Ex-capitão Adriano é morto em troca de tiros com o Bope da Bahia


Apontado como chefe de um grupo de matadores de aluguel e investigado na morte de Marielle, ele reagiu à prisão.

Equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), da Companhia Independente de Policiamento Especializado (Cipe) Litoral Norte, do Grupamento Aéreo (Graer) e da Superintendência de Inteligência (SI) da Secretaria da Segurança Pública localizaram, na manhã deste domingo (9), o foragido da Justiça do Rio de Janeiro, Adriano Magalhães da Nóbrega. Investigado por envolvimento na morte de Marielle Franco, em 2018, o ex-policial militar carioca estava escondido na cidade baiana de Esplanada.

O criminoso passou a ser monitorado por equipes da SI da SSP da Bahia, após informações de que ele teria buscado esconderijo na Bahia. Nas primeiras horas da manhã ele foi localizado em um imóvel, na zona rural de Esplanada.

Ao ser surpreendido pela polícia, ele atirou com uma pistalo Glock, calibre 9mm e terminou ferido. Ele chegou a ser socorrido para um hospital da região, mas não resistiu aos ferimentos.

Foto divulgação SSP/Bahia

Segundo a Secretaria de Segurança da Bahia, Adriano Nóbrega estava num sítio pertencente a um politico, cujo o nome não foi revelado pelas autoridades, escondido na casa com quatro armas: dois pistolas e duas espingardas.

“Procuramos sempre apoiar as polícias dos outros estados e, desta vez, priorizamos o caso por ser de relevância nacional. Buscamos efetuar a prisão, mas o procurado preferiu reagir atirando”, comentou o secretário da Segurança Pública da Bahia, Maurício Teles Barbosa.

Deflagrada em 22 de janeiro do ano passado, com base em investigações do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP-RJ, a “Intocáveis” revelou que o ex-capitão comandava um esquema de agiotagem, grilagem de terras e construções ilegais, com o pagamento de propina a agentes públicos, a fim de manter seus negócios ilícitos, “sempre de forma violenta e por meio de ameaças”. Adriano era o único foragido da “Intocáveis”. Os outros 12 integrantes da milícia de Rio das Pedras estão presos.

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