sindicatos que até a presente data ninguém viu se pronunciar. Eu trabalhei e quero receber o meu dinheiro.” Salientou um servidor municipal.