Ilhéus vive caos administrativo há mais de 20 anos


Editorial

Ilhéus tem 20 anos de prejuízos com administrações pífias

O caos administrativo não é só privilégio do governo Newton Lima. O citado gestor só fez piorar a situação. Ilhéus vem convivendo, há mais de 20 anos, com finais de governo desastrosos, comparados a verdadeiros filmes de terror. Quem não se lembra da saída de Antonio Olímpio em 1996, Jabes em 2004 e Valderico Reis em 2007 ? Caos total, com toneladas de lixo nas ruas, com pagamento de décimo e salários atrasados, e plena insatisfação da popular refletida nas urnas.

O prefeito Jabes Ribeiro voltou para o seu quarto mandato, prometeu e cumpriu, no que diz respeito à diminuição do gasto com pessoal. Segundo o atual prefeito, haviam na prefeitura mais de 700 pessoas que abocanhavam uma grande fatia da verba municipal, dando a entender que “o erro é de agora”. De uma canetada só, via decreto nº 007/2013,  ele anulou todos os contratos de trabalho firmados sem prévio concurso público, após a Constituição de 1988.

Mas os ilheenses que possuem memória sabem que Jabes vai concertar muito de seus antigos erros administrativos, principalmente esse que ocasionou 33 ações ajuizadas contra ele pelo Ministério Público Estadual. Vale salientar que a grande maioria é em face das irregularidades cometidas, enquanto ele esteve à frente da prefeitura de Ilhéus, no período de 1996 à 2004, na contratação dos mesmos 700 servidores sem concurso público.

A partir de reclamações trabalhistas desses funcionários, encaminhadas ao Ministério Público, também foi constatado que o Município deixou de recolher as verbas referentes ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) dos servidores.Tal fato levou o representante do MP a ajuizar, no final de 2007, uma ação civil pública contra Jabes. A dívida acumulada chegava a mais de R$ 15 milhões.

Ainda segundo o MP, a dívida confessada à Caixa Econômica Federal, oriunda da omissão do ex-prefeito, foi dividida em 150 parcelas mensais pelo seu sucessor, impactando negativamente o erário municipal, até o ano de 2017, com o valor mensal de R$ 105.211,13.

Por esta razão, Jabes Ribeiro é acusado de deixar de cumprir ato de ofício, consistente em determinar o recolhimento da contribuição ao FGTS e de causar lesão ao erário, ao onerar os cofres públicos municipais. O ex-prefeito, devido às ações movidas pelo MP, teve a quebra de sigilo bancário e fiscal e a indisponibilidade dos bens decretadas pela Justiça.

Em 2013, uma nova historia está sendo feita, com o prefeito tomando medidas que ele deveria ter tomado nos seus governos anteriores. Jabes tem dito a amigos próximos que não pode mais errar. Antes tarde do que nunca!